𝓓𝓮𝓬𝓲𝓶𝓪 𝓒𝓪𝓻𝓽𝓪

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— A última carta de amor para meu Park Jimin. Com amor, sua Woori — Areum lia a carta enquanto secava suas lágrimas e tinha seus ouvintes a sua frente.

— Eles fazem falta. Muita falta — Mi-suk falava com sua voz embargada enquanto era acudida pelo irmão.

— mamãe? — a pequena Min-ji de apenas nove anos chamou pela mãe preocupada quando a mesma terminou de ler as cartas de sua vovó e estava chorando.

— Oi, minha princesa. — Areum pega sua filha do colo e deixa um beijo em sua bochecha.

— Por que você e os titios estão chorando?

— É saudade, minha pequena flor. — Seungjun fala algo pela primeira vez desde que sua noona começou a ler as cartas.

— Saudade da vovó e do vovô?

— Sim, Minmin. — foi a vez de Mi-suk dizer

— Eu não conheci o vovô e não me lembro muito da vovó, mas se vocês amam eles eu também os amo. O que aconteceu pra eles terem morrido? — a menina era inteligente. Tinha traços fortes da sua mãe, que lembrava Jimin como uma cópia feminina.

— Seu avô faleceu por causa de uma doença que não tem cura, e sua avó morreu por uma doença que ninguém descobriu até hoje. Fazem anos mas ninguém nunca soube como ela faleceu — Seungjun conseguiu explicar sem cair em uma onda de lágrimas novamente.

— As cartas que a vovó escreveu, por que estão lendo hoje?

— Por que hoje seria o aniversário da vovó de 53 anos, filha.

— Aah.. Omma — a menina falou acanhada e sua mãe lhe olhou reconfortante — eu posso falar algumas palavras à vovó? Ela vai me ouvir?

— Claro, minha flor, sua avó irá lhe ouvir. Fale o que quiser a ela.

A menininha saiu do colo de sua mãe e se sentou de frente à caixa de madeira, colocou suas mãozinhas gordinhas sobre a caixa, rezou chamando pela avó e enfim começou.

— Olá, vovó. Se lembra de mim, eu sou Park Min-ji. Eu queria lembrar bem de você e queria ter conhecido o vovô, mas fico feliz em saber que você está em um lugar melhor. Se você estiver me escutando daí de cima eu gostaria que chamasse o vovô pra ouvir também. — ela deu uma pausa e logo continuou seu monólogo que com toda a certeza era escutado por quem ela clamava — quando era bebê me lembro de ter conhecido um rosto como o seu que está nessa foto, vovó. Você é e sempre vai ser linda, muito linda. O vovô também é bonitão, me lembra a mamãe e um pouco do titio Seung e da titia Suk. Quando a senhora foi embora pro céu eu vi minha mamãe chorar por muitas noites, mesmo que ela não soubesse que eu estava olhando, eu estava. O papai nos abandonou nessa época também e acho que isso piorou a situação da minha omma, então eu prometi que seria forte por nós duas, e fui. Eu ajudei a curar os dodóis da minha omma com amor e carinho... Ah, ah! E muitos beijinhos também! Então, vovó e vovô, eu queria dizer que depois de ouvir sobre vocês e sua história eu me decidi. Eu sei o que quero ser quando eu crescer, sabem o que é? Eu quero ser uma médica, quero ser uma médica pra descobrir o que foi que tirou você de nós, vovó, e descobrir também a cura pra doença que tirou o vovô dessa Terra cedo demais. Quero curar a todos que estão passando por tudo que vocês passaram, eu quero que vocês se orgulhem de mim, vocês vão? Eu amo vocês, vovó e vovô. Feliz aniversário de 53 aninhos vovó, você é muito especial pra mim e pra toda nossa família. — Ela tira as mãos da caixa e rapidamente é abraçada pelos três irmãos.

— Você falou super bem, minha flor — Seungjun beija a cabeça de sua sobrinha

— Seus avós estão orgulhosos de você lá de cima, princesinha — Mi-suk fungava a cada frase

Cartas para Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora