A Luz mais Ardente

✅ένα φιλί?✅

POV de Aloïsia:

- Meu amigo... - Eu olhava pro corpo cheio de hematomas refletido no espelho, mas que começavam a sumir devagar.

Comecei a pegar a bandagem e enrolar em meu abdômen, que aparentava uma cor super roxa. Para um raspão de leve, tá de parabéns.

- Deuses... - Fechei meus olhos mas continuei rolando.

Eu escapei daquele lugar onde estava me recuperando, era muito branco e vazio. E eu fui correndo pro meu quarto, obviamente sendo vista por todos do complexo e sendo motivo de risos.

Peter obviamente também me vê, porque ele tem ficar aqui para se recuperar, mas obviamente escondendo sua identidade de Homem-Aranha de sua tia. E já faz uns 3 dias isso, mas eu gosto da companhia dele... Pera aí, o quê? Gosto da companhia? A Aloïsia, nem tenta se iludir porque nós sabemos que ele gosta da Liz.

- Lo? - Ouvi alguém entrar em meu quarto.

- Ah oi, Nat. - Sorri continuando a enfaixar.

- Pelo visto o machucado foi feio. - Ela pegou em meu braço e me fez sentar num banquinho. - Deixa que eu termino. - Ela pega a bandagem e termina de enfaixar.

Nat continuava a cuidar dos meus machucados e ficava quieta, olhando para o nada. Eu aproveitava a sensação do que é ter alguém cuidando de mim, como se fosse realmente minha mãe presente naquele lugar. Nat fica em minha frente e levanta meu queixo, sorrindo. Devolvi a sorriso cansada.

- Acha que eles irão voltar? - Disse olhando pra nossas mãos que estavam juntas.

Ela desvia o olhar por um momento, pensando no que realmente deveria dizer.

- A verdade Lo... É que eu não sei. - Diz distante. - Seu pai e o Steve para voltar a confiar um no outro irá demorar. - Ela se ajoelha em uma perna.

- Ouvi ele conversando com o Rhodey aqui no complexo outro dia. - Virei meu rosto pra janela. - Ouvi ele dizer que foi o Bucky que matou os pais dele. - Levantei com dor predominante em meu corpo. - Não acho que ele fez por vontade própria. - Vesti uma blusa larga que eu roubei do meu pai.

- Hum... - Nat abaixou a cabeça. - E o Peter? - Ela tenta desviar do assunto.

- O quê? Como? -  Comecei a coçar minha nuca sorrindo como se não fosse nada.

- Eu vi aquele pequeno show. - Sorri de lado.

- N-não sei do que está falando. - Finjo olhar pra qualquer lugar. - Ha, olha hora, que pena já tenho que ir tão cedo. Fui! - Saí correndo do quarto, antes que Nat me enche de perguntas de novo.

Fui caminhando livre, leve, solta, até ouvir um gemido de dor em um quarto. Eu parei por um momento pra ver se não estava ouvindo coisas e ouço um grunido, de novo. Faço uma cara de " que porra é essa mermão? ".

- Sexta-feira... quem está aqui? - Sussurro mesmo sabendo que ela responderá um tanto alto.

- Aparentemente Srta.Stark, Peter Parker está neste quarto. - Pra minha surpresa ela sussurra também.

- Peter... - Eu entrei no quarto e o mesmo estava sem camisa.

- A-Aloïsia o que e-está fazendo aqui? - Ele olha para todos os lados.

Ignorei a pergunta dele, quando vi que ele estava com olho roxo e com várias hematomas em seu peito nu. Olho pra ele e de novo pro seu peito. Começo a caminhar em direção dele e vejo que ele está nervoso.

- Senta-se, eu vou ajudar você. - Faço o mesmo sentar na cama.

Subo na cama estando por trás de Peter e pego a Bandagem, e uma pomada. Quando começo a passar a pomada por suas costas, minhas bochechas coram e os pelos de Peter ficam arrepiados. Fico novamente em sua frente e passo a pomada em seu peito e pego a bandagem para começar a enfaixar seu torso. Quando enfaxei na primeira volta, nossos corpos se aproximaram e nossos rostos próximos o suficiente para nós beijarmos. Termino o meu trabalho e sinto Peter pegar em minha mão e se aproximar sua testa na minha, fechando o olho.

- Aloïsia... Eu realmente gosto de você... - Ele diz ainda de olhos fechados.

Eu fico olhando pro seu rosto totalmente feliz e extasiada. Meus sentimentos finalmente o alcançaram...

- Eu também... - Sinto minha bochechas queimarem.

- Eu poderia ter um beijo seu? - Ela dá um sorrisinho tímido.

- Ενα φιλί? ( Um beijo? )- Percebi que acabo falando grego, de tanta vergonha que estava.

- Ναι, Aloïsia, ένα φιλί. ( Sim, Aloïsia, um beijo. )- Ele sussurra e começa a se aproximar devagar, acabo fechando meus olhos e sinto seus lábios.

É a primeira vez que sinto algo assim e já quero desmaiar. Tão macio... Eu acho que já estou desmaiando. Abro meus olhos ainda o beijando, querendo ver aquele rosto que eu tanto desejava estar em meu lado e agora esta bem aqui. Ele me puxou meu corpo pra cima, fazendo com que eu me sentasse em seu colo e sua mão parou em minha coxa direita. Peter mordeu de leve o meu lábio inferior e eu sorrio com a ousadia dele.

- Sabe, pra duas pessoas inteligentes, vocês são extremamente burros em não fechar a porta. - Nat estava com o corpo apoiado no batente da porta.

Literalmente empurrei Peter pra longe e saí do colo mais rápido que um raio. Nat me olha maliciosa e lança um joinha.

- " N-não sei do que está falando." - Diz ela me imitando e começando a ir embora.

- Se for pra passar vergonha de novo, que seja agora! - Pus minhas mãos em meu rosto, com a vergonha estampada na minha cara.

Ouço Peter dar uma risada e eu dou tapa na sua perna, rindo também.

- Para de rir, deu sorte de não ter aparecido o grande Tony Stark. - Me sentei no seu lado ainda rindo.

- Acho que ele já teria me queimado vivo. - Ele coça a nuca.

- Eu não deixaria. - Entrelaço nossas mãos. - Veste logo uma camisa... Não consigo fingir de que não quero olhar. - Olhar pra qualquer outro lugar que não seja Peter.

Dou um beijo casto em seu lábio e saio de seu quarto, sorrindo feito uma boba. Quando já estava pra fora, eu fiquei pulando feito uma maluca e ficava dando gritinhos de felicidades.

- Por que está tão feliz? - Tony aparece do nada.

- AH! - Dou um pulo pra trás quando o vejo. - Que isso? Não posso mais ter um minuto sozinha? - Digo fazendo uma pergunta retórica.

Tony fica me analisando dos pés a cabeça e olha pra porta do quarto de Peter. Seu olhar é lento até mim e eu querendo cavar um buraco. Se ele descobrir ferrou.

- O cabeça de teia tá aqui. - Ele fez uma afirmação. - Se pegaram? - Cruza os braços.

- Ai credo pai, que pergunta é essa que se faz a uma garota? - Eu cruzo meus braços também.

- Hum, você não é uma garota, é a minha filha. Posso até perguntar quando foi a última vez que você menstruou. - Diz se aproximando de mim.

- Posso também devolver na lata? - Digo com um sorrisinho.

Ele não responde, apenas acena com a cabeça sem se incomodar.

- Já que você é meu pai, posso até perguntar quando foi a última vez que você transou? - Sorrio cínica pra ele.

- Exatamente à 3 dias. - Ele responde normal e saí dando risinhos maldosos.

Eu fiquei parada ainda na mesma posição com uma cara de nojo, por saber que ele faz e que foi à 3 dias, e com uma cara de dúvida e puta surpresa, por querer saber, quem era.

- Não, pera, que? Onde? Quem? E quando você teve tempo e como conseguiu com a dor? - Fico perguntando pra ele. - VOCÊ TEM QUE SER UM SANTO PERTO DE MIM! - Brinco.

- Mentira que seu pai fez isso. - Peter diz também surpreso.

- Isso é o de menos que eu queria saber, eu quero saber mesmo com quem foi. - Digo determinada em saber.

- Tá bom Sherlock Holmes, mas saiba que é de seu pai que estamos falando. - Peter me abraça de lado.

Fico parada por um tempo, analisando sobre o que ele estava falando e acabei perdendo a vontade. Iria demorar mó tempão só pra ter 1 miserável pista.

- Quer saber? Perdi à vontade. - Digo o abraçando também.