Distrito de Doncaster - Londres, 4 de setembro de 2020, 14:47PM
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Já haviam se passado dias desde que comprei uma passagem só de idá para Inglaterra. Eu ainda tentava me acostumar com coisas simples como o clima e o fuso-horário.
Desde que conheci e me apaixonei por P'Can, eu tentei ser mais tolerante com outras pessoas, obviamente não vou confiar nelas – nunca mais confiarei em ninguém que não seja ele. Mas agora eu consigo conversar com as pessoas sem achar que elas querem algo em troca.
Todos os dias depois da faculdade, eu vou a um bar que fica perto de casa, eu tomo algumas doses, e ao chegar em casa tomo um remédio para dormir, e assim tem sido desde que fui embora. Eu nunca bebo até ficar realmente bêbado, mas isso já virou rotina, é sempre a minha primeira parada antes de vir para casa.
Coisas assim podem soar clichês, mas eu não sei como reagir de outra forma. Outra coisa que fiz quando me mudei para Doncaster, foi mudar minha faculdade – estou cursando direito agora, em breve serei um advogado de sucesso. Ele tem uma parcela de culpa nisso também, com ele aprendi que devo ser o que eu quero ser, e não o que meus pais esperam que eu seja, porque afinal, eles já não esperam muito mesmo do filho drogado.
Eu estava agora em meu carro, a caminho do bar não era um bar como aqueles de beira de estrada, era um local mais sofisticado e aconchegante, o local tinha boas energias, acho que por esse motivo gostei tanto. P'Can com certeza iria adorar esse lugar e o hamburger daqui é incrível, bem melhor do que os de Bangkok.
Assim que cheguei o garçom Lee Mark, sorriu para mim, ele era uma cara legal, e sempre ouvia minhas lamentações.
— Oi Mark. — Digo me sentando em um dos bancos perto do balcão.
— O mesmo de sempre? — Ele me perguntou com um sorriso gentil nos lábios.
— Sim, por favor.
Não demorou muito e meu wiscky chegou, observei o copo com aquele líquido amarronzado e pensei...
Isso é tudo que eu tenho feito nos últimos dias, tenho ido a faculdade e depois ao bar, eu até pareço aqueles alcoólatras fodidos, que não tem mais nada na vida.
Ignorei a mim mesmo e peguei o copo, virando todo o líquido em um único gole, a bebida desceu queimando minha garganta por conta do álcool presente na mesma.
— Mark, eu pareço alguém que tem uma vida fodida? — Perguntei encarando o garçom que limpava um copo.
— Claro que não, mas parece alguém que teve o coração partido, está quase escrito na sua testa com luzes sintilantes. — Disse o mais novo rindo.
— Isso parece alguém com uma vida fodida para mim.
— Corações partidos podem ser concertados, e eu tenho certeza que não vai conseguir fazer isso, se continuar a vir aqui todos os dias e se embebedar para conseguir dormir.
— Eu nunca sai daqui bêbado senhor Lee. — Digo certo de minha resposta.
— Você mora na avenida Princinton trezentos e treze, quarto andar apartamento número quinze. Te levei para casa semana passada, depois de você ter praticamente desmaiado em cima do balcão.
Ao ouvir aquilo me vi obrigado a ficar calado e procurar no meu subconsciente lembraças de tal coisa , mas não consegui, preferi acreditar que nunca aconteceu do que, pensar que não lembro justamente por estar muito bêbado no dia.
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I like me better when i'm with you
FanfictionDizem que o amor é cego, que muitas das vezes te deixa incapaz, te torna dependente daquela pessoa pela qual você está apaixonado. Mas quando isso aconteceu comigo, eu não gostei da sensação, então eu o regeitei, mas diferente do que eu esperava, el...