Aprisionada

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Enquanto Agatha estava desorientada e acordava do efeito do sonífero, suas visões e alucinações ainda ecoavam em sua mente. Suando frio e tremendo, ela se encontrava em um lugar sombrio, fétido e úmido, cercada por blocos e grades. A sensação de desespero era avassaladora.

Assim que recobrou a consciência, Agatha despertou assustada, gritando e se debatendo. No entanto, suas ações eram em vão, pois estava sozinha e aprisionada. Foi nesse momento que uma figura estranha surgiu diante dela, causando um calafrio em sua espinha. Era Quan Chi, cuja aparência era ainda mais perturbadora de perto.

— Quem é você? Por que me trouxe aqui? O que quer comigo? Afaste-se de mim, agora! — Agatha gritou, chutando-o.

— Muitas perguntas para um dia só, acho melhor continuar quieta e parar de me chutar, ou a coloco para dormir de novo. E dessa vez, PARA SEMPRE, pois posso arrancar sua espinha se não colaborar! A propósito: me chamo Quan Chi. —  Ele falou, enquanto a olhava friamente.

— Que nome mais horroroso! Não tinha outro melhor, não? Seu palhaço pálido! Onde está meu pai? Ele estava comigo até agora. Só pode tê-lo prendido também. — Agatha questionou, irritada.

— Seu pai? Bem, ele está bem ali. Scorpion, venha e fale com sua a sua querida filha. — Quan Chi zombou da garota.

Enquanto a discussão se desenrolava, Scorpion emergiu de uma névoa densa, surpreendendo Agatha. Seu pai, embora sombrio, trouxe certo alívio à garota, que o implorou para tirá-la dali e explicar o que estava acontecendo.

— Ei, me tira daqui, vamos embora! Não consigo entender nada do que está acontecendo. Esse asqueroso me sequestrou. Quero voltar para casa

Scorpion não respondia, fazendo com que Agatha ficasse cada vez mais agoniada. No entanto, o silêncio foi quebrado. E ele não pensou duas vezes antes de proferir palavras que deixassem sua filha mais agoniada, triste e amedontrada.

— Eu até poderia tirá-la daí, mas você foi uma filha muito ingrata e desobediente. Vai ficar aqui até quando eu achar necessário, esse será seu castigo. Por que não me escutou a respeito sobre prestar melhor atenção ao seu redor? Olha o que você fez, se colocou em enrascada! Isso é o que você merece! — Scorpion disse, enquanto desferia um forte tapa no rosto de Agatha que a fez chorar devido a atitude monstruosa.

— Por que fez isso comigo? Eu não tive culpa, por que está diferente? Nunca nem sequer levantou a mão para mim e agora me agride... — Agatha o encarou, com os olhos arregalados. — Sabe... VOCÊ NÃO É MEU PAI MESMO! Eu vou dar um jeito e sairei daqui sozinha. Quando sair, vou pedir para minha mãe assinar aquele maldito divórcio o quanto antes. — Agatha cuspiu em Scorpion.

— Só por ter dito que não sou seu pai. Agora terá um castigo em dobro, Quan Chi, pode castigá-la. — Scorpion deu um passo para trás.

Ao aproximar-se da garota, Quan Chi manipulou uma bola verde de energia que a deixou paralisada. Ela não conseguia nem gritar e seu olhar mostrava o horror que sentia. Ali ela imaginou que seria morta da pior maneira possível. No entanto, o feiticeiro apenas quis brincar com os sentimentos de Agatha a torturando psicologicamente. Para Quan Chi, nenhuma tortura era pior que aquela

— Garota burra, vou ser bonzinho e responder somente uma de suas perguntas. Sabe o que quero de você? Seus poderes de telepatia e telecinese, pois quero tomar o plano terreno e fazer o restante dos humanos meus escravos. A propósito, sou eu quem está mantendo sua mãe viva e a coloquei naquele estado. Eu posso poupá-la se você for boazinha. — Quan Chi falou, dando um sorriso sinistro para Agatha.

Scorpion: No limite (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora