O festival

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WARAS CRÔNICAS DOS DEUSES E BRUXOS.LIVRO 1. VICTOR GONÇALVES 2016



           – Mãe? – Tamara caminha em direção ao quarto. O clima frio do inverno luta contra as lareiras de pedra que tentam manter o interior da casa aquecido. Seu vestido de tecido simples desce até tocar o chão de areia batida. – Mãe? Já cheguei - Ela abre a porta. 

           – Passou no ferreiro? – Lianna está sentada em sua cama com algumas cartas aberta. Tamara pega uma das velas de cima de uma prateleira de madeira e caminha até ela. 

           – Passei... ele não vai mais nos vender até pagarmos – Ela se senta ao lado de sua mãe.

           – Droga - Ela respira fundo. – Você falou com "Leda"? Esquece, vamos dar um jeito. 

           – Eu posso trabalhar na taverna- Tamara pega nas mãos de Lianna. – Estão sempre precisando. 

           – Já disse que não! Quer ser chamada de meretriz pelo resto de sua vida? – Lianna se levanta e vai até a janela improvisada. –Pelos deuses, Tamara. 

           – Eu sei mãe, mas com o Lian indo para a guerra e sem o papai... somos só nós. Vão tomar nossa casa. – Lianna vai até ela e a abraça. Sua pele branca é iluminada pela chama da vela tímida que queima nas mãos de Tamara. 

           – Não vamos pensar nisso agora... vamos conseguir....

                                                                      ---

           Tamara anda pelo vilarejo segurando uma pequena cesta de vime, seus cabelos negros descem pelo seu rosto pálido. – Sr. August – Ela sorri para o senhor que prepara alguns pães em uma grande fornalha. As ruas estão movimentadas, cavalos e carruagens se misturam aos comerciantes que vendem suas mercadorias pelas ruas de pedra. Mesmo com o sol queimando e o céu limpo, o frio intenso é de castigar o corpo de qualquer um. 

          – VINHO, CERVEJA – Um dos homens grita sentado em cima de alguns barris. 

          –Ei, Tamara – Ele se levanta e vai até ela. 

          – Oi Richard – Ela continua andando.

          – Fiquei sabendo que seu irmão foi chamado para lutar. 

          – Sim, uma droga. – Ela para em frente à barraca de uma mulher que vende frutas.

          – Eles só fodem com a gente. –  Tamara pega algumas frutas e entrega a vendedora. – É para lembrar do nosso lugar – Ela ri. 

          – Duas coroas – A mulher diz segurando as frutas. Tamara desvia o olhar para ela.

          –O quê?

          – Sinto muito, Tamara. Os guardas estão pegando nossas mercadorias pela estrada e o reino aumentou as taxas. 

          – Ótimo, muito bom. – Tamara abre a pequena bolsa de pano que ela carrega pendurada em seu ombro. – Tire as maçãs por favor, Judite. 

          – Tudo bem. –  Richard ajeita a calça de pano surrado. 

          – Sabe... estava pensando em irmos ao festival juntos. 

          – Obrigada... eu passo – Ela ri ainda andando ao lado de Richard. 

          – Eu sei que é uma droga, mas é de graça – Ele pega nas mãos dela. –Não temos feito nada e não tenho como te levar em um bom lugar... –  Tamara desvia o olhar para o rapaz alto de cabelos castanhos e curtos. 

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⏰ Última atualização: Sep 12, 2020 ⏰

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