Cap. 6

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Maratona: 2/4

CATHARINA:

Caminho até em casa foi chatão, Bruno fez um bico pior que de criança quando escuta um "na volta a gente compra"

Caio estacionou o carro e minha mãe já tava na janela, com o som estourando.

"NÓS DOIS NÃO É CASAL MODINHA, NÓS É CASAL MODÃO..."

Ela gritou alguma coisa que eu quase não entendi, mas era um "entra e janta com a gente, Caio"

Ele abaixou o vidro e respondeu um "Hoje não dá, meu amor. Amanhã eu broto aqui" ele e minha mãe tinham um amor um pelo outro que era assim direto "meu amor" "minha vida" se bobear gosta mais dele que de mim.

Ok, talvez seja drama.

Bruno: -Bora, Ca. Vai ficar ai? Valeu pela carona.- Fez um beleza pro Caio e saiu.

-Tchau Caio, valeu. Liga pra birra do meu irmão não.

Caio: -Tá de boa, minha linda. Dorme bem.

-Você também, dorme com Deus.-Dei um sorriso e sai do carro. Jurei ter escutado ele dizendo mais alguma coisa, mas já tava um pouco longe.

Caio:

-Com Deus sempre, mas se eu sonhar com você de novo, vai ser com os anjos.- Sussurrei enquanto via ela entrando em casa.

Catharina(de novo sim):

Depois de comer horrores eu fui pro quarto, tentar estudar um pouco, mas na minha cabeça só vinha "até eu que sou lerdo já percebi o jeito que eles se olham"

E caralho, eu tô dando tanta bandeira assim?

Chega até me dar raiva o jeito que o Caio mexe comigo.

E de verdade, tudo isso começou do nada. Pouco tempo atrás eu namorava um dos amigos dele e nunca tinha enxergado o que hoje eu vejo até demais.

Eu queria chegar pra ele e falar, mas quando lembro do que passei com o Nathan eu desisto.

Fora que meu irmão já perdeu um amigo por minha causa, não quero que perca outro.

Desperto dos meus pensamentos quando ouço alguém batendo na porta.

-Entra.

Bruno: -E ai, princesa. Tá bem?

-Aham, o que aconteceu?-Raramente ele vinha me procurar no quarto, ele esperava o outro dia.

Bruno: -Acho que tá na hora da gente conversar.- Sério demais pra ser o meu irmão.

-Sobre?

Bruno: -Caio.

Encarei ele e mil coisas passaram na cabeça, não sei o que podia acontecer.

Não sei se vou dizer o que ele quer ouvir, e muito menos se tô pronta pra admitir pra ele o que não admiti nem pra mim mesma.

-O que você quer saber?

Bruno: -Eu quero que você me diga o que sente. Eu tô ligado que o Nathan te deixou com traumas, e que eu pego pesado as vezes, pq não quero ver você passando tudo aquilo de novo.

Bruno: -Talvez se fosse outro cara, eu poderia ser menos rigoroso ou sei lá, mas ele ser meu amigo, como o Nathan também era, pesa demais na minha mente.

Bruno: -Ele não era alguém que eu achei que te faria feliz, mas apoiei e se não fosse por isso talvez você não tivesse sofrido o que sofreu.

Eu já tava segurando as lágrimas.

-Você sabe que a culpa não foi sua, eu que era cega.

Bruno: -A culpa foi dele, que era sem caráter. Mas então, voltando ao assunto principal, você gosta do Caio?

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