Harry Potter e o Amuleto de Merlin

Capítulo 11: Mais uma vez nesse lugar.

Chegaram aos portões de Hogwarts e Hagrid já estava lá, uma sensação de nostalgia acometeu a todos, parecia que havia anos que não pisavam ali e uma saudade avassaladora os atingiu.

O Hagrid estava diferente também, seus olhos brilhavam tanto que pareciam luzes de natal trouxa.

     - Hagrid que saudade! Comentou Lilian sorridente.

     - É mesmo, parece que eu não venho aqui a anos. Marlene também comentou.

     - Está tudo bem Hagrid? Você está tão calado. Perguntou Thiago estranhando a atitude do amigo.

O meio gigante apenas acenou, não poderia controlar sua voz com o bolo que estava em sua garganta, a qualquer momento uma chuva de lágrimas estava pronta pra sair. Então Thiago completou.

     - O Almofadinhas e o Aluado estão vindo também, você poderia os aguardar?

     - Certo, a senha é o retorno. Disse gaguejando enquanto os outros estranhavam o seu comportamento. Assim que os três saíram o meio gigante caiu no choro.

Chegaram na gárgula e a mesma os deixaram entrar, bateram na porta e uma voz tranquila os mandaram entrar.

     - Boa noite professores! Falaram todos ao mesmo tempo.

     - Boa noite! Respondeu Minerva com a voz embargada.

     - Boa noite meus caros! Respondeu tranquilamente o professor.

     - Professor precisamos urgentemente falar com o senhor, aconteceu um ataque e o Harry sumiu. Aquele rato desgraçado do Rabicho nos traiu. Falou Thiago atropelando as palavras de tanta raiva.

     - Acalme-se Thiago.

     - Me acalmar? Meu filho sumiu! Nesse momento uma batida na porta os interrompem.

     - Devem ser o Almofadinhas e o Aluado. Eu os chamei aqui.

     - Podem entrar. Minerva pede e os dois entram sem olhar ao redor.

     - Professor aconteceu alguma coisa? O Harry pediu pra gente vir com urgen... Então parou pra olhar ao redor e seu mundo parou, na sua frente estavam os seus melhores amigos e a mulher da sua vida. Ele só poderia estar sonhando. E quando menos percebeu tudo ficou escuro e nada mais foi ouvido.

Ao seu lado Lupin estava em choque, não podia ser, seus amigos estavam ali na sua frente depois de tantos anos, era inacreditável. Ele nem reparou quando Sírius desmaiou e só voltou a si com o grito de Marlene.

     - Sírius Black! Acorda seu cachorro pulguento. O que está acontecendo aqui Remo? Perguntou Marlene aflita.

     - Eeeeu não sei!

     - Acalmem-se todos, eu vou explicar o que está acontecendo, Enervate. Sr Black tudo bem?

     - Eu estou sonhando?

     - Não sei cachorro, para de graça.

     - Lene! É você mesmo? Eu morri de saudades Lene! E com isso a abraçou forte chorando como se dependesse dela pra viver, depois disso abraçou seu irmão e sua melhor amiga, sentido o peso sair de suas costas. Lupin saiu de seu torpor e também foi abraçar os amigos, sentiu tanta saudade que não sabia nem como reagir, todos estavam emocionados, até mesmo os amigos que não estavam entendendo nada.

     - Bem meus caros, vou explicar a vocês o que está se passando.

Então Dumbledore narrou toda a história e contou como o amuleto interferiu na vida de todos, ou melhor na morte.

     - Então quer dizer que o ataque aconteceu há 22 anos, e meu bebê agora tem 23? Perguntou Lilian chocada.

     - Sim, exatamente Lilian.

     - Eu perdi toda a vida do meu filho. Seus olhos se encheram de lágrimas e sentiu os braços fortes  do marido ao seu redor, e sentiu lágrimas molhando sua camisa. Thiago Potter se sentiu o pior homem do mundo, não conseguiu proteger sua esposa e seu filho cresceu sem eles.

Os amigos choraram juntos, até McGonagall soltou as lágrimas que segurava e a emoção tomou conta de todos.

     - Onde está o meu filho? Perguntou Lilian chorando.

     - Está aqui em Hogwarts, na ala hospitalar. Respondeu Dumbledore.

     - Ele está machucado? Perguntou Thiago aflito.

     - Não, eu o mandei pra lá para que pudesse descansar. Com tudo o que está acontecendo ele estava exausto e o obriguei a descansar um pouco. Respondeu Minerva. Se vocês quiserem me acompanhar os levarei até lá.

     - Cla claro! Lilian se prontificou a ficar de pé. E todos juntos marcharam até a ala hospitalar ao encontro do menino que sobreviveu.