Nu artístico

Capítulo Único

Bright estava animado demais com o novo curso o qual tinha iniciado: fotografia. Estava encantado e apaixonado. Desde criança gostava de tirar fotos, e quando cresceu, o amor por observar coisas através de uma lente só ficou maior.

Entediado demais com o trabalho pacato que tinha, começou um curso de fotografia — que já devia ter iniciado há tempos se não fosse o tempo tomado pela faculdade. Felizmente, agora, Bright era um adulto com um trabalho, um apartamento próprio, uma sede de aventura, e claro, um namorado lindo demais ao seu lado. E o que ele tinha de lindo, tinha de perversão também.

Metawin era o cara mais perverso que Bright já teve o prazer de conhecer — e põe prazer nisso. Quer dizer, já estava bem acostumado com o namorado andando nu pelo quarto, enrolando por um banho, ou quando ele falava obscenidades em qualquer hora e qualquer lugar. O pior de tudo era que Metawin provocava. Fazia de propósito cada coisinha para tirar Bright do sério até que os dois acabassem aos beijos ou fodendo em um lugar qualquer.

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Bright estava sentado no chão do apartamento, as costas encostadas no sofá e a cabeça baixa, os olhos e as mãos concentrados demais na sua câmera nova. Porra, era uma câmera profissional, algo que ele nunca tinha tido. Tinha sido cara pra cacete, mas Bright tinha um emprego justamente para aquilo. Não sabia direito como mexer ainda, estava no começo do curso, mas de uma coisa ele sabia: queria muito, muito mesmo, inaugurar a filha da puta belíssima e tirar inúmeras fotos.

— O que está fazendo? — Metawin apareceu na sala, jogando-se no chão e engatinhando até o namorado. Ficou observando o homem lindo que ele era, todo concentrado na câmera. Teve vontade de jogar alguma cantada ou provocá-lo. Era fácil fazer com que ficassem excitados em poucos minutos, mas o seu namoradinho estava empenhado demais, então decidiu deixar os seus planos para uma outra hora. Sentou-se de frente para Bright e esperou uma resposta, observando a carinha confusa e os dedos ágeis nos botões.

— Comprei essa belezinha aqui hoje de manhã voltando do escritório. Custou a minha vida, mas precisava dela.

— Por que você simplesmente não comprou uma câmera normal?

Bright finalmente olhou Metawin, a boca aberta em indignação.

— Falei merda, né? — Metawin riu sem graça. Achava fofo como o namorado era fascinado pelas suas coisas.

— Não, amor, é só que... qual é o fotógrafo que não quer uma câmera profissional super foda igual a essa? Uma camerazinha normal não iria me satisfazer.

— Sabe... — Se arrastou para perto do namorado, pronto para se sentar em cima das coxas dele, parando nos joelhos. — eu sei de algo que pode te satisfazer melhor do que uma câmera.

Por que Bright ainda se surpreendia com aquele tipo de coisa vindo de Metawin? Ele era um safado nato. Aquele sorrisinho de canto acabava consigo, e ainda tinha aquele cabelo quase cobrindo os olhos. Metawin era sensual demais. Bright era um sortudo.

A câmera foi deixada de lado com o maior cuidado do mundo, então Bright puxou o namorado pela cintura até que ele estivesse colado com o seu corpo. Selaram os lábios, um estalo soando pela sala silenciosa. Metawin pendurou os braços pelos ombros do namorado e sentiu a cintura ser abraçada, depois as mãos dele desceram pelas nádegas até que foram apertadas. Gemeu baixinho enquanto roçava o nariz com o de Bright, o sorriso aumentando aos poucos. Então, se afastou.

— Que tal tirar umas fotos do seu namorado? Você não precisa treinar? Aprender a usar e tudo mais?

— Sério? Quer que eu tire fotos suas?