Amigo do meu amigo {Instagram Wong Yukhei}

É só um até já (41)

Jaehyun e Hyejin já não estavam em casa há cerca de duas ou três horas, deixaram-na por conta do outro casal, quase casal.
Já tinham feito de tudo o que se pode imaginar. Afogaram-se em lágrimas, em chá, em café, nos lençóis, nos braços um do outro. Agora estavam no sofá e ela tinha a cabeça confortável nas pernas dele enquanto este lhe deixava um carinho confortável nos cabelos, fingiam ver um filme até ela se virar para ele.

– Tens mesmo que ir ? Não podes tratar disso a partir daqui ? – enrolou o dedo na camisola dele e olhou-o com um beicinho.

– S/n… – suspirou – Se eu pudesse, acredita que o faria.

– Ah eu sei, eu sei, mas… hm. – pegou na mão grande dele e encostou-a ao próprio rosto, ele pegou-lhe debaixo dos braços como se fosse uma criança e sentou-a no colo, com uma perna de cada lado das suas.

– Não fiques assim. Quando menos esperares, estarei aqui a chatear-te outra vez.

– Assim espero. – abraçou-o e escondeu o rosto na dobra do pescoço dele.

Alguns minutos foram suficientes para ele perceber o sono profundo em que a rapariga estava embrulhada, desligou a televisão e pegou-lhe como podia para levá-la p'rá cama. Foi lavar os dentes sem fazer barulho e deitou-se ao lado dela, sentiu-se ser abraçado e retribuiu.
De manhã quando acordou ela estava quase deitada em cima dele e distribuía beijinhos incontáveis pelo rosto adormecido.

– Podias acordar-me assim todos os dias.

– Talvez quando voltares. Mas só talvez.

– Só talvez. – riram e ela deixou-o levantar-se e preparar-se, depois ela e foram tomar o pequeno almoço até a porta se abrir.

– Estás pronto ?

– Quase, deixa-me acabar de comer. Podes levar a mala, está ali.

– Não há pressa, calma. – S/n disse tranquila e bebeu mais um gole de café.

– Sua tontinha. Não me podes prender em casa.

– Olha que é uma boa ideia que me dás.

– S/n, sua tola.

– Se eu quisesse prender-te, e com isto eu não estou a dizer que não quero, eu já o teria feito. Mas pronto. Quanto mais rápido fores, mais rápido voltas. – levantou-se e deixou as duas canecas no lava louça.

– Quando queres, até pensas bem.

Finalmente foram p'ró carro, seguindo em direção ao aeroporto. Ficaram agarrados, colados, o tempo todo, ela não o largava nem por nada, esperaram sentados e ele preparou-se na primeira chamada, mas já se ouvia a última e ela continuava a prendê-lo nos braços.

– S/n, eu tenho que ir.

– Não quero. – ela chorava como, literalmente, uma criança contra o peito dele – Não vás.

– S/ninha, por favor, são só uns dias. Eu tenho que ir, vou perder o vôo.

– S/n, deixa-o, pareces uma criança. – a amiga tentou convencê-la.

– Eu não quero saber.

– Vá lá, S/n, sabes que tenho que ir. Já falámos sobre isto, eu ligo todos os dias para falarmos, juro, mas deixa-me ir. – ela olhou para ele e elevou o corpo até lhe chegar à boca para poder beijá-lo, já se notavam as saudades pelo meio do ósculo, mas isso não ocultava a paixão – Pronto. Eu ligo assim que chegar a casa.

– Volta rápido !

– Assim que puder. – deu-lhe um último beijinho na bochecha e ela deixou-o ir.

– Poxa, S/n, nunca pensei que te custasse tanto.

Ela cruzou os braços e fez beicinho, foi abraçada de lado pelo melhor amigo até chegarem ao carro. Teve notícias do loirinho cerca de cinco horas depois e ficou aliviada por saber que tudo tinha corrido bem durante a viagem.

– Eu nunca pensei que te fosse tão difícil. – o rapaz disse sorridente.

– Ah não te rias !

– Eu não estou a rir. Só achei… fofo.

– Uhum, fofo, sei.

– Tonta. Também gostei muito do beijo.

– Ai, cala-te, assim fico com vergonha. – deitou a cabeça nos braços para esconder a cara.

– Há uma coisa que eu queria falar contigo e depois… não falei.

– O quê ? – voltou a olhar para o ecrã.

– Naquela foto, da Hyejin, ela disse que tu estavas apaixonada. E eu não entendi isso.

– Ela não disse nada ! Andas a ver coisas, loirinho.

– Não, nem comeces com isso ! Eu quero que me expliques, que me digas a verdade.

– Verdade !? Que verdade ? Não sei do que estás a falar.

– S/n. Vá lá, se estás apaixonada por mim, eu mereço saber.

– Eu acho… que isto não são assuntos para se conversar por vídeo chamada.

🔸🔸🔸🔸
Yay.
Está pequeno e MUITO dramático, mas foi o que eu consegui escrever.
Espero que gostem e perdoem se houver algum erro.