Henry

459 26 0
                                    

Chego no trabalho cedo, mas antes de qualquer coisa, passo na sala de Tessa. Quero ter certeza de que ela está bem. Bato na porta antes, e ela pede pra eu entrar.

Eu entro, ela não olha pra mim, os olhos estão no teclado do computador. Mas vejo a pontinha do nariz dela vermelho.

--Precisa de alguma coisa Henry? - Tessa pergunta, ainda sem olhar pra mim.

-- Na verdade não! Só vim pra ver se você estava bem. -falo de pé, em frente a sua mesa.

-- Eu estou, obrigada. E me desculpe por ontem.

--Não se preocupe com isso! Você quer conversar?

-- Se você não se importa, eu não quero falar sobre nada que aconteceu ontem. - Sua vez embargada, me faz abaixar na sua frente e pegar sua mão.

--Você sabe que pode confiar em mim não é? E quando quiser e só me chamar, não importa hora.

-- Eu sei, e muito obrigada por isso Henry! - Tessa me abraça, e eu posso sentir seu cheiro gostoso.

Não afastamos, quando seu telefone toca.

--Vamos trabalhar, John quer nós dois na sala dele agora. Temos um problema pra você advogado.

Vamos até a sala de John, e ficamos a manhã inteira, e  quando saímos já era tarde.

--Porque nós três, não almoçamos naquele restaurante aqui perto.

--Não posso Henry, vou almoçar com a minha esposa hoje. E na verdade, voltarei só manhã. - ele diz arrumado sua mesa.

--Você não vai me deixar comer sozinho, não é senhorita willians? - Eu olho pra aquela mulher linda, esperando que ela aceite.

--Tudo bem senhor Cavill, vamos almoçar. Mas não se engane comigo, Eu como muito. - Tessa fala rindo, eu e John acompanhamos.

Por fim, chegamos ao restaurante e fazermos nossos pedidos. Ela olha celular, e desliga. Conversamos sobre algumas coisas enquanto nossa comida não chega. Trabalho, família, relacionamentos, amigos, viagens.

Nosso pedidos chegam e começamos a comer, olho pra ela incrédulo.

--O quê? Não me olhe assim, eu te disse que comia muito.

Ela é a coisa mais fofa do mundo!

--Fica a vontade, estou só admirando você! Hoje em dia, as mulheres só sabem comer folhas, e fazer dieta.

--Não! Eu não sou esse tipo de mulher, comer é uma das melhores coisas da vida.

--Concordo com você, meus pais iam adorar te conhecer. Minha mãe com certeza, ia fazer comida italiana pra você. E meu pai te levaria pra vinícola dele.

Ela abre um sorriso tão lindo, e seus olhos brilham.

-- Eu ia adorar tudo isso! Minha mãe tentou me ensinar a cozinhar, mas arrisco pouco coisa. Da última vez que tentei, quase coloquei fico no meu apartamento. Foi horrível!

Ela conta rindo, e eu não posso deixar de reparar que ela tem covinhas lindas nas nas bochechas.

"Que porra! Conheço Ela a duas semanas, e me apaixonei"

O almoço segui melhor do que eu esperava, depois de comer ele ainda pediu sobremesa. Sorvete de pistache. Como uma coisinha tão muida, pode comer tanto?

Voltamos ao trabalho, e saímos bem tarde hoje. Tivemos que ficar, já que John foi embora antes do almoço.

Saímos juntos, conversando sobre o trabalho. Nos despedimos, e antes de abrir a porta do meu carro. Ouço Tessa xingar baixo, e me aproximo dela.

--O que foi Tess?

-- Meu carro parou de novo, e a segunda vez esse ano que ele me deixa na mão. Vou ter que pegar um táxi.

Claro que não! Eu não deixaria sair sozinha a essa hora.

--Vem! Eu te levo em casa, tá tarde e não quero você andando por sozinha por aí.

-- Não precisa Henry, e não é tão tarde assim.

--Tessa! São sete horas da noite, entra no carro por favor. Vou ficar mais tranquilo se eu te levar.

-- Tudo bem, acho que você tem razão.

Eu abro a porta pra ela, e seguimos até o apartamento ele. Que por acaso fica no mesmo caminho do meu, só que eu moro duas ruas depois da dela. E eu moro em uma casa.

"Maravilha, posso leva-la e traze-la do trabalho"

--Esta entregue, amanhã passo aqui pra te buscar. Pelo menos até seu carro ficar pronto.

--Nem acredito que moramos tão perto! Bom, eu te vejo amanhã. Obrigada de novo.

--Realmente não é problema pra mim. Se precisar e só me ligar.

É quando vamos nos despedir, ela vira o rosto e seus lábios vão de encontro aos meus. Foi só um segundo, mas senti o sabor de cereja do seu batom.

-- Eu... tenho que ir. Até amanhã!

Ela sai do meu carro, e eu dirijo ate minha casa.
"Cereja, eu amo cereja."

 A secretária!Onde histórias criam vida. Descubra agora