Queijo gouda

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O queijo gouda surgiu na Alemanha do século dezenove, pouco antes de Nietzsche morrer (ou nascer - ainda estamos pesquisando) e antes do tempo do guaraná-com-rolha (e da sua mãe de biquíni). Ou seja, faz tempo pra cacete, e você aí vacilando.

Enquanto sua vó lhe dava tapas na cabeça e mandava ir brincar lá fora (porque passava o tempo todo acumulando bolhas pelo corpo, jogando videogame ou simplesmente lendo catálogos telefônicos), o queijo gouda surgia em tempos imemoriais. Um queijo de configuração amarga, que foi se adocicando com o tempo - tipo você, só que o contrário.

A vida foi grata para o queijo gouda. Maciço, graúdo, mas também gente fina como você, é um queijo que agrada a todas as idades. Pode ser consumido em todas as épocas do ano. Chegou ao Brasil nos tempos de Getúlio Vargas, nos anos 90 da década de 20. Foi traduzido em diversas línguas, incluindo o piracicabês e o miguxês padrão.

A invenção do queijo foi atribuída a Mauricio de Souza,  criador da personagem Mônica e de outros queijos. Dizem que sua filha (a Mônica "real", que inspirou a dentucinha) era viciada no queijo, que seu pai havia criado em experimentos no seu laboratório secreto. O queijo, já extremamente saboroso após a adição de vários conservantes, havia cativado o paladar mirim da gorduchinha.

Não foi sem surpresa que, é claro, a obesidade infantil começou a acometer a filha de Mauricio. Foi então que Aristógenes, colega de classe de Mônica, começou a coçoar da mesma, fazendo bullying contra a então filha gordinha do "Walt Disney brasileiro", o nosso querido Mauricio de Souza. O que poucos sabiam é que Aristógenes tinha um distúrbio grave de fala, trocando os "l" pelos "r" (ou vice-versa, ou nenhum dos dois).

Bom, o fato é que Aristógenes (que mais tarde iria inspirar o personagem Cebolinha, da série de agá quês de mesmo nome), passou a chamar a Mônica de gorda, por conta de comer o já supracitado queijo em demasiada quantidade. Só que, como o menino, que depois inspiraria o personagem, trocava as letras, falava "golda" e não gorda. Daí então o queijo passou a ser conhecido como queijo "golda" (abrasileirado para "gouda", em nosso português).

Como a origem do termo provém de um bullying cometido contra a sua família, e por conta de questões contemporâneas que colocam em discussão a obesidade e a aversão a gordos (e sim, precisamos falar sobre isso!)*, Mauricio passou então a usar da sua esfera de influência para divulgar histórias paralelas sobre o surgimento do queijo. 

Assim, a origem real do queijo ficou perdida até então, até a encontrarmos em um antigo medalhão com inscrições milenares (feitas por Mauricio), obtido pela prática do detectorismo nas praias de Ubatuba, litoral norte da Paraíba. A decifração das insígnias, que tomou boa parte do tempo dos pesquisadores da nossa equipe, levaram à verdade do termo.

Após tantos anos de apreciação da iguaria, o queijo caiu em desuso, ficando menos popular que os queijos muçarela e queijo prato (assim como o queijo copo e o queijo talheres, dos quais em breve falaremos). Mauricio então foi a falência, aposentando a sua carreira de mestre-queijeiro e se dedicando a atividade menor dos quadrinhos.

*Mas não agora.


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