seis

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estava ficando com uma garota, gostosa e bonita pra caralho. tudo estava indo bem, eu estava te esquecendo e aprendendo a conviver com minhas dores. foi quando você entrou em cena, vestindo um vestido preto, colado no seu magnífico corpo, com um batom vermelho e claro, seu inseparável tênis branco. maravilhosa demais, como sempre. você não me viu, ou se viu não fez questão de falar ou simplesmente acenar. seu sorriso estava grande, acompanhada dos amigos e de um cara que, por Deus, estava praticamente colado em você. eu quis morrer quando te vi sorrindo pra ele, o sorriso de pura felicidade em estar ali, com ele. eu quis matar ele quando você se inclinou e o beijou, demorando mais que o necessário para o largar. eu quis te pedir perdão quando, ao deixá-lo de lado um pouco, você fixou seus olhos em mim, abriu um mínimo sorriso e se virou, deixando claro que não queria me ver nem pintado de ouro. doeu quando, em um momento de loucura, eu deixei a garota que estava comigo de lado e fui falar com você, te cumprimentar. doeu porque, quando eu vi, seus olhos estavam cheios de lágrimas, sua maquiagem um pouco borrada e uma pose completamente diferente da que tinha quando estávamos juntos. você, assim como eu, estava machucada e mesmo querendo ficar juntos, a gente não podia. não podia porque eu te magoei tanto que você resolveu sair da nossa gaiola e voar para outros lugares. eu te disse um "oi", com as lágrimas já caindo e um sorriso de quem era grato por tudo que vivemos, mesmo não podendo viver mais. você me respondeu com um simples "olá", sem sorriso dessa vez e segurando a mão de outro cara que não era eu. foi ali, no meio de uma festa com uma multidão de pessoas, que eu percebi que perdi a mulher da minha vida para sempre. mas, se te perder significa te deixar feliz, eu aceito essa condição.

 mas, se te perder significa te deixar feliz, eu aceito essa condição

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