O aroma da dor

Um eterno caminho de solidão

Ela sorria em caminhada a vila. Havia percorrido grande distância, mas finalmente estava perto do seu objetivo. Estava contente pelas suas vivências e decidiu que iria visitar aquele lugarzinho no meio do nada. Sabia que estava chegando, mesmo não vendo o lugar e o caminho lhe passando o sentimento de não progredir, ela tinha certeza que da sua chegada. Chegou ao seu local destinado, cumprimentou os habitantes e foi a uma taverna, iria alugar um quarto.

A noite subiu aos céus rapidamente e todas as formas de vida esconderam-se de forma atrapalhada e apressada, eles tinham medo da escuridão. Observou a lua, sua face tinha um semblante melancólico, nenhum pouco convidativo. Abaixou seu olhar para a vila. Casas pequenas e humildes, pessoas gentis e felizes viviam lá. Mudou sua expressão e sorriu, porém não parecia ser um sentimento de alegria ou tristeza. Desceu da taverna e se encontrou na estrada. Andou em passos lentos e silenciosos, queria guardar na memória cada sentimento antes de partir.

Olhos misericordiosos, ela tinha antes de espalhar o caos. Chamas crepitavam por todo o lugar. Casas quebrando-se, gritos de agonia e o desespero evidente. Ela trouxe tudo aquilo, pela sua diversão egoísta.

Ficou parada no centro, apoiou-se em sua espada. Os habitantes choravam e alguns até direcionavam palavras de baixo calão a ela, antes de serem apagados. Sorria genuinamente. Gostava de tudo aquilo, o sofrimento, vidas sendo levadas.

Demorou horas e horas para o lugar ser totalmente poeira, mas ela esperou no mesmo lugar, com a mesma expressão. Quando viu que era o suficiente, ela voltou a caminhar calmamente para algum outro lugar.

Depois de tanto destruir e trazer a dor eterna, ela fora temida por todos os impérios. A esperança do povo, era que o mal sempre seria derrotado pelo bem. Mas, isso nunca aconteceu. Sempre que aparecia, nunca era derrotada. Sua existência era inevitável, e o seu caos interminável.