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No entardecer da noite, Vijayendra avisou a Madhuri que o peshwa queria encontrar Kaushalya no palácio de mármore, o plano tinha dado certo. 

Madhuri avisa as maut ke natark que estava na horada dança. Sonakshi e Kaushalya andaram atrás de Vijayendra, que carregava o sitar, um violão indiano. Madhuri não podia ser vista, então caminhava entre as pilastras do palácio de mármore. 

A porta do pequeno palácio, estava semi aberta quando eles chegaram. Madhuri, pegou um frasco de óleo que guardava entre os seios, e passou nos olhos de Sonakshi e Kaushalya. As mulheres fecharam os olhos, se ajoelharam e pediram a deusa Kali proteção e uma morte justa aos seus inimigos.

 Ao entrar no pequeno palácio, o peshwa estava sentado em uma cadeira marmorizada, equivalente a um trono. Ele ficou surpreso em ver Kaushalya acompanhada por outra mulher, Sonakshi. 

Sadashivrao esticou-se para pegar uma flor de lotus do pequeno jardim que tinha ao lado da cadeira, e entregou para Sonakshi. Ele percebeu que a mulher não se mexeu para pegar a flor, então decidiu ficar para si.

Madhuri e Vijayendra conseguiram entrar sem serem vistos na parte de cima do palácio, nos balcões em que a imperatriz e suas damas ficavam, e com um assobio de um pássaro noturno da região, ela deu a ordem para que elas começassem a dançar. 

E então o show começou. 

Sonakshi sentou no tapete, posicionou o sitar entre as pernas, e tocou. Kaushalya respirou fundo, e iniciou a dança.Passaram-se dois minutos e o efeito do óleo que causava a cegueira momentânea, estava passando. Sonakshi sabia que deveria ter tido um sinal para que Kaushalya matasse logo o peshwa, mas Madhuri ainda não estava satisfeita com o resultado da dança de Kaushalya. 

Quando completou cinco minutos de dança, o efeito estava completamente finalizado, Kaushalya não demonstrou espanto. Já Sonakshi estava ficando nervosa, seus dedos estavam começando a sangrar. Até que Madhuri deu mais um assobio, Sadashivrao estava hipnotizado pelos passos delicados e coreografados de Kaushalya, sua beleza também contribuiu para esse efeito.

 Kaushalya tirou um punhal de trás do véu com um movimento muito sutil. Sadashivrao não percebeu, a dançarina se aproximava cada vez mais do peshwa. Até que finalmente o primeiro corte tinha sido dado, Kaushalya comum a única ação acertou o pescoço de Sadashivrao. 

Sonakshi abriu um sorriso enquanto Kaushalya continuava a dançar e atingir Sadashivrao. As maut ke nartak tinham um código, antes de matar por completo suas vítimas, elas retiravam as cabeças. E as colocavam em uma bandejas de ouro. 

Sadashivrao sangrava muito, e tentou pedir ajuda, mas esqueceu que dispensou seus guardas. Kaushalya olhou para Sonakshi que continuo sorrindo. Ela chamou a tocadora de sitar para ajuda-la a cortar a cabeça do homem. Sem exitar, Sonakshi parou de tocar o instrumento, levantou e saiu pisando na enorme poça de sangue quente de Sadashivrao. 

Antes de pegar o punhal de ouro cravejado de pedras preciosas, Sonakshi desviou o olhar do corpo do peshwa, e encarou o rosto de Madhuri. A maut ke nartak anciã fez um sinal de aprovação com a cabeça, e Sonakshi voltou a sorrir. 

A cabeça de Sadashivrao tinha sido retirada, o salão do palácio de mármore só tinha um único barulho, o esguicho de sangue que vinha do corpo jogado no chão. Kaushalya ergueu a cabeça, e andou até o jardim de flor de lótus, arrancou uma pequena porção das flores e enfiou na boca do peshwa morto. 

Vijayendra e Madhuri desceram do segundo andar do palácio para colocar a cabeça na bandeja de ouro. E poder levá-la em segurança e intacta para Pune, e entregar em mãos ao Chhatrapati Shahu. 

Após a saída de todos, Sonakshi voltou correndo ao palácio, e deu uma última conferida no corpo de Sadashivrao. E enfiou a faca mais uma vez no homem já morto, arrancando assim seu coração.

 - Agora estou satisfeita. 

A Dança da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora