Bakugou Katsuki

4.2K 89 42
                                    

Diɑs de honrɑ

BoyXGirl

Pedido feito por: @Sulli_Yeager

Boa leitura!


Qual a sua memória mais triste? Aquela que te faz corroer por dentro de culpa e tristeza, com uma pergunta pairando no ar: "Por que ainda vivo, por que ainda sinto meus pés no chão?"

Resposta: "Paciência. Você vai servir para algo."

Mesmo nunca tendo escolhido brotar no ventre fértil de alguma bela mulher, (S/N) sempre foi injustiçada e apenas julgada por existir. Hipócrita, não?

E então tudo tinha desmoronado. Literalmente. Aquela casa de chá, um famoso bordel dos subúrbios havia sido destruída por heróis e a garota bufou de tédio. Era praticamente normal e quase todo mês as garotas da casa eram mais exploradas para reparar os danos dos malditos heróis saltitantes, mas agora a construção ruía rapidamente.

Nada de interessante até aí.

A adolescente manejava sua individualidade como um grande chicote de energia pura e se aquele lugar não estivesse destruído o suficiente, ela faria o resto. Os grandes pedaços de asfalto e postes voavam à medida que os ditos heróis lutavam com um homem grande que dava socos e chutes avassaladores no chão.

"O estudo das quirks ainda é muito prematuro. A maior parte surge de maneira misteriosa e se relacionam com a personalidade do indivíduo. A outra porcentagem é adquirida por meio de mistura de individualidades, a partir de nascimentos."

Nem um. Nem outro. Nada se relacionava a ela. Talvez só fosse defeito do destino criá-la de maneira frágil e enganosa para depois jogar o fardo de uma habilidade poderosa nas suas costas. Os heróis abatidos pelo homem se estiravam nos destroços da casa de chá. E um deles percebeu a garota.

- É a garota do jornal! Levantem!

"E mesmo com todo conhecimento e tecnologias atuais, é impossível prever o poder máximo de uma individualidade. Algumas, usadas em tempo constante, levam o portador à deficiência de algum membro ou até, em casos extremos, a morte."

Ah, sim. Aquilo era bom. Aquele medo estampado na cara de profissionais ao ver uma criatura superior  parada próximo a eles. O cartaz de "perigosa" havia sido imprimido nos jornais locais após ela atacar um editor que havia desrespeitando-a há um bom tempo, mandando para o raio que parta o arrogante homem.

A luz do chicote foi esvanecendo aos poucos e ela colocou as mãos na cintura fina, olhando o estado daquele pedaço de Japão, com uma cara enojada. Ela com certeza teria que recomeçar de novo.

Quatro dedos frios lhe rodearam o pescoço e aquela voz retumbante sussurrou perto dela:

- Não se mexa, a não ser que queria morrer. 

- Digo o mesmo. - Ela tinha faíscas na ponta dos dedos queimados, encostando na barriga do homem. Ele deu um gemido curto e irritado.

- É uma luta de iguais, tudo bem. - o aperto afrouxou e ela continuou virada pra frente. - Parece que vai ter que se mudar.

- Tsk. Heróis. - cuspiu no chão. Os lábios ressecados do mais novo líder da Liga dos Vilões se expandiu em um sorriso assombroso.

- Eu tenho uma proposta interessante para lhe fazer. Me acompanha até nossa base?

- Se tiver dinheiro bom, eu aceito. - (S/N) deu de ombros. Ela ainda deu uma última olhada para a casa de chá, com os corpos das garotas ainda quentes, esmagados por blocos de concreto. 

Imagine AnimesOnde histórias criam vida. Descubra agora