Charles

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Acordei com o toque do meu celular e esfreguei meus olhos, logo me vendo num quarto de hotel sozinho.

- Ela foi embora, como da outra vez - Falei pra mim mesmo, e o quarto ficou silêncio depois que a chamada caiu, peguei o mesmo e vi umas mensagens do Arthur, meu irmão caçula, ele nem esperou eu responder e ligou de novo, atendi no terceiro toque - Oi Arthur.

- Onde você tá? Estamos te esperando desde ontem - Ouvi ele dizer e me lembrar que minha família estava na minha casa, me xinguei mentalmente - Você tá me ouvindo?

- Tô sim, Deculpa eu... - tentei pensar na melhor desculpa - O Andrea e eu combinamos de sair pra beber ontem e eu dormi na casa dele.

- Eu vou falar isso pra mamãe - Ele falou e eu ri fraco - Mas eu espero que você não se meta em problema.

- Pode ficar tranquilo - Garanti e já pude o ver assentindo - Obrigado.

- Eu acho bom você chegar em meia hora - Ele avisou e desligou a ligação. Coloquei minhas roupas e sai do lugar indo pra casa. Quando eu estacionei o carro na frente eu vi o Lorenzo na porta. Caminhei lentamente até ele que me olhava de cima a baixo.

- Você é pertubado? - ele perguntou quando eu parei de frente pra ele.

- Bom dia - Falei e ele suspirou.

- Você vai me contar essa história direito depois - Ele falou fazendo um sinal para o Arthur que estava na varanda da casa, que significava distrair minha mãe pra mim entrar em casa sem que ela perceba - Mas agora você vai tomar um banho, você ja viu a situação do seu cabelo?

- Fico devendo essa - Falei entrando e subindo as escadas correndo e indo para o meu quarto. Tomei um banho rápido e fui para o interrogatório da minha mãe, no almoço. E na metade dele eu recebi uma mensagem.

[...]

- Você veio - Giada disse quando eu me aproximei dela.

- Faz um tempo que eu não venho aqui - Falei apontando pra praia e ela assentiu - Bons tempos.

- São memórias agora - Ela falou tirando uma coisa da bolsa - Não foi pra isso que eu te chamei aqui.

- Você achou - Falei olhando o relógio do meu pai que eu tinha perdido e que ela me entregou.

- Encontrei enquanto arrumava minhas malas - Ela respondeu e eu continuei olhando os detalhes - Sei como é importante pra você.

- Obrigado - Falei e ela se virou pra ir embora - Você vai pra casa?

- Sim, preciso ajeitar minhas mudanças - Ela falou e eu assenti - Aquela garota... - Ela hesitou em perguntar e eu deduzi ser a Alex - Vocês...

- Somos amigos.

- Também éramos - Ela rebateu e eu ri - Boa sorte.

- Eu te levo, tá tarde. - Eu disse e ela assentiu seguindo até o meu carro e eu a levei até o apartamento dela - Tchau.

- Tchau Charles - Ela acenou e entrou no prédio. No caminho pra casa, eu parei em um semáforo, e então eu vi a imagem da Alex atravessando a rua.

- Alex! - Gritei abaixando a janela do carro e ela parou procurando a voz e pousando os olhos em mim, suspirou e correu até a porta do passageiro entrando no carro - Você tá bem?

- Escuta, Eu to to evitando, Mas agora... - Ela pausou ofegante e eu tirei uma garrafa de água do porta-luvas que ela aceitou - Preciso ir para o Hospital.

- Qual hospital? - perguntei dando partida e ela começou a ensinar o caminho.

- Chegamos - Ela falou e eu parei o carro no estacionamento - Obrigada.

Peus-être Je T'aime - Charles Leclerc ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora