Atrás da porta

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Um por um do grupo começaram a se levantar depois de passar pela pequena porta, se atentando ao detalhe de que estavam extremamente sujos ao ficar de pé.
Inexplicavelmente havia uma floresta atrás da porta, cheia de insetos e plantas venenosas, porém o mais importante não se encontrava lá: o alojamento. Era possível enxergar várias placas, mas todas indicando direções diferentes para seguir até o local. Os sete resolveram seguir as placas, em ordem, todos em silêncio seguindo uma trilha por vez na intenção de encontrar algo. Uma placa, duas placas, três, quatro, cinco, seis, e nada. Já haviam se passado horas e nenhum sinal de encontrar o destino final.

A noite chegava, e a idéia de Kenedy foi bem recebida: juntar pilhas de folhas e passar aquela noite de baixo das árvores e por cima das pilhas.
Logo de manhã, um homem ruivo e magro apareceu, se apresentando como o guia do alojamento.

-Me chamo Gary Andersen e tenho uma péssima notícia pra vocês, porém para mim... -o homem deu uma pausa na fala para dar um sorriso falso- ...é muito divertido.

Gary riu um pouco e depois pigarreou (o grupo já estava entediado com a maneira de falar de Gary): -Hum Hum! Vocês terão de construir o local de sua estadia. Se divirtam, vocês tem uma semana para isso, tem madeira no fim de uma das trilhas e o resto do material já chegará.

-Muito obrigada mundo, muito obrigada ao alguém que me convocou para cá! -Reclamou Moshi, revirando os olhos.

-Por que aceitou vir então, Moshi? -Perguntou Maria.

-Todos vocês, sem exceção, são covardes! Extremos covardes! -falou uma voz que saia de dentro do matagal ao lado. -Sua covardia os trouxe até aqui!

Sete olhares assustados procuraram a dona ou dono da voz, mas só o que encontraram foi muitas e muitas plantas crescendo em um ritmo absurdo e cercando o local onde eles estavam.
Otto tirou de seu sapato um pequenino canivete, que usou para cortar as raízes das plantas, e o que seria uma idéia sábia na verdade foi um fracasso: as plantas eram como uma hidra, para cada raíz cortada, duas raízes novas. Noshua então teve uma brilhante idéia (ou não tão brilhante assim): pularem o cercado.
O grupo começou a escalar o mato que crescia, eram plantas incrivelmente resistentes, suportando o peso até do maior de todos: Bin Rockfeller.
Em um determinado momento, espinhos começaram a nascer, causando gritos que poderiam ser ouvidos à uma boa distância. Aos poucos era possível se ouvir baques: os sete membros caindo no chão, com arranhados por todo o corpo, hematomas à vista e roupas todas rasgadas.
Um à um foram percebendo que aquilo tudo não seriam férias de verão ou algo do tipo: e sim um desafio à sua própria vida.

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⏰ Última atualização: Sep 19, 2020 ⏰

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Os sete convocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora