prologue, monomania
Baekhyun Lithgow não sabe ao certo quando viver tornou-se uma constelação de mágoas.
Uma após a outra, elas se inventavam e se sobrepunham, como as folhas alaranjadas que abandonam as árvores no outono e encontram um novo espaço para ocupar ao chão. E se a pluviosidade inglesa lavava as cinzas da guerra nas cidades, ela também levava embora as poucas cores que Baekhyun ainda era capaz de enxergar naquela Londres solitária.
Distante do presente, ele sente como se estivesse preso ao fundo do poço. Doze anos é demais para contar os dias, doze anos nem cabem nos dedos. É uma infinidade que mal encontra espaço em um calendário, que dirá em um coração. Doze anos. Que se traduzem facilmente para o mais melancólico tom de violeta.
Baekhyun sente como se o tempo lhe tivesse feito de refém.
Quando constrói melodias ao piano, quando lê um poema, quando fuma um cigarro, quando sente gosto de morango na chuva. É como se os minutos estivessem nos relógios só para lhe mostrar que ele ainda está acorrentado a uma realidade que não pode mais viver.
Saudade dói muito mais do que um coração partido.
Às vezes, Baekhyun preferiria que ele nunca tivesse voltado.
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the world won't listen
Fanfiction[sehun/baekhyun] Para Baekhyun Lithgow, Sehun Vennard era uma memória perdida no tempo. Pianista em ascensão na Inglaterra de 1954, ele nunca esperaria reencontrar um amor que a guerra separou. Ainda assim, doze anos depois lá estava Sehun outra vez...