Me coma!

267 33 16
                                    

Oikawa Torū havia chegado de viagem. Já fazia mais de um mês que Torū não via o seu namorado, Kageyama Tobio. 

Oikawa estava feliz demais, iria fazer uma surpresa ao seu amado, sabia como Tobio estava se sentindo solitário sem ele no apartamento do casal. 

Torū sorriu largo, ao saí do táxi e avistar o seu apartamento, e imaginar que Kageyama deveria estar dormindo com os cabelos bagunçados e com a típica 'cara de anjo que ele — Quando está dormindo, pois quando está acordado tem a 'cara mais ranzinza do que idosos em pé dentro de ônibus. 

Oikawa caminhou-se para dentro do apartamento, comprimentou o porteiro e foi direto para o seu andar. 

O coração do acastanhado acelerou quando pegou a sua antiga chave e começou abrir a porta. Oikawa estava louco para da um beijo bem gostoso em Tobio e poder matar a saudade do namorado — E também do corpo de Kageyama. 

— Cheguei, vadia. — Oikawa Torū disse, invadindo o quarto onde seu amado deveria estar dormindo. 

O sorriso largo do maior sumiu, ao avistar a cena que ele nunca imaginou que poderia presenciar em toda sua vida. Oikawa queria acreditar que seus olhos estavam enganando a si, que aquilo era tudo mentira. 

" O meu santo cuzinho que não é mais virgem " Pensou Torū encarando Kageyama e seu melhor amigo, Hinata Shouyou, na cama juntos, transandos.  

— Kageyama! — Hinata gritou, sendo o primeiro a reagir àquela situação constrangedora. 

Os olhos do acastanhado lacrimejava, ele não sabia reagir aquilo. Nunca imaginou encontrar as duas pessoas que mais ama na sua vida fazendo aquilo com ele. 

— Sempre esperei por isso, arrombado. — Mentiu Torū. 

Com o resto do orgulho que tinha, deu seu típico sorriso confiante, e começou a caminhar para fora do quarto, parando ao escutar a voz de seu ex-namorado. 

— Eu posso lhe explicar — Kageyama disse, vestindo uma bermuda qualquer que achou pelo chão do quarto, e indo em direção a Oikawa. 

— Não quero saber de nada. — Torū Disse firmemente, caminhando até a sala e pegando suas malas. 

— Me escuta, Oikawa. Acho que não te amo mais — Tobio explicou, não queria ter traído Torū, ele sentia algo ainda pelo mais velho, todavia, não era aquele amor que ele sempre sentiu por Hinata Shouyou desde que eram crianças. — Acho que nunca te amei, me desculpa. 

Oikawa continuou de costa a Tobio, não virou e não disse nada, suas lágrimas escorria pelo o seu rosto, borrando toda sua maquiagem e deixando seus olhos com indício de inchaço. A decepção que Oikawa sentia foi a maior decepção da sua vida — Tirando a vez que perdeu a liquidação de botas de sua marca favorita, aquela foi a pior decepção de Oikawa, o acastanhado pensou até em cometer suicídio, se não fosse por Suga dizer a ele que teria outra liquidação, Torū estaria morto, enterrado em um caixão rosa pink em um cemitério. 

— Oik… — Shouyou disse, chegando na sala. Hinata estava se sentindo culpado, não queria ter feito nada que vez, se arrependendo matasse, Shouyou estaria morto naquele momento. — Me desculpa, eu não qui…

— Chibi-chan — Oikawa cortou seu ex melhor amigo, limpou as lágrimas que escorria pelo rosto, e virou-se para os amantes, encarando Hinata e dizendo a ele: — Como um grande filosófico disse: Talarico.

Torū riu alto ao ver a expressão do ruivo, mostrou o dedo médio ao casal de amantes e saiu daquele apartamento como se estivesse desfilando nas passarelas de Paris — Igual estava fazendo no último mês. 

O acastanhado segurou o choro, até saí do apartamento, quando adentrou no primeiro táxi que avistou, soltou todo choro que havia segurado. Não se importou que estava despencando na frente de um desconhecido, ou se seu orgulho havia ido parar no fundo do poço. Oikawa só queria gritar que seu mundo havia acabado, que sua vida era uma mentira, que queria morrer, que queria enfiar um poste no cu de Hinata, que queria arrancar o pinto de Kageyama e enfiar na boca dele. 

— Como aquele filho da puta pode ter me traído? — Perguntou, sentado na cadeira de uma sorveteria, se afundando em um pote de 2 litros de sorvete de chocolate, e com bastante calda de doce de leite. — Eu ia ser a nova Deusa do novo mundo dele, aquele desgraçado. 

Modelo estava chorando, borrando toda maquiagem que havia feito novamente, antes de sair de dentro do táxi — Havia sido traído, não arranjado um motivo para ficar feio —, enquanto dizia coisas aleatórias, assustando as pessoas alheias em volta da mesa que estava sentado. 

— Senhor… está tudo bem? — Perguntou o funcionário, preocupado com ele, e com a aura assassina em volta dele. 

— Tirando a parte que o arrombadinho do meu ex namorado me traiu, com o meu melhor amigo, eu estou bem, — Disse, enfiando uma colher de sorvete dentro da boca e encarando o atendente, cuspindo em seguida o sorvete na cara do funcionário com tamanha beleza que via em sua frente — SENHOR POLICIAL, ROUBARAM O MEU CORAÇÃO E O MEU CU!

— Senh…

— ME COMA! — Exclamou, interrompendo o funcionário. 

— Oi? 

— Isso mesmo que ouviu, me coma.

— Eu nem conheço senhor.

— Meu nome é Torū, mas para você é amor da sua vida, prazer — Sorriu, piscando olho —, Como é seu nome? 

— Iwa…

— Agora nós conhecemos, Iwa-chan — Disse, interrompendo o funcionário e se levantando, pegando uma caneta da mão do moreno em sua frente, marcando seu número em um guardanapo, e colocando no bolso da camiseta dele em seguida, sorrindo maliciosamente enquanto pronunciava:

— Me liga hoje, às 19:00, vamos num motel, vamos fazer coisas de adulto, baby.  Vou te esperar! — Exclamou. 

Pegou suas malas, saindo de dentro da sorveteria, rebolando sua bela bunda, e dando aquela olhadinha de cima de ombro, deixando o moreno paralisado com tamanha perfeição de nádegas que ele tem. Todavia, voltou em seguida, porque havia esquecido o seu sorvete em cima da mesa, não havia pagado 16 conto, em um sorvete para deixar lá — Oikawa ainda não estava cagando dinheiro, ainda não. 

De frente a sorveteria, esperando o 99 chegar — Uber estava caro, e ele ainda não estava dando o cu na esquina, ainda… — Oikawa deu uma olhada para dentro do estacionamento que estava a poucos segundos e disse a si mesmo: 

— Ele parece ter uma rola bem grande, do jeitinho que a mamãe aqui gosta. Tomara que ele não tenha um pinto torto igual ao do Tobio. — Disse, pegando o celular e vendo que Iwa-chan, havia mandado uma mensagem confirmando o encontro. 

— CHUPA KAGEYAMA E HINATA, EU VOU TRANSAR COM UM PUTA MORENO GOSTOSO, AGORA VOCÊS PODEM SER COMER, SEUS ARROMBADOS DO CARALHO. — Gritou, esquecendo que estava em público, e que estava também de frente a sorveteria, e provavelmente que Iwaizumi havia escutado-o. 

Oikawa pensou que seu mundo havia acabado, por causa da traição de Tobio, com o seu melhor amigo. Porém, estava feliz, por causa da traição, ele pode ter conhecido Iwaizumi e arrumado uma puta transa gostosa, e conhecido também: O seu amor verdadeiro. 

Traído, Porém, Com Uma Transa GarantidaOnde histórias criam vida. Descubra agora