Cavalheirismo = Escravoceta

Passo número 2 - Elogio

Antes da noite acabar voltamos ao carro e resolvemos ir para o meu apartamento demorou por volta de 20 min. Ao chegar tomei banho e ela me aguardou sentada no sofá até eu voltar. Mesmo dizendo que necessitava de tantos cuidados e que ela podia ir para casa a qualquer momento sem se preocupar, ela acreditava que tinha uma dívida comigo por eu á ter defendido ela no bar então insistia em ficar eu não me importava com a presença dela, bem pelo contrário eu ficava cada vez mais admirado pelo seu jeito carismático. Alguns minutos depois eu terminei meu banho e ela estava assistindo netflix sentada no sofá com as pernas cruzadas me chamando pra sentar ao seu lado.

De tanto viajar naquele sorriso criei coragem para sentar ao seu lado mesmo estando nervoso, assim que sentei ela jogou o corpo em cima de mim e me deu um abraço bem forte, me sentir aconchegado naquele abraço apertado, naquele abraço que me fazia sentir-me vivo, que tinha a capacidade de me fazer esquecer dos problemas que me deixava sofrer! Julia me conhecia em tão pouco tempo e ainda assim tinha atos carismáticos que me fazia sentir leve e contente. E no fim da noite eu vi que ela estava se sentindo segura comigo e que também eu já havia me tornado alguém muito importante em sua vida e justamente isso que me fazia querer defendê-la até quando não havia nada que a machucasse.

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13 de JANEIRO DE 2020

Eu estava sonhando, no dia seguinte tinha acordado todo babado com capim na boca por ter dormido na grama a noite toda, me sentei e fiquei pensando no sonho que havia acabado de ter que tinha sido tão bom e pude sentir coisas e ter sentimentos tão reais, foi uma pena que nada daquilo foi real e que ela tinha ido embora assim que despediu-se de mim na noite anterior. Por ter dormido ao ar livre, acordei bem cedo por conta da luz do sol em minha cara cedo o bastante para ver o céu amarelado. Sair do parque municipal e procurei alguma lanchonete porque eu estava "morrendo" de fome e como sempre a má sorte as lanchonetes que eu gostava de ir estavam fechadas.

Fui para o metrô, desci na estação Gameleira que era próximo do apartamento onde eu morava. Eu morava próximo a faculdade PUC- Minas do coração eucarístico, antes de ir para casa eu me sentei em frente a lanchonete que eu comprava sanduíche, havia também uma árvore na calçada do outro lado da rua que foi onde me escorei esperando a lanchonete abrir. Por está cedo eu fiquei refletindo sobre o dia pois nessa manhã o céu estava lindo passei me senti um idiota por não ter aproveitado essa arte natural antes que me fazia esquecer das desgraças que ocorria em minha vida.

 O tempo foi passando e os pensamentos me fazia perceber com clareza que apenas dei valor as coisas simples da vida quando apareceu as consequências e por não ter mais nada. Eu pensei demais, os pensamentos me tranquilizou e cochilei escorado na árvore. Acordei quando a luz do sol pela segunda vez tocou em meu rosto mas a lanchonete permanecia fechada então fiz uma nova amiga que era a árvore, linda, alta e com uma sombra refrescante. Eu a chamei de Clotilde, a partir desse momento sempre a chamei de Clotilde, parecia que eu estava ficando louco por está pondo nome até em árvore, infelizmente foi a primeira vez que eu estava conseguindo ser eu mesmo e não queria ter desperdiçado tanto tempo para ser quem eu realmente sou. Gostei daquele momento em que coloquei o nome na árvore, a sensação de amar as coisas bobas da vida, apreciar a paisagem, sem dúvida, comecei apaixonar-se por mim mesmo. Essa paixão foi como uma chama reacendida em meu peito da qual eu jamais deveria ter apagado e graças a senhorita Clotilde consegui de volta esse apreço no meu coração.

10:03

Finalmente o Subway abrio, comprei o maior sanduíche que eu já comprei em todo meu histórico de Subway cheio de acréscimo se tivesse maior que 30 cm, com certeza eu teria comprado e para finalizar o pedido pedi 2 fanta uva. Um para mim e o outro para Clotilde, eu não poderia esquecer da minha companheira e mesmo sem saber se ela "gostava" do sabor eu levei o que vale é a intenção, me escorei nela, comi meu lanche e quando terminei joguei o refrigerante em seu tronco e jus essa hora que me despedi da incrível Clotilde