Capítulo 38

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Nicole Vinhedo

E 24 horas se passaram...

       Ninguém sabia de nada , não sabiam me responder nada e ainda não tinham o achado. Eu não consigo dormir , não consigo comer. A única coisa que faço é chorar sem parar.

   Eu estou tão triste que desde que cheguei em casa não sai do quarto do meu bebê.

        Estou deitada em sua cama abraçada com seu travesseiro e sentindo seu cheirinho. Minha cabeça e meu coração dói muito. Não sei quantos calmantes já tomei e não consegui me acalmar.

    O medo me domina , me trás ódio da pessoa que tenha tirado meu filho de mim.

Isso é crueldade.

       Eu só preciso vê-lo aqui de novo , ouvir sua risada gostosa ou sua voz. Eu necessito muito disso. Encaro o teto e sinto lágrimas rolarem pela lateral do meu rosto , eu estou exausta.

Eu só queria saber alguma coisa dele.

Ouço a porta se abrir devagar e Eduardo entrar no quarto.

     Ele está tentando ser forte por mim , mas eu vejo o quanto ele está preocupado assim como eu estou . Seu olhar o entrega o quanto ele está sofrendo. Ele se aproxima e deita ao meu lado me encarando cabisbaixo. 

Eduardo: Você precisa comer alguma coisa , amor — tenta me convencer — Estou preocupado com você.

Nicole: Não estou com fome — falei pensativa ainda com os olhos fixados no teto.

Eduardo: Você não comeu nada desde de ontem — enfim o encarei.

Nicole: Eu não quero nada... — bufo — A única coisa que eu quero é o meu filho de volta— Eduardo abaixou a cabeça e quando me olhou novamente seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Eduardo: Eu também quero...Nicole  — vejo lágrimas escorrer por sua bochecha — Eu estou fazendo de tudo para encontrá-lo e trazer ele de volta para casa — suspirou e soluçou — Mas ficar sem comer não vai trazer ele de volta pra gente!

   Ele afundou a cabeça no travesseiro e começou a chorar. Ele estava se fazendo de forte por todos , mas chegou um ponto que ele não conseguiu mais e desmoronou.

Eduardo: Quanto mais o tempo passa fico mais preocupado — passou a mão pelo rosto — Você não sabe o quanto me sinto imprestável por não poder fazer nada — desabou — Eu passei a noite toda rondando pelas ruas procurando-o mais não achei nada  — soluçou — Eu me odeio por ter deixado isso acontecer! — suspirou por fim.

     Choramos um de cada lado da cama , a gente só queria o nosso bebê de volta. Ele me puxa e deito minha cabeça em seu peito.

   Eu chorei tanto ali deitada em seu peito que acabei pegando no sono!

...

     Acordei sozinha no quarto do Arthur. Eduardo não está mais aqui comigo , levanto toda descabelada e saio do quarto.  A sala estava cheia de oficiais , polícias e etc... Assim que apareço no pé da escada todos me olham curiosos.

     Me aproximo de Diogo que esta sentado no sofá com Geovana , eles me encaram e dão um pequeno sorriso.

      Eu já chorei tanto mais tanto que não sinto mais vontade de chorar . Eu só carrego um olhar triste e uma dor inexplicável no peito , pois até agora não sei nada sobre o meu filho.

Geovana: Como está se sentindo ? — pergunta pegando em minha mão.

Nicole: Eu...a única coisa que sinto agora é só dor no coração — respondo cabisbaixa e ela me olha com pena.

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