Uniforme (drarry)

single

Harry caminha na ponta dos pés, mesmo embaixo da capa ele não quer arriscar ser pego.

Faz algumas semanas que conseguiu a senha das masmorras da Sonserina e desde então ele desafia todas as regras para conseguir dormir agarradinho com Draco.

É arriscado, perigoso e deixa seu namorado furioso, mas vale a pena se ele puder dormir com Malfoy em seus braços.

Mesmo após três meses de namoro e um anel de noivado ainda é estranho para o moreno ter seu arqui-inimigo como namorado. Digo, eles passaram cinco anos em pé de guerra, o pai de Draco tentou matá-lo, o próprio Draco já o ameaçou diversas vezes e agora ele estava desviando do zelador Filch para vê-lo.

Como eles passaram de "eu te odeio" para "eu te amo" então tão pouco tempo?

Com muito cuidado Harry consegue passar pelos salões e desce em direção às masmorras, a senha da Sonserina era sangue-puro, e poderia ser qualquer variação disso. Potter ainda está rindo da falta de criatividade da casa quando a lula gigante do lago passa tranquilamente pela janela. O garoto quase grita de medo. Harry já deveria estar acostumado com criaturas aquáticas passando pelas janelas do salão comunal, mas toda noite um susto diferente.

Ele sobe na ponta dos pés. A parte mais difícil é abrir a porta. Harry sussurra um Alohomora e empurra a porta com cuidado, ela não fazia barulho (afinal o príncipe da sonserina não poderia ser acordado), mas ao pé dela ficava a cama de Blaise Zabini.

Não que ele fosse contra o relacionamento dos dois, não, Zabini era contra as escapadas de Harry. Vivia dizendo o quão perigoso era e que todos eles seriam expulsos se alguém encontrasse o grifinório.

Mas caras, como resistir? Sob os lençóis de seda negros um anjinho dormia, Harry suspira de felicidade e joga suas roupas perto da cama. Com muito cuidado fecha as cortinas do dossel e se deita com seu namorado.

Apenas um segundo depois ele tem uma varinha em seu pescoço.

-Ava-hã? Harry? O que? Droga Harry!

Potter está sorrindo em baixo do loiro pronto para lhe lançar uma maldição imperdoável.

-Oi Drac. São onze e meia, ainda é cedo você quer conversar?

-Céus!-Draco se senta na cama. Ao contrário do habitual seus cabelos estão bagunçados apontando para todos os lados, Harry passa a mão sentindo a maciez dos fios.-Se o Blaise te pega aqui...

Como se soubesse Zabini levanta da cama num pulo.

-Draco! Os dragões dourados estão sorrindo pra mim!

Harry se assusta, mas ao notar a cara de bobo, igualzinha a de Rony quanto acorda no meio da noite, ele relaxa.

-Sorria de volta cara.

Draco responde. O moreno assente e volta a dormir.

-Essa foi por pouco.-Potter abraça a cintura do seu sonserino e o beija. Draco corresponde e se senta no colo do moreno.-Senti sua falta. Onde esteve no jantar?

-Nossa vai rastrear meus passos agora?-Harry faz uma careta.-Fui no corujal. Minha mãe quer hm...-Ele parece nervoso.-Ela pediu para que você nos visitasse nas férias mas...

Draco Malfoy corado, Potter nunca se cansava daquela visão.

-Hey baby, não fique com vergonha. Eu adoraria conhecer sua mãe. Digo, eu já a conheço, mas nós só brigamos quando a vi.

O loiro suspira. Draco quer ter Harry em sua casa. Levá-lo a todas as passagens secretas da mansão, mostrar seu quarto, sua coleção de dragões de pelúcia, os animais fantásticos do seu zoológico particular. Mas quanto tempo de vida Harry teria até que comensais da morte o tirassem de lá?