A Filha Do Duque

I

O tapa desferido no rosto da criada assustou todas as empregadas presentes,Diana tinha ciência das memórias de Elizabeth o corpo em que estava e sabia muito bem que todos aqueles erros eram propositais.

Vamos as explicações:

Após terminar com seu namorado tóxico em pleno século vinte e dois Diana cometeu suicídio, porém acordou num corpo a qual não lhe pertencia e com memórias de outra pessoa junto as suas após uma conversa consigo mesma Diana descobriu que podia se comunicar com Elizabeth a real dona do corpo.

“Ei, você é estranha já não basta tomar meu corpo agora bateu em uma mulher..E minha reputação?meu pai vai ficar irritado”

‘Eu jurei vingança contra essas pessoas infernais,seu pai pode ser um duque mas ele está fora e você é burra o suficiente pra não revelar a ele oque você passa com as empregadas que ele paga para cuidar de você, então cala a boca’

—Me escute aqui,meu pai paga vocês para me servirem! Então ao menos se comportem se são inúteis ao ponto de me servirem pão mofado de café da manhã dêem o fora!— O grito estridente da voz grossa e ao mesmo tempo feminina foi escutada a garota de cabelos brancos ignorou a mulher caída com o susto do tapa e virou-se para o mordomo da casa que estava parado sem nenhuma expressão.

—Senhora, você está bem?— Ele perguntou,foi vista uma gota de suor escorrendo pela sua testa enquanto ele mantinha as aparências.

—Se eu estou bem?,claro! Com essa magnífica recepção qualquer um ficaria bem!— A garota de cabelos brancos rolou os olhos vermelhos como rubis — É óbvio que não bastardo! Tá aí parado fazendo oque?!Mande essas mulheres fazerem algo descente e acrescente essa palavra pra sua pessoa também!— Elizabeth subiu as escadas irritada indo em direção ao escritório de seu pai.

Whilton Carpelleu duque do reino de Rubi avia saído a negócios e deixado pra trás seus dois filhos, Elizabeth: filha da sua atual esposa que no momento provavelmente está numa casa cercada de homens afinal,ela não tem dignidade nem respeito pelo marido e só se interessa em jóias,e César Carpelleu filho da antiga esposa do Duque Carpelleu que faleceu no parto.

‘César não está em casa provavelmente quando o pai saiu foi pro bar beber..’

Até dias atrás quando acordei nesse mundo eu era maltratada,mas hoje eu resolvi dá um basta nessa merda toda.

É exatamente pelo motivo de honra que Elizabeth estava em frente as papeladas da família que eram adiministradas pelo duque e atualmente deveriam ser pela duquesa já que o duque não se encontrava.

Mas tudo bem,ela iria resolver aquilo,pegar seu irmão do bar e..Um monte de coisas amontoaram sua lista de afazeres mentais.

—Sr.Carvalho!!— A mulher gritou e logo o mordomo atravessou a porta num furacão,pelo visto ele avia mudado de postura. — Descubra onde meu irmão se encontra, dê essas folhas pra algum estilista de moda pois as roupas que tenho me faz parecer um girassol ambulante,logo depois entregue essa carta a empregada chefe,quando terminar tudo isso venha recolher os relatórios feitos e cartas para entregar aos devidos donos/lugares com suas devidas respostas,obviamente como a duquesa não está e pelo visto meu irmão super se importa com a honra da casa Carpelleu eu irei administrar até o pai chegar está me ouvindo?—

O homem ficou parado escutando cada palavra e tentando anotar mentalmente o bando de afazeres prestados que teria de fazer pegou os envelopes delicadamente da mão de Eliza.

—Sim senhorita Elizabeth mais alguma coisa?— Fez lhe uma referência de honra.

Eliza fez um sinal com a mão para que ele se retirasse,afinal ela estava irritada.

“É a primeira vez que alguém me presta respeito..” a voz da verdadeira Elizabeth ecoou em sua cabeça.

‘Apenas aguarde..Tenho grandes planos’

Olhou para a papelada e suspirou fundo começando o trabalho sem café nem nada.

Diana avia feito cursos administrativos aquilo era moleza pra ela,a dificuldade era não faltar respeito aos barões e aos outros duques em suas respostas e ela deixava sua assinatura exposta no final da folha.

‘É sério,fiz cursos pra aprender inglês por três anos e nunca fui fluente,venho pro seu mundo e graças as suas memórias sei tudo que é expressão..Da vontade de chorar’

“ A sim, inglês é uma das línguas do seu tempo né? ”

‘Sim’

Após um tempo fazendo cartas de resposta e assinando documentos e ao mesmo tempo envelopando-os com o carimbo da casa Carpelleu alguém bateu a porta três vezes esperando a resposta da dama.

—Entre—

“calorosa quanto o monte Everest do seu tempo que você me contou”

‘Isso aí amore, aprende com a mãe:sarcasmo’

A empregada chefe adentrou o cômodo de cabeça baixa e com a carta em mãos, provavelmente veio da uma resposta a Eliza pessoalmente.

—Pois não—

—Sra.Elizabeth colocarei as empregadas em seus devidos lugares como pedido e confirmarei esses horários com ela vai está tudo sobre controle,os insultos sobre a senhora não vão se repetir darei a elas a devida punição — A mulher diz fazendo uma pequena reverência.

—Acho bom Dona Carmen,pode se retirar— Após ser praticamente expulsa do cômodo Carmen caminhou até a saída apressadamente como quem tivesse muito oque fazer e de fato:ela teria que colocar muitas ordens a pedido de Eliza.

A falta de respeito não vêm só da empregada Elizabeth era conhecida como um nada pra sua família,afinal sempre tremia nas horas difíceis e só sabia chorar e lamentar nunca revidar, incontáveis vezes fora menosprezada pelas damas em festas de chá.

‘Festa de chá?tá mais pra festas das cobras!’

“hahaha as cobras se juntam pra fazer festa junina contra mim é Diana”

‘Tudo bem.. Você tentou fazer uma piada pra uma iniciante foi..Sem querer ofender:um cadinho ruim mas bom!’

“Obrigada pela consideração” a verdadeira dona do corpo avia aprendido o sarcasmo e isso era algo que Diana amava.

Elizabeth ou Diana pense como desejar,estava totalmente irritada com aquele vestido amarelo velho que avia achado em seu guarda roupas nada legal..O closet era composto por roupas de cores.. Chamativas de mais para o gosto da mulher.

Tudo bem que ela amava a nova aparência cabelos brancos assim como os do duque e olhos vermelhos como os da mãe fazia seu próprio charme em Eliza.

Talvez a amiga otaku saberia com toda certeza o mundo aonde Diana se encontrava após morrer.

“Você não tá muito confiante pra quem se matou por causa de um *marmanjo ?”

‘É exatamente por isso que tô confiante nessa vida não vou precisar de nenhum!e irei massacrar quem quiser ferir meu coração’

“Uma péssima notícia mesmo juntando nossos dois corações.. Só resta cacos de vidro a vida acabou com meus sentimentos..”

‘Ta estranha..Pensa que tá em novela mexicana?’

“Eu não mas você tá.. até dominou meu corpo”

‘não foi culpa minha eu ter me jogado no mar’

“Ok..”