Cap.4 - Um pedido

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-E então? O que você achou do Noah? - perguntou Connie afinada,quando nos encontramos no corredor.
-Normal.
-Normal? Como assim normal? Você não achou nada dele???
-E se eu disser que não?
-Eu vou te achar uma louca! Vamos diga algo sobre ele.
-Que fofa...Já te tenho gente demais me chamando de louca, obrigada, não preciso de mais uma - disse tentando não transparecer a dor em minha voz.
-Desculpe Quinn, não foi por querer...
-Tudo bem Connie,tudo bem... Bom -mudei de assunto antes de mostrar o quão chateada estava- ele é muito educado, bonito e com um bom senso de humor. Só amiga, o conheço faz cinco minutos, não tenho como te passar uma biografia dele.
-Affz, Okay, vamos dar uma passada na praça?
-O toque de recolher não era as 24:00?- extremamente ridícula essa regra. Até porque, eles devem saber que ninguém vai seguir- Já são 23:50 amiga.
-Detesto esses professores -Um professor passa por nós, nos saudando com um "Boa noite"- Boa noite professorzinho lindo!
-Hipócrita -Ri
-Você não estava a caminho do seu quarto,Quinn?- me respondeu,rindo também.
-E você não estava a caminho do seu? - disse já longe.
Ela me lançou muitos beijos no ar enquanto se virava para a porta do banheiro do andar.
Parei na frente do quarto, suspirei, e entrei.
-Então a mocinha voltou?
Mocinha? Desculpe,qual era nosso grau de intimidade mesmo?
Abri um sorrisinho forçado e respondi:
-E você é meu porteiro agora?
-Se você quiser que eu seja.
Minhas bochechas ficaram quentes e vermelhas na hora. A única coisa que eu conseguia fazer era lançar o olhar ao chão e seguir até minha cama, e foi o que eu fiz. E eu pensando que ele não era mais um desses babacas que se acham os reis da comédia.
-Ei olha, desculpe, não pensei que você ficaria constrangida.
-E porque você pensou isso? Você me conheçe?
-Não, mas se você não ficasse com um escudo toda vez que eu quisesse puxar assunto, talvez eu poderia ter evitado isso!
Ele só estava tentando ser legal comigo, e como sempre eu estrago tudo!
-Me desculpe, é que não estou acostumada com as pessoas sendo legais comigo.
Noah assentiu com a cabeça, me olhando fixamente.
-E porque diz isso?
-Não se preocupe, amanhã ficara sabendo dos meus porquês. O povo dessa escola é muito fofoqueiro.
Eu arrumava minha cama para deitar, nao quis por pijama por causa da preguiça, então só estiquei umas cobertas. Arrisquei um olhar para Noah, e ele estava me olhando, tentando talvez decifrar aquele mistério através dos meus movimentos.
-Quer parar, por favor?
-Desculpe. - disse voltando a realidade.
Depois disso, tudo foi apenas vultos, de como eu me jogando na cama. Não me lembro de mais nada daquela noite.

Manhã Seguinte

Acordei cansada, desgastada, com aquele maldito despertador berrando  nos meus ouvidos. Desliguei tal, sentei na minha cama e respirei fundo. Mais um dia, só que esse seria diferente, seria pior, eu teria que aguentar mais sussuros e fofocas ao meu respeito, mais olhares atravessados, e tudo isso por causa de meu pai (voces irao entender mais para frente).
Sai da cama descalça e segui para o banheiro afim de lavar meu rosto, depois olhei para meu reflexo no espelho. Eu nunca me achei muito bonita, eu era meio branquela, meus olhos eram grandes e castanhos mas comuns, e meu cabelo liso na altura dos ombros e castanhos escuros. Sim,essa era eu.
-Quinn? é você? - perguntou Noah batendo na porta.
-Não, só o espírito dela. -ri
-Hmm,pensei que não risse!
-Você não sabe muitas coisas sobre mim Noah RILEY.- abri a porta,fazendo graça.
-Você também não sabe muitas coisas sobre mim Quinn COOPER.
Rimos. Sou tão introvertida que duvidava da capacidade de fazer alguém rir, mas ele riu em uma naturalidade que me deixou sem graça.
-Posso, senhorita? -perguntou apontando para dentro do banheiro.
-Claro, senhor. - ergui um vestido imaginário e sai.
Me troquei pondo uma camiseta básica amarela; um short jeans; tênis All Star preto e uma presilha de flor na minha nuca. Aquele tinha sido o último presente da minha avó, que foi uma segunda mãe para mim, com aquela presilha eu acreditava que ela sempre estaria comigo.
-BORA BORA BORA, saiam dos quartos, café da manhã em 10 minutos! -alguém berrava nos corredores batendo em todas as portas.
Sai do quarto e lá estava a famosa Connie.
-Migs, bom dia.
-Bom dia.
-é..
-Sem perguntas Connieeee!
-Aaa está bem.
Chegando no restaurante improvisado, pude sentir aquela onda de aromas à tona. Tortas, bolos, pães, Connie estava amando aquilo e eu estava adorando.
Até que enquanto eu me servia, pude ver Rebecca Sullivan me encarando da outra ponta do salão. Rebecca Sullivan é a famosa loira clichê dos colégios, a diferença é que ela não era rica, mais se vestia como uma maloqueira. Eu me perguntava o porquê dela estar me encarando, "deve ser pelos boatos sobre mim" pensei.
Ela se levantou e veio na minha direção, parou atrás de mim e pude sentir à ponta de um canivete nas minhas costas.
-Me encontre nos fundos da trilha depois de café.
Assenti com a cabeça, levemente com tremor. Ela guardou a faca e foi embora.

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⏰ Última atualização: Sep 04, 2020 ⏰

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