C A P Í T U L O 9

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MICAELA

Entro no complexo e procuro por Brave, vou em direção a cozinha. Eu estava tão revoltada que nem dei "oi" para as pessoas que estavam a minha volta. Sinceramente eu cansei de Brave mandar em minha vida, eu sou de maior, só vim aqui atrás dele para ele salvar a minha irmã, não para mandar no que eu faço ou nas minhas decisões. Ele é meu pai agora ?

Entro na cozinha e vejo ele flertando com a Maya, ignoro o "oi" de minha amiga e já vou soltando tudo o que eu guardei esses últimos 4 ou 5 dias.

—O que estava passando na sua cabeça para tratar Road daquele jeito ?—Cutuco o ombro de Brave fazendo ele se virar.

—O que foi agora ? Vai defender ele também é ?— Brave questiona com aquele pose de superioridade, mas isso não me intimida.

—Vou sim, pois ele está com a razão. Se você estivesse cuidando da sua vida, talvez não estaríamos tendo essa discussão e dando entretenimento pro seus irmãos.- Falo quando percebo que todos estava na cozinha acompanhando a discussão.

—Estou cuidando da minha vida, Micaela. E essa vida inclue você, Luna e o clube.

—Se cuidar da sua vida é encher o saco da minha, que vida de bosta que você está levando, priminha.- Os motoqueiros ri do que eu falo e o olho para todos e eles param de rir, talvez a minha cara raivosa fez com que eles parassem.

—Micaela, coloca na porra da sua cabeça que eu sou seu primo, único parente vivo além da sua tia, minha mãe. Então eu tenho total direito de cuidar e proteger você. Eu vou me intrometer para onde você for e o que for fazer, se contente com isso.

—Não vou me contentar com caralho nenhum e coloca VOCÊ na porra da tua cabeça que você não é meu pai, pois nem meu pai tem esse direito na minha vida, pois ele perdeu quando abandonou eu e minha mãe. Fique sabendo que eu vou trabalhar e Road vai me levar todos os dias para lá e outra eu vou juntar dinheiro e vou meter o pé daqui.—Grito a última parte e me viro para sair de lá.

—Por que você não aproveita e da a boceta pra ele também ?—Brave pergunta alto, fazendo o clube todo se calar e essa pergunta foi como combustível para minha raiva e eu viro e volto na sua direção, dou uma tapa forte em seu rosto fazendo um estalo.

—Você me respeite, Brave! Pois se eu quiser dar, eu dou. Mas eu não preciso de incentivo seu para isso, aliás eu não preciso de incentivo seu para PORRA NENHUMA, escutou ? NENHUMA e eu espero que você repasse o que você falou para mim, eu estou decepcionada com você, Brave!—Saio dali com os olhos marejados, mas quando chego na ponta da escada, eu choro e subo pro meu quarto, deito na minha cama.

Quando mencionei meu pai, eu já queria chorar, aquilo era um assunto que mexia bastante com as minhas emoções. Eu sempre pensava que se meu pai estivesse comigo até hoje, eu não teria sofrido aquelas sessões de estupros e eu não teria sofrido tanto com a morte de mamãe, eu me perguntava onde meu pai estava, se ele estava vivo, o por que deixou eu e mamãe, era tantas perguntas, que eu parei de pensar nelas e seguir minha vida. Mas falar com Brave me fez lembrar dessas perguntas, pois eu sabia que um pai era protetor, amoroso e tudo mais e eu não quero que Brave faça esse papel, pelo menos para mim não. Brave é meu primo e melhor amigo, eu sei que ele vai está quando eu precisar, mas eu quero como um amigo e não como um pai, esse papel que ele quer exercer me traz essas perguntas, revoltas e tristeza, não quero olhar para Eduardo dessa forma.

Ouço um barulho de batida na porta e peço para que entre, a pessoa entra e vejo que era Road. Ele vem até a minha cama e senta nela.

—Você está bem ?—Road pergunta passando as mãos pelo meu cabelo.

—Eu pareço está bem para você ?—Pergunto com um tom de deboche.

—Não, mas é bom sempre perguntar.—Ele sorri de um modo gentil.—Eu queria pedir desculpas para você, não queria causar um atrito entre você e Road.— Sorrio pela suas desculpas, ele não tinha culpa alguma, mas achei a sua atitude fofa.

—Você não fez nada de errado, não precisa pedir desculpas, afinal eu já estava guardando isso tudo de Brave. Quem tem se desculpar sou eu por ter feito você discutir com Brave hoje de manhã, eu não deveria ter pedido para você me levar.—Ele para de brincar com uma mecha do meu cabelo e me olha.

—Estou pouco me fedendo para discussão que tive com Brave hoje e saiba que eu vou te levar todo dia para seu emprego e isso me fez lembrar de uma coisa.- Ele sorri perverso e eu rolo os olhos sabendo o que é.—Aquilo que você me deu de manhã, não é um beijo, mas isso aqui é.- Ele ataca minha boca em beijo selvagem, eu tinha me sentando pra conversar com ele, mas sem desgrudar o beijo ele me deita novamente, minha língua e a dele briga para comandar o beijo e eu me rendo deixando ele comandar. Sinto uma pressão perto da minha coxa e eu sei o que é.

Separo sua boca da minha e digo:

—Parece que seu amiguinho acordou.—Road sorri quando olha pra baixo.

—Isso tudo é por sua causa.

—Acho que posso resolver o seu problema.—Sem deixar ele resolver algo, faço ele deitar na cama e beijo seu rosto, ele me puxa para seu colo, fazendo nossas intimidades se chocarem, gemo com atrito e ele também. Suas mãos vão pra minha nuca e ele se aproxima e torna tudo mais quente com seu beijo.

Levo minhas mãos até a bainha de sua blusa e a removo do seu corpo, logo ele faz o mesmo com a minha. Em movimento rápido Road muda nossas posições, agora ele está por cima e eu por baixo.

Road beija minhas bochechas e logo depois a minha boca, desce seus beijos para o meu pescoço onde ele beija,chupa, lambe e morde, logo seus beijos estão na minha barriga. Sinto suas mãos na braguilha de minha calça e o vejo a jogar no chão do quarto e ele faz o mesmo com a minha calcinha. Vejo ele se abaixar na altura da minha boceta...

—O que você está...— Paro de falar quando sinto sua língua desliza da minha entrada até meu clitóris, jogo a cabeça para trás e solto um gemido um pouco alto.

—Se continuar a gemer assim, Brave irá derrubar a porta.— Road ri e eu ofego quando o som da sua risada bate contra a minha intimidade.

Sinto os dedos de Road entrar e sair de dentro de mim e sua língua trabalhar em meu clitóris. Aposto que ele sairia daqui careca de tanto que minhas mãos puxava seus cabelos.

Sinto que estou perto e Road percebe isso e agora seu polegar brincava com meu clitóris e sua língua entra e sai de mim. Reviro os olhos por conta da onda de prazer, minha cabeça chega a levantar do travesseiro, gemo alto e me desfaço na boca de Road. Ele se levanta e beija minha boca fazendo eu sentir o meu gosto.

Nunca pensei que sentiria isso, eu via sexo como dor e a até achava que a vida de pessoas que viviam disso era completamente uma tortura e tristeza, pois eu nunca havia sentindo algo assim, como Road fez agora. As vezes eu achava que Martin tinha me estragado para sexo, mas Road me provou que não e porra eu nunca pensei que desejaria isso, mas eu quero mais, eu quero descobrir como realmente é o mundo do sexo.

—Um beijo pelo seus pensamentos—Road fala beijando minha testa.

—Sabe eu via o sexo como uma tortura, mas agora eu não o vejo assim, até onde chegamos eu não acho que seja uma tortura.—Pois até agora só fizemos sexo oral.— E eu até achava que Martin tinha me estragado pro sexo, mas acho que você me reconstruiu pra isso. Obrigado,Road.— Selo sua boca com a minha.

—Você acha ?—Ele pergunta incrédulo

—Você ainda não me mostrou a outra parte, devia me mostrar.—Sorrio de lado e ele gargalha.

—Eu vou te mostrar, mas hoje não. Pelo menos aqui não, quero que seja especial. Banho ?—Pergunta me puxando da cama.

Não sei se ele sabe que não sou virgem, mas só sei que estava bem foda-se para onde seria a nossa primeira vez.

Continua...

Então, que as coisas começaram a esquentar nesse casalzinho. Esse capítulo deve está recheado de erros ortográfico, mas quando eu finalizar o livro, vou corrigir esses erros. Bjus até o próximo capítulo😘😘

Road-Skulls of Death #1 (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora