Namoro de Mentirinha | Adaptação Herophine [COMPLETO]

Capítulo 46: Rompimento

O sol adentra meu quarto através das brechas da cortina, me sento na cama e levo três segundos para lembrar do
meu celular. Passei a noite aguardando a resposta de Hero, acabei enviando um torpedo preocupada, pedindo que me ligasse, foi o que ele prometeu antes de sair, e deu que acabei dormindo na espera.

Nenhuma mensagem.

Ok. Talvez o celular esteja sem bateria. Como ainda é cedo e amanhã será sábado resolvo organizar meus materiais e conferir alguns trabalhos para o final do semestre. Por sorte os minutos passaram voando e logo pude prosseguir com minha rotina matinal, banhei, me vesti e organizei minha mochila.

Vou ter que pegar uma carona com Vanessa novamente, disco o número dela enquanto me avalio no espelho.

"Olá baby! Problemas com seu namorado furão?" Ela é sempre assim... um humor que só jesus.

"Você sabe." Quanto mais preciso pedir favores para alguém, mais desejo arrumar um serviço, eu poderia comprar um carro e ser menos dependente de Vanessa, da minha mãe e do Hero. "Qualquer coisa peço para minha mãe me levar."

"Claro que não! Amigas é para isso lembra? Daqui a pouco chego aí." Desliga e eu resolvo me adiantar tomando café, talvez não cantina.

Caminho até a cozinha onde encontro minha mãe organizando a mesa, ela parece concentrada demais que nem notou minha presença.

"Oi!" Falo afastando a cadeira e me sento. Ainda estou com raiva dela por assumir seu namoro com Alonso, por dizerem na minha cara que vão se casar, mas no momento tenho problemas demais para ficar remoendo isso, algo que não posso mudar o desfecho mesmo se quisesse.

"Oi meu amor!" Se vira sorridente e olha para fora da cozinha, sigo seu olhar mas esbarro com o nada, tive a impressão que está aguardando a entrada de alguém a qualquer momento.

"Esperando alguém?" Minha voz sai um pouco ressentida, porque no fundo sei a resposta.

"Ele está aqui Josephine e ele ficará." Suspira e passa a mão no cabelo preso, alinhando alguns fios. "Não sei como te contar isso mas já tomei minha decisão."

"Por que será que não fiquei surpresa?" Ironizo me levantando. "Posso tomar café na lanchonete, não me importo de ter um intruso todas as manhãs no café, na verdade não ligo, só espero está bem longe quando vocês dois casarem." Pronuncio a palavra casar como se fosse um palavrão.

"Você não compreende." Me olha atentamente, como se quisesse ler cada expressão do meu rosto.

"Pois fala logo!" Grito nervosa, no início me sinto culpada por alterar a voz com minha mãe, mas antes de me desculpar ela começa falar.

"Alonso veio para ficar, vai morar com a gente daqui para frente." Declara cada palavra feliz da vida, poderia pelo menos ter disfarçado o entusiasmo.