Respeito

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Era mais uma manhã de sábado e estava pedalando na minha bicicleta pela ruas de Recife a caminho da casa de Amelia D'angelo, uma das minhas amigas mais próximas, segundo ela havia um rapaz que havia se encantado por mim e que tinha insistido muito para que ela nos apresentasse, falei que não imediatamente quando ela me contou, Amelia sabe muito bem que não pretendo viver um romance e muito menos me casar, mas acabou me convencendo a vê-lo pelo menos uma vez para que ele a deixasse em paz, então aqui estou eu.
Em quanto seguia meu caminho pela rua avistei Gilson William, ele acenou para mim e então parei a bicicleta para cumprimentá-lo
- Bom dia, Senhor William.
- Bom dia, Senhorita Oliveira.
Já nos conhecíamos a um bom tempo, mas nunca perdemos esse costume de nos comprimentarmos assim, era uma coisa nossa, William era um homem de estatura mediana, um pouco rechonchudo, suas bochechas eram fofas  e sempre tinha um sorriso contagiante no rosto, qualquer um que odiasse William tinha com toda certeza um desvio de caracter, ele sempre era muito gentil e bondoso com todos, acho que as vezes bondoso até demais.
- A caminho do trabalho senhor William?
- A senhorita como sempre correta.
Falou sorrindo e continuou.
- Espero que não seja pedir muito, mas pode me dá uma carona? Na velocidade em que eu ando com certeza chegarei atrasado.
- Claro que posso, só espero que o senhor não estore o meu pneu!
- Engraçadinha.
Falou ele já subindo desajeitado no bagageiro da bicicleta.
E

lá fomos nós, William trabalhava para uma pequena livraria que naquele ano vendia um livro que fazia muito sucesso, chamado "The real man" um livro americano já que pelo visto o brasileiro prefere a cultura dos outros em vez da sua propria, era escrito Tobias Carp e o tal livro falava como o homem tinha que ser, na opinião de de Carp, viriu, forte, dono do mundo e claro 80% dele era ensinando como conquista as mulheres, por que de acordo com Carp, um homem de verdade tem que conseguir conquistar qualquer uma, mas eu particularmente não entendo porque um homem iria pedir conselhos de como conquistar mulheres para alguém chamado Tobias.
William era um dos vendedores de porta em porta contratados pela livraria, o uniforme deles "mudava" todo ano, era feito de acordo com o livro mais famoso do ano, essa ano o uniforme era um belo terno, um chapeu combinando com a cor do terno, luvas pretas e um sapato social com uma grande fivela, bem galanteador do jeito que o livro descreve que um homem de verdade devia se vestir, mas pra mim parecia mais aqueles homens que servem cerveja nos filme de Faroeste, sem contar que esse tipo de roupa não é nada apropriado para o clima do Brasil, principalmente para o cotidiano de um vendedor de livros.
Finalmente chegamos na livraria, ela era bem charmosa, era melhor para a vista do que a maioria das coisas da cidade, feita de uma bela madeira marrom, com uma janela grande de vidro que mostrava os muitos livros que lá havia, eles davam cor aquela charmosa livraria marrom, deixou William na frente dela a onde tinha um menino de cabelos loiros, que tenha por volta de 1.75, com a aparência de ser bem mais jovem e bem irritado, ele usava uniforme da livraria que estava faltava apenas as luvas.
- William, Finalmente! Como você chega tarde bem no dia em que os chefes vem?
Fala o menino vindo em nossa direção.
- Eu esqueci completamente! Eles já estão ai?
Fala William nervoso.
- Não, para a sua sorte eles não chegaram ainda.
William respira aliviado
- Não tem tempo para respirar, vamos! Entre logo.
Fala o menino já puxando William para dentro com um pouco de violencia.
- Obrigada senhorita Oliveira!
William fala antes de ser completamente levado pra dentro da livraria.
Dou um sorriso que se transforma em uma garganhada após ouvir os gritos do menino loiro vindo de dentro da livraria
"A onde estão as minhas luvas?".

Chego na casa de Amelia a onde não tinha nenhuma pressa para chegar, depois de muito prolongar bati na porta, Amelia abriu a porta sem muita demora, parecia que estava ansiosa pela a minha chegada, ela me deu um grande abraço assim que me viu.
- Finalmente! não aguentava mais ouvir esse cara falando sozinha.
Ela me puxa para a sala antes que eu tenha tempo para falar qualquer um dos meus muitos comentários sarcásticos que eu havia pensado naquele momento, Amelia tem 1.67 de altura, um pouco mais alta que a maioria das mulheres que convivemos, isso sempre foi um problema para ela, que sempre se recusou a usar saltos, dizia que ficava parecendo uma girafa, mas nunca achei nada de errado na sua altura, na minha opinião a deixava até mais elegante, tem cabelos pretos, lindos e compridos, pele parda e uma postura perfeita, toda vez que a olho me lembro de endireitar as costas.
O homem estava na sala, ele tinha muitas semelhanças com William, com tudo não eram nada iguais, ele também era um pouco baixo, meio rechonchudo, mas ele não parecia ser uma pessoa tão simpática quanto william.
- Belíssima!
Falou no momento que entrei na sala.
- É um prazer finalmente poder conhece-la.
Diz ele se levantando.
- Muito prazer e agradeço o elogio, como se chama?
aperto sua mão.
Ele não mostrou ser tão irritante com Amelia tinha demonstrando
- Valter, Valter Hugo Chávez.
Sento em um sofá, ele em outro e Amelia fica em pé no meio, não é bem visto um homem e uma mulher solteiros estarem em um lugar fechado sozinhos.
- Amelia falou que o senhor queria muito me conhecer, nós já nos vimos?
- Bem.... a senhorita nunca me viu, mas eu sempre a observei, quando ia a mercearia vez em outra a senhorita estava lá e quando buscava meu sobrinho na escola.
- Sério? Quem é o seu sobrinho?
- O Cristian, quando percebi que a senhorita era a professora dele, fui buscá-lo com mais frequência, mas nunca me atrevir a falar com senhorita, preferia observa-la.
Agora entendo porquê Cristian essas semanas estava muito irritado por não pode voltar pra casa com os amigos, me sentir meio desconforto quando ele destacou palavra "Observa-la" a idéia de ser observada por uma pessoa que só sei o nome a poucos segundos me assusta um pouco, não gosta da ideia de chamar atenção, mesmo que não me ache realmente feia.
- A senhorita é muito mais bonita de perto, não sei como ainda não arrumou um marido para deixar logo de trabalhar.
Faço uma expressão de desaprovamento.
- Bem... eu não pretendo parar de trabalhar, amo o que faço, não vejo como uma obrigação, mesmo que eu precise do salário que recebo para viver.
- Claro que a senhorita ama o que faz, as mulheres normalmente preferem ser professoras pelos seus estintos maternos, vejo que tem muitos jeito com crianças, cuidar de seus próprios filhos não será muito difente do que já faz agora.
- Senhor Chávez.
Falo assim que termina de falar.
- Serei honesta, porque não quero li dá falsas esperanças e nem prolongar uma assunto que não vai levar a lugar algum, eu não pretendo me casar e por sua vez nunca terei filhos, o senhor parece ter boas intenções, mas não sou a pessoa certa para você.
Valter parece ter ficado muito surpreso ao ouvir o que disse, talvez nunca tenham ouvido uma mulher falar que não quer se casar ou nunca tenha realmente mantido uma conversa com uma mulher.
- Mas... mas eu vim até aqui só para ve-la, trouxe chocolates até! veja.
Ele tira uma caixa de chocolates da bolsa e me mostra.
- É muito gentil de sua parte, mas não posso aceitar, só vim aqui para não fazer desfeita, porque tenho certeza de que Amelia já tinha li avisado me minha escolha, mas o senhor ainda existiu. É uma linda caixa de chocolates, credito que outra pessoa adoraria recebe-la, sua mãe talvez?
Acho que Valter se sentiu muito ofendido por eu ter surgerido que ele desse a caixa para sua mãe, por que depois que disse isso ele arregalou os olho, se levantou e foi embora sem falar nada mais, Amelia entrou em crise de riso, o que me fez gargalhar junto com ela, mesmo sem entender ainda como o que eu falei teria cido tão ruim.

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