Helena e Cássio estavam apaixonados, mas a Guerra os impediu de viver este amor. Entretanto, há muito mais coisas no universo do que podemos compreender.
Agora eles têm a chance de um novo encontro, uma nova vida e a mesma paixão avassaladora de...
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Dez anos depois…
Finalmente o dia do grande lançamento havia chegado. O trabalho foi árduo, mas valeu a pena. Juntar o romance de época que escrevera inspirada na avó com as fotos de Caio fora a escolha certeira. Agora ambos estavam ali no museu, onde tudo começou, à espera do seu público, com exemplares de Um Clique do Destino em mãos, prontos para serem autografados.
O jovem casal era sinônimo de felicidade e realização. Como já era de se esperar, lá estavam os dois anjos observando, invisíveis aos olhos humanos.
“ Deve estar se sentindo realizado, irmão.”
“ Eu estou. O amor deles merecia ser vivido.”
“ Sabe que o destino deles é serem separados por alguma fatalidade, não é?
Uma sombra de angústia passou pelos olhos azuis do cupido, e no mesmo instante, um lunático invadiu o museu, estava armado. Um dos disparos atingiu em cheio o peito de Caio, e este foi ao chão. Helena ajoelhou-se ao lado dele e pode ver uma mancha de sangue se espalhar pela camisa alva.
“ Eu te disse, irmão. É o destino deles.”
― Caio, fala comigo! Você está bem? ― Helena sacudia o corpo do rapaz, desesperada.
Caio sentou-se subitamente, parecia estar tonto. Lentamente e com a ajuda de Helena ele tirou a camisa. A bala estava alojada no meio do pingente que ele trazia consigo. A imagem da serpente com um cachimbo na boca estava danificada. O corte que o pingente causou devido ao impacto da bala não fora profundo. Exasperado, ele olhou para Helena.
― Meu pai me deu este pingente ontem. Era a única lembrança que ele tinha do vovô… Disse que me traria sorte. Ele nunca esteve tão certo em toda sua vida. ― Helena apenas o abraçou chorando.
“ Sim, irmão. Eu não posso mudar o destino dos dois, mas tentarei retardá-lo sempre que puder…”, respondeu o cupido após um longo silêncio.