Sexual Tension

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Senti uma mão no meu ombro e me virei rapidamente para Shivani.

-- Calma amiga. Não vai começar uma guerra nuclear, hein? -- ela sussurrou, sorrindo timidamente para Joalin. Lancei um olhar a Shivani e me voltei pra Loukamaa, agora acompanhada de Noah.

-- Sabina, não sabia que você conhecia a Joalin. Que mundo pequeno! -- exclamou Von.

-- Não diria que a conheço, mas que estou familiarizada com a obra dela -- repliquei por entre os dentes cerrados. Shivani saltitava a nossa volta, como uma criancinha com um segredo.

-- Noah, você não vai acreditar, mas... -- ela começou, sua voz crepitando com prazer incontido.

-- Shivani... -- adverti.

-- Joalin deu em cima de Sabina quando estavam no ensino médio! Joalin eh a Paqueradora Idiota! -- gritou Sofya, agarrando o braço de Noah.

-- Droga -- resfoleguei enquanto Noah processava a informação.

-- Puta que pariu! -- Ela tapou a boca com a mão assim que falou isso; Noah pareceu confuso, e Joalin teve a decência de corar um pouco.

-- Idiota -- sussurrei.

-- Empata-Foda Gostosa -- ela sussurrou de volta, a insolência regressando com toda a força.

Eu engasguei. Cerrei o punho e me preparei para dizer exatamente como ia foder com a vida dela, quando Halsey subiu ao ringue:

-- Walter, saca só: esta gatinha aqui eh a garota que deu o tal fora em Joalin! Acredita? -- Ela riu, e Walter lutou para manter uma cara seria. Noah arregalou os olhos e ergueu uma sobrancelha em minha direção. Joalin sufocou uma risada.

-- Você desprezou Joalin Fucking Loukamaa? -- perguntou Noah, e Halsey se inclinou para ele e murmurou que explicaria tudo mais tarde.

-- Pronto, já basta! -- explodi e apontei para Joalin. -- Você. Uma palavrinha, por favor? -- vociferei e tomei seu braço. Puxei-a para fora da cozinha e a arrastei por um dos caminhos que saiam da casa. Ela me seguiu nos tropeços, e meus Vans tamborilando ferozmente na laje.

-- Perai, vai mais devagar!

Minha resposta foi cravar as unhas em seu braço, e a infeliz pareceu gostar. Ótimo.

Chegamos a um pequeno enclave afastado da casa e da festa -- longe o bastante para que ninguém a ouvisse berrar quando eu arrancasse seus olhos. Soltei seu braço e a rodeei, brandindo o indicador diante da sua cara atônica.

-- Você teve o descaramento de contar para todo mundo sobre mim, sua idiota! Empata-Foda Gostosa? Porra! Você ta de brincadeira? -- sussurrei-gritei.

-- Ei, eu poderia fazer a mesma pergunta! Por que todas aquelas mulheres me chamam de Paqueradora Idiota, hein? Quem eh que anda contando coisas agora? -- ela sussurrou-gritou prontamente.

-- Qual eh! Empata-foda? Só porque me recusei a passar uma noite com você e seu harém, isso não faz de mim uma empata-foda! -- rugi.

-- Bem, se, ao bater na minha cara, o que me deixou exitada, você não quis terminar o trabalho que começou, isso faz você uma empata-foda, sim! Você era a minha foda da noite! -- ela vociferou de volta. Toda aquela conversa estava começando a soar como algo que poderia ter acontecido no bate-papo no Sexlog.

-- Agora, escuta aqui, garota -- apelou a um tom mais serio. -- Eu só queria passar uma unica noite sentindo você me atravessar só com a força dos seus dedos! Nem duas, minha cara! -- Apontou o dedo para mim, que o agarrou.

-- O que eu faço, e com quem, entre quatro paredes eh escolha minha! Que isso fique claro de uma vez por todas. E por que você ta tao preocupada com os meus dedos? -- eu perguntei, agora usando contra ela aquele sorrisinho que ela gostava de usar comigo.

Era aquele sorriso insolente, aquele maldito sorriso insolente, que me fazia perder a cabeça. Bem, isso e o fato de eu ser virgem e ter que continuar a manter a pose de quem transa.

-- Tambem eh problema meu quem eu quero batendo na minha parede e eu quero você.

-- Você ta realmente obcecada por mim, hein? -- Eu gargalhei e agitei o indicar na sua cara.

-- Ok, já chega! -- rosnou. Segurou meu dedo, o que imediatamente nos aproximou. Devíamos estar parecendo dois lenhadores tentando derrubar uma arvore, cada uma puxando para um lado -- o lado do ridículo. Resfolegamos e bufamos, as duas tentando levar a melhor, as duas se recusando a soltar.

-- Por que você eh tao galinha e idiota? -- perguntei, meu rosto a centímetros do dela.

-- E por que você eh tao puritana e ao mesmo tempo tao gostosa? -- ela replicou, e, quando abri a boca para dizer exatamente o que eu pensava, a desgraçada me beijou.

Ela me beijou.

As Listas de Saby - Joalina [Em Andamento 🔋]Onde histórias criam vida. Descubra agora