19. are you scared of what's to come?

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*Esse capítulo tem uma descrição de uma ataque de pânico. Se não se sentir confortável com o conteúdo, recomendo que pule a parte final do capítulo*


O cenário da confusão já estava formado quando Nina e Leo chegaram até o local, menos de quinze minutos depois da ligação de Olivia.

A porta da entrada estava escancarada. Remi estava sentado no sofá, com sangue escorrendo do seu supercílio aberto enquanto ele mantinha sua cabeça erguida para não manchar o tecido claro da sua blusa. Liv estava parada na escada com o celular em uma das mãos enquanto acabava com as unhas da outra. De longe podiam escutar os apelos de Claire que vinham do andar de cima.

Além disso, havia trejeitos da confusão espalhados por toda a sala de estar. Cacos de vidro espalhados pelo chão, o espelho da parede de entrada em pedaços e três jogadores do time parados perto da entrada, com os braços cruzados e os semblantes preocupados.

Leo tinha o olhar espalhado por toda parte quando entrou em casa, seguido de perto por Nina. O jogador apontou para todo o vidro espalhado pelo chão para que a alemã não pisasse no lugar errado, guiando-a pela base das suas costas em um trajeto que suas mãos tinham feito outrora em um contexto completamente diferente daquele. Ele, particularmente, ainda queria estar preso naquela lavanderia fazendo aquele e outros caminhos pelo corpo dela, mas deixaria para xingar os amigos em outro momento.

Remi arqueou as sobrancelhas em curiosidade ao notar o gesto, deixando um sorriso indecente escapar dos seus lábios finos. Ah, ele sabia exatamente o que tinha acontecido ali.

— Que porra é essa? — Leo perguntou assim que chegou perto de Remi, colocando as mãos na cintura enquanto avaliava toda a situação. — Vocês estão destruindo a casa quando eu não estou presente agora?

— Sim, não conseguimos nos controlar — Remi usou de toda sua ironia para responder, angulando ainda mais o rosto assim que notou uma gota de sangue escorrer pela sua pele. — Ah, caralho. O que eu posso fazer quanto a isso?

Apontou, da forma que podia, para a sobrancelha cortada. Ficaria uma cicatriz por ali, para dizer o mínimo. O hematoma que se formaria no dia seguinte muito provavelmente impediria Vince de enxergar com o olho direito por alguns dias.

— Você precisa colocar alguma coisa aí — Nina murmurou, olhando por um instante para Remi antes de correr na cozinha, voltando com um saco de gelo e um pano de prato. — Vai doer, mas vai doer ainda mais se você não colocar nada. Acredite em mim.

A alemã se sentou ao lado de Remi antes de enrolar o gelo no pano e pressionar — nada delicadamente — no olho machucado do jogador. Quando a superfície gelada encostou no corte, Remi grunhiu de dor como uma criança pequena, com o diferencial de ter usado todas as palavras feias que conhecia para amaldiçoar a ação entredentes.

— Você pode ser menos violenta? — questionou, abafando um murmúrio de dor quando Nina apertou ainda mais o gelo contra seu rosto. — Porra Houston, eu tô falando sério. Nós já fizemos as pazes, não é?

Leo segurou o riso quando Remi terminou de falar, negando com a cabeça no momento que Nina olhou para trás procurando-o.

— Aposto que você está me castigando por ter estragado a noite de vocês dois. Aliás, como foi?

— Cale a boca, Remi — Leo o repreendeu, cruzando os braços. Foi a vez de Nina prender uma risada, achando extremamente adorável a forma que ele tinha ficado sem graça com a fala de Vince. Não deixou de notar, porém, o quão bem os braços dele ficavam daquela forma e em como ela se sentiu quando eles estavam ao seu redor. — Não é da sua conta.

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