Depois de ser preso, Jesus é levado para o Sinédrio, um corpo jurídico judaico. O texto dos evangelhos difere nos detalhes dos julgamentos.Em Mateus 26:57, Marcos 14:53 e Lucas 22:54, Jesus é levado para a casa do sacerdote Caifás, onde é espancado durante a noite. De manhã cedo, os clérigos e escribas levam Jesus ao tribunal.João 18:12-14 afirma que Jesus é levado primeiro a Anás, sogro de Caifás, e depois ao sumo sacerdote, sem menção ao Sinédrio. Durante os julgamentos, Jesus pouco falou, não articulou nenhuma defesa e respondeu de forma vaga às questões dos clérigos, o que levou um oficial a esbofeteá-lo. Em Mateus 26:62, a falta de resposta de Jesus leva a que Caifás lhe pergunte: "Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?"Em Marcos 14:61 o sumo sacerdote pergunta a Jesus: "És Tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?" Jesus responde "Eu o sou", e em seguida profetiza a vinda do Filho do Homem. Esta provocação faz com que Caifás se irrite e rasgue a própria túnica, acusando Jesus de blasfémia. Em Mateus e Lucas, a resposta de Jesus é mais ambígua. Em Mateus 26:64 responde: "Tu o disseste", e em Lucas 22:70 diz: "Vós dizeis que eu sou".
Ao levar Jesus para o tribunal de Pilatos, os anciãos pedem ao governador que julgue e condene Jesus, acusando-o de se proclamar o Rei dos Judeus.O uso do termo "rei" é essencial na discussão entre Jesus e Pilatos. Em João 18:36 Jesus declara: "O meu reino não é deste mundo", mas não nega inequivocamente ser o Rei dos Judeus.Em Lucas 23:7-15 Pilatos apercebe-se de que Jesus é um galileu, estando portanto na jurisdição de Herodes.Pilatos envia Jesus a Herodes para ser julgado,mas este mantém o silêncio face às perguntas de Herodes. Herodes e os seus soldados escarnecem Jesus, vestem-lhe um manto luxuoso para o fazer parecer um rei, e o levam de volta a Pilatos,que reúne os anciãos e anuncia que não considerava este homem culpado.
De acordo com um costume da época, Pilatos permite que a multidão escolha um prisioneiro para ser libertado. Dá a escolher entre Jesus e um assassino chamado Barrabás. Persuadida pelos anciãos (Mateus 27:20), a multidão escolhe libertar Barrabás e crucificar Jesus. Pilatos escreve um sinal onde se lê: "Jesus Nazareno Rei dos Judeus",abreviado para INRI nas representações do tema, para ser afixado na cruz de Jesus (João 19:9),tendo em seguida flagelado e enviado Jesus para ser crucificado. Os soldados colocaram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos, ridicularizando-o como Rei dos Judeus, e espancando-o antes de o levarem para o Calvário para ser crucificado.
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Jesus Cristo
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