O lorde obscuro

Cap 3

Após a saída da conveniente fonte de informações, o obscuro começa a pensar fortemente em um plano de ação.
<Eu obviamente tenho que evoluir rapidamente...  Mas eu não posso sair por aí testando minha imortalidade sem ao menos saber do que eu sou capaz nesse corpo... meu deus... ou deuses, aparentemente, como eu quero um cigarro! >

O obscuro ficava se remexendo em sua quase sempre mutável e intangível forma, o que era efeito de sua ansiedade lhe dando mais um ataque
<Não é hora pra isso... Foque {----}! .... Espere, qual o meu nome mesmo?>
A massa começou a se mexer cada vez mais rápido, enquanto se comprimia cada vez mais

<.... Vamos começar do básico. >
Disse enquanto fazia o ato mais próximo que podia de respirar.

<Kaisel, esse será meu nome. >

Enquanto afirmava isso para si mesmo, pela primeira vez, o mar de sombras que era seu corpo, se acalmava.

{Nome definido como Kaisel}
Ignorando por hora o sistema, Kaisel começa a testar seu corpo.
Seu corpo era quase liquido, mas ao mesmo tempo intangível, ele podia se estender por até aproximadamente 4 metros e podia voar livremente pelo espaço que era ocupado pelo nada, como se a própria gravidade do planeta fosse uma força que ele podia ignorar livremente.

Podia atravessar pequenas estalagmites, mas ao mesmo tempo não podia atravessa as paredes ou chão.

<Acho que isso é tudo sobre meu corpo, agora vamos as habilidades... Status! >
E assim como desejado a tela apareceu
     
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Nome [Kaisel]
Raça [obscuro] *possível evoluir*
Raridade [incomum]
Condição [Imortal]
Sombras coletadas [0]
Mana[ 120/120]
Força[bloqueado]
Agilidade[20]
Carisma [2]
Resistência M [bloqueado]
Resistência F[bloqueado]
Sorte [incalculável] *muitas variações constantes entre má sorte e boa sorte para calcular*
Sabedoria [20]
Inteligência[15]

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Habilidades:
<Charme das Sombras> (Passiva)
Você ganhou a benção de um pequeno espírito!
Efeito: Dobra seu Carisma e Sabedoria!

<Tocar piano> (Passiva)
Nível: 7
Não há a existência de pianos nesse mundo.

< Telecinesia >
Nível: 1
Empurrar/Puxar para frente um objeto marcado.

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Ainda maravilhado com toda a situação que se encontrava, o obscuro não podia se conter de voar pela caverna onde se encontrava e ficar dando gargalhadas. Mas no mesmo momento sons são escutados vindos de um dos tuneis que se ligavam a aquela pequena caverna.
*Snif* *Snif*

O som vinha do túnel, acompanhado com esse som, um cheiro que parecia como de um cachorro de rua, chegavam ao obscuro.
O mesmo parou no mesmo momento, e já ia se escondendo nas sombras.
A silhueta de um cão magro normal podia ser vista, fazendo com que o obscuro baixasse levemente sua guarda, mas no próximo momento, o que viu fez com que voltasse novamente a sua atenção ao máximo. 
Um Chacal.

Com aproximadamente 1 metro de comprimento.
Seu pelo era de cor amarela, quase laranja, o que fazia ele se destacar no ambiente, enquanto a sua lombar era um marrom escuro com pequenos pontos brancos espalhados até a nuca de sua cabeça.

A besta cheirava a procura de uma coisa, uma provável presa ou um humano desavisado. Mas o que acabara encontrando o fez rosnar, como se estivesse mandando um aviso, para quem estivesse naquele território. Um som um tanto estranho veio em resposta, Kaisel conseguiu reconhecer como um regougar, ou uma espécie de gritinho para os menos conhecedores de sons de chacais.

Da mesma direção do gritinho outro chacal aparece, saindo de uma pequena fenda na parede, diferente do chacal magro, esse parecia mais nutrido e algumas marcas e cicatrizes de garras e até mesmo cortes de espadas podiam ser vistas em seu corpo.
Sem perder tempo o magrelinho começa a correr em direção ao seu adversário, o chacal mais experiente espera o seu adversário se aproximar, e aproveitando o momentum se joga para o lado, fazendo com que o magrelinho que estava no meio de um pulo para morder o grande chacal, se chocasse contra a parede da caverna e soltasse um grunhido de dor.

Não desperdiçando a oportunidade o grande chacal, se joga na lateral do magrelinho o mordendo na perna dianteira, fazendo com que o faça a gritar mais.

Mas o ataque não saiu impune, aproveitando o foco do grande chacal em sua perna o magrelinho vira seu rosto e morde com toda a sua força a orelha do chacal distraído, a arrancando.
O grande chacal chora em dor, soltando imediatamente a perna do magrelinho e acaba recuando. O magrelinho tenta aproveitar a oportunidade, mas devido aos danos em sua perna e a grande cabeçada que acabara levando no início da luta, vem a cair no chão.
O que revelou uma abertura para o grande chacal, que não a desperdiçou e saltou para atacar mesmo com sua ferida na cabeça latejando.
Na sua investida focou no pescoço do jovem chacal, fincando suas presas no pescoço do mesmo e o pressionando no solo para que não pudesse se mover.
E após uns 30 segundos, o magrelinho morreu, novamente, no dia 12. (Referências)

Kaisel após ver a cena sentiu uma grande vontade de vomitar, o cheiro e até mesmo os sons que vinham do pobre animal o davam náusea. Mas suprimiu os sentimentos devido ao medo que sentia.
Por mais que aparecesse em seu sistema ou até mesmo que um deus tenha lhe dito, ele não acreditava que era imortal. O animal em sua frente o forçava a se lembrar disso, nada nesse universo, ou universos, iria durar para sempre ... inclusive ele mesmo.

O grande chacal soltou o pescoço do magrelinho, após ter certeza que ele havia morrido. Sentando em suas patas traseiras enquanto choramingava de dor. O chacal começava a olhar ao redor, enquanto uma pequena luz vermelha saia do peito do chacal morto.
A luz se comprimiu até virar um pequeno ponto e saiu em grande velocidade por um dos tuneis, o que fez com que o obscuro franzisse, e o grande chacal relaxasse.

Após isso, com grandes dificuldades o grande chacal se levanta, a quantidade de sangue que escorria de ferida era imensa, mas provavelmente iria sobreviver.
Mas no mesmo momento o chacal faz uma ação inesperada, caminhando lentamente até uma parede, respira fundo e começa a bater sua cabeça na superfície irregular da caverna, como se estivesse tentando se matar.

<O QUE?>

Kaisel deixa escapar, mas o chacal parece não conseguir ouvi-lo ou o estava ignorando.
A intensidade diminuía cada vez mais, provavelmente devido à perda de força do chacal, o que fazia com que seus olhos se arregalassem em terror, como se tivesse medo de não conseguir se matar a tempo.

Kaisel vendo isso não conseguiu evitar e pela primeira vez usou seu poder, marcando a cabeça do chacal, que junto com a própria força do chacal e a telecinese de força ainda desconhecida, fez com que seu crânio rachasse e trouxesse paz para o pobre bicho.
Kaisel estava perdido em pensamentos sobre várias coisas.

<Eu mate...matei ele? Mas ele mesmo estava tentando se matar então não foi culpa minha, certo?>

Enquanto vários sentimentos confusos o assaltavam, o mesmo processo da luz vermelha se repetiu com o grande chacal.
Kaisel que havia acordado de seu estupor devida misteriosa luz, começa a se aproximar dos corpos. No mesmo momento um sentimento de vazio começa a preencher o jovem obscuro, e quase que automaticamente, ele estende uma parte de si mesmo para os corpos dos chacais.

Como um buraco negro, as sombras dos chacais começam a preencher um pouco daquele vazio em seu ser, enquanto desapareciam dos corpos dos chacais.

=====Em outro lugar da caverna====

Um pequeno orbe amarelo parecia estender um fio de energia, para os corpos quase reconstruídos dos chacais.

-Mas como?

A voz que parecia vir do próprio orbe soava confusa ao ver que os corpos dos chacais não emitiam nenhuma sombra, nem mesmo internamente, o que podia ser claramente visto devido ao fato de o corpo de um dos chacais estar somente na metade do processo.
-Poderia ser um....

O orbe vibrou só de pensar na possibilidade.

-... um obscuro.

Disse com uma mistura de medo e surpresa na voz.

-Se um obscuro já conseguiu 2 sombras, ele provavelmente vai sair rapidamente daqui, e talvez até trazer atenção o suficiente no mundo exterior para que não mandem guerreiros etéreos de alto grau aqui....

Disse a voz pensativamente, enquanto o obscuro em questão estava tendo o sentimento mais estranho de toda a sua vida.