Acidente

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Pov Viktor

Desde que Yuuri foi embora, meu mundo perdeu a cor, a felicidade que eu tinha se foi, junto à ele, e assim como eu Maka estava deprimida, nada que eu fizesse a deixaca feliz, e sempre que eu a encontrava ela estava deitada sobre uma blusa de treino que ele sempre usava e que ainda possuia seu perfume, sendo assim ela não desgrudava nem por um segundo. Eram poucas as vezes que eu pegava a blusa e me abraçava a ela, sentindo o perfume do japonês.

Desde aquela maldita noite Yuuri não fala mais comigo, tirando o encontro que tivemos à algumas semanas atrás, e que foi por pura casualidade, sinto falta de tê-lo aqui, ver seu rosto corado enquanto dormia, ver seu lado fofo, sempre que ele se concentrava para fazer uma comida para nós. Ele ficava bravo quando errava, e sempre que acontecia isso, ele inflaca suas bochechas e fazia um biquinho, que eu não resistia apenas ver, eu tinha que beijar aqueles lábios que tanto me atraíam.

Eu tinha a vida perfeita, o noivo perfeito, e eu joguei tudo fora, porquê? Por eu ter falado o nome errado, na hora errada. Oque deu em mim? Ele era a única pessoa no mundo que eu não queria magoar, mas não só o magoei, como acabei com todas as chances que eu poderia ter de me casar com ele.

Abraçei a camisa de Yuuri e fiquei em posição fetal, não sei quanto tempo fiquei ali, mas quando percebi a camisa estava molhada, molhada com as minhas lágrimas, lágrimas de dor, arrependimento e de sofrimento. Eu o tinha perdido, mas não importa, eu ainda o amo e irei lutar para que ele acredite nos meus sentimentos, não vou perder, não vou desistir dele, não depois de Yuki, que eu nunca tive chance de me redimir e nunca terei.

Pov Yuuri

1 mês depois

Tinha se passado 1 mês desde que eu e Yuri tivemos nossa primeira vez, e desde então, por algum motivo Yuri evitava estar no mesmo local que eu, tirando nos treinos de patinação, já que era apenas 1 ringue e não podíamos treinar em horários diferentes. Eu não sei porque, bom talvez eu soubesse, mas sempre que eu estava na presença do menor meu coração acelerava, e eu me continha para não agarrar seu pequeno corpo e beijar seus lábios.

Eu o queria e sabia disso, mas e ele? Sentia o mesmo? De acordo com o modo em que ele tem agido, eu dúvido e muito que eu fosse correspondido, mas ainda assim eu não conseguia, não queria desistir, mesmo sabendo que quem ele amava não era eu, mas eu acreditava, na pequena possibilidade de ele sentir.

Naquela tarde teríamos um treino diferente, ambos iríamos treinar nosso Eros, e dessa vez não seria um programa para cada um, mas sim uma dança de casal. Logo que cheguei ao ringue, acabei pegando Yuri e Otabek se beijando fervorozamente no vestiário, Otabek estava de pé, com Yuri em seu colo, prendendo suas pernas á cintura do maior, conforme os beijos se tornavam cada vez mais quentes, vi que Yuri remexia minimamente seu quadril no membro de Otabek, soltando baixos gemidos por entre o beijo.

Eu não queria aquilo, não queria que ninguém além de mim o tocasse dessa maneira, mas eu não tinha o direito de pensar assim, até por que o intruso ali era eu, eles eram um casal, e não estavam fazendo nada de errado, mas eu sim, não aguentei ficar vendo aquilo, meu sangue fervia de raiva só de ver e ouvir ele gemer para outro.

Coloquei meus patins e fui para o ringue, coloquei meus fones e começei a patinar, eu estava fervendo de raiva, meus pensamentos estavam em completa confusão, eu amava Yuri, e se outrora eu tinha dúvidas disso, à alguns segundos elas tinham sumido, eu o queria para mim, mas não podia dazer nada, ele não sentia nada por mim além de ódio, e disso eu sei.

Eu patinava com tanta angústia e raiva, que meus passos se tornaram violêntos, vorazes, meu jeito de patinar mudou completamente, não sei como, mas consegui executar muitos passos e saltos conplicados, cujos eu sempre tive dificuldade, mas que dessa vez eu os acertava com precisão. A cada passo que eu fazia, a cada salto que eu dava, a visão de Yuri tão vulnerável nas mãos de outro apareciam nos meus pensamentos, me fazendo patinar com ainda mais raiva.

Serei seu?Onde histórias criam vida. Descubra agora