10. make it two and we got a deal

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Leo Hawkins achou que nada pudesse estragar a sua semana perfeita

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Leo Hawkins achou que nada pudesse estragar a sua semana perfeita.

O time de hóquei da Oak viajou até Boston no fim de semana para enfrentar Harvard e nem o mau humor e as reclamações do treinador Patron foram capazes de acabar com as comemorações que se seguiram pelo domingo inteiro enquanto eles voltavam para Silvermount com a vitória. Não tinha sido um jogo fácil e tudo estava empatado até o segundo período, mas tiveram os melhores últimos vinte minutos da temporada até ali. Três gols. Vitória dos lobos.

Leo ouviu diretamente do treinador Patron que havia ao menos dois olheiros de times oficiais presentes ali. Exatamente o tipo de coisa que precisava ouvir após se destacar durante os três períodos e sair exausto da pista de gelo. Seu tornozelo praticamente dobrou de tamanho na viagem de volta para casa, mas esse era um efeito adverso de estar jogando duro e não ia ser isso que tiraria sua felicidade.

Porque Leo Hawkins realmente acreditava que não havia nada que pudesse tirar seu humor depois de ensinar uma bela lição de humildade ao time de Harvard que costumava se achar dono do campeonato antes mesmo dele terminar.

Até a aula de segunda-feira.

Ele realmente já deveria ter aprendido, naquela altura, que não deveria comemorar antes da hora.

Mais uma vez, mal tinha entendido metade das coisas que a Sra. Wes tinha dito quando o sinal tocou e a turma se levantou de uma vez, tão ansiosos quanto ele para sair dali. Antes que Leo pudesse guardar suas coisas na mochila, um papel fora colocado em sua mesa e ele demorou quase quinze segundos para notar que era a prova que ele tinha feito na semana anterior.

A nota circulada em vermelho, porém, foi o que o fez voltar a realidade, esquecendo da vitória do final de semana, dos seus sonhos dentro do gelo e da carreira de sucesso que já imaginava. Estragando todo o potencial bom humor que ele tinha mantido até ali.

Era uma nota vermelha em microeconomia intermediária, o que tornava suas chances de ser aprovado naquela matéria ainda menores.

Porra.

Ele nunca iria se formar. Ia ter que aceitar isso de um jeito ou de outro. Passaria quinze anos para terminar o curso de quatro por causa da porra da Sra. Wes e sua matéria impossível. Teria filhos e ainda estaria na faculdade. Seria jubilado em algum momento, imaginou.

Sean cortaria sua mesada e ele viveria o resto da sua vida trabalhando no Ivy e vendo a Sra. Wes dizer que ele precisava prestar mais atenção em suas aulas. Assistiria aquela mulher se aposentar e, quem sabe aí, teria alguma chance de colocar as mãos em seu currículo.

Seu futuro era tão trágico que uma careta de dor tomou lugar no seu rosto. Que inferno.

Mas que merda... — murmurou para si mesmo enquanto checava cada erro evidenciado por uma caneta vermelha, xingando baixinho para que mais ninguém pudesse ouvir.

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