O melhor amigo do meu irmão

04

Começou a tocar Só você- MC Rogerinho começo a dançar correspondente a batida da música. Rebolo do mesmo jeito que aprendi no clipe do bonde das maravilhas. As meninas me acompanham eufóricas.

Leila: Caralho, você dança demais.

Rio e desço até o chão devagar. Olho em volta e vejo muitas pessoas me olhando, a maioria são homens. Passo meus olhos por cada canto daquele lugar. De repente meus olhos param em uma pessoa específica, Noah! O mesmo está beijando duas meninas. Ridículo.

Paro de dançar e vou até o bar.

- Uma tequila, por favor. - Peço ao Barman, o mesmo saí indo preparar a bebida.

Sinto alguém puxar meu braço com força.

Pedro: O que eu te falei sobre beber e dançar? - Fala com o olhar bravo.

- Ah Pedro, eu já tenho 18 anos. Nada mais me prende.

Pedro: Eu vou refrescar sua memória, eu sou seu responsável agora.

- Não, eu que vou refrescar a sua. Ninguém manda em mim, porra. Eu saí do EUA justamente por causa de pessoa que só sabem me dizer o que fazer. Eu prometi a mim mesma não deixar isso acontecer mais. Eu faço minhas regras agora!

O Barman chega com minha bebida, pego ela e viro na frente dele. O mesmo me olha chocado. Caminho até a saída em busca de ar, de repente tudo ficou tão sufocante dentro daquele lugar. Puxo o ar e ele não vem.

Abro a porta da boate e consigo sentir o ar fresco bater no meu rosto, entrar pelo meu nariz e rodear meu pulmão.

Respiro fundo com algumas lágrimas involuntárias caindo sobre meu rosto.

XXX: Noite ruim?

Olho em direção a voz rouca a procura do dono dela. Um homem muito bonito, alto, com músculo, tatuagens no braço todo e um sorriso de matar.

Fico encantada com a beleza dele, o mesmo me olhar preocupado e vai em direção a barraquinha de água. Ele pede uma água e vem em minha direção.

XXX: Toma, bebe isso, vai se sentir melhor. - ele estende a garrafa de água em minha direção, olho a mesma e depois olho pro homem.

- Eu não aceito bebida de estranhos. - Sou direta e o mesmo dá um sorriso fofo.

XXX: Você está certa. - Ele abre a garrafa e bebe uma boa quantidade da água.

XXX: Me chamo Rafael e você?

- Jade, falo olhando para o mesmo.

Rafael: Agora somos conhecidos. - Olho pra o mesmo e pego a garrafinha de água da mão dele. Bebo quase toda, sinto minha respiração voltar ao normal aos poucos.

- Obrigada. - Falo sem graça olhando o mesmo.

Rafael: Por que uma moça bonita como você tá chorando?

- Longa história, meu irmão me trata como uma criança. - Falo abaixando a cabeça.

Rafael: Eu sou oftalmologista, posso examinar os olhos dele pra ver se ele tá enxergando bem. - Ele ri me fazendo abrir a boca no enorme "O"

- Você parece ser tão novo pra ser médico, como? - Pergunto surpresa.

Rafael: Terminei a escola com 16, com 17 entrei na faculdade. - fala se sentando ao meu lado.

- Nossa, parabéns. - Ficamos conversando mais algum tempo, ele me ajudou a controlar as emoções.

Rafael: foi bom te conhecer, mas agora tenho que ir. - Fala se levantando.