Charles

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  - Responde alguma coisa - Falei encarando a morena a minha frente.

  - Eu não sei, eu só... - Alex parou de falar e eu me preocupei ainda mais.

  - Tá Tudo bem?

  - Claro que não Charles, o bebê quer nascer - A americana respondeu e eu senti um frio na barriga.

  Só a ideia do nascimento de Sophie já me deixa nervoso, era automático.

  - Mas a previsão não era na próxima semana? - Perguntei ajudando a mesma a ir até o banheiro.

  - Por isso que se chama previsão - Ela respondeu me fazendo rir - Eu tô falando sério. Qual a graça?

  - Tá doendo muito? - Perguntei parando na porta do banheiro e ela fez um 3 com as mãos, aquilo significa o nível da dor.

  Adaptamos isso na nossa tabela de 1 a 4: aceitável, 5 a 7: preocupante, 8 a 9: insuportável, e 10: a nível de preferir morrer

   - Vou chamar a Kyra.

  Fui em direção do quarto da mesma e bati apressadamente na porta, que foi aberta por uma mexicana enfurecida por ter seu sono interrompido.

  - Qual foi Leclerc? Tá querendo começar a fazer visita no Dia del muertos agora? - Ela ameaçou usando seu vocabulário espanhol, e eu não entendi nada já que o meu era escasso.

  - O bebê - disse rápido e ela arregalou os olhos - Acho que vai nascer.

  - Aí meu Deus, não tô pronta pra ser tia hoje - A mexicana disse me seguindo até o quarto - Cadê a Alex?

  - Tomando banho - Respondi rápido e ela franziu a testa - Precisamos arrumar as roupas primeiro.

  - Entendi - A mesma disse me ajudando a arrumar as bolsas. Logo estávamos no carro indo em direção ao hospital, o mesmo que eu levei ela pra ver o Jack há um tempo atrás.

  As contrações pareciam aumentar a cada momento, o que me fez acelerar um pouco mais que o normal e rapidamente estávamos saindo do carro na porta do hospital. Eu me dirigi a recepção assim que passei pelas portas e Kyra me seguia mais lentamente, pois ajudava Alex que tinha uma expressão não muito boa no rosto.

  - Boa noite, no que posso ajudar? - A recepcionista disse assim que eu me apoiei no balcão.

  - Estamos em uma emergência - Falei me virando para a americana que reclamava da dor enquanto se sentava na cadeira da recepção e Kyra vinha até mim - Nosso bebê tá nascendo.

  - O senhor precisa preencher essa ficha aqui, e assim que o médico estiver disponível eu chamo - A moça cujo nome Anna era mostrado no uniforme disse me entregando uma prancheta, aquilo me fez a olhar incrédulo - A sala de espera fica logo ali.

  - A senhora me ouviu? O bebê tá nascendo! - repeti mais exaltado dessa vez e a mulher respirou profundamente.

  - Vocês são pais de primeira viagem? - Ela perguntou como se fosse óbvio e eu assenti - Pois bem, sabe que dia é hoje?

  - 12 de fevereiro - A mexicana respondeu simples e a mulher assentiu.

  - Sim, só hoje eu vi 3 crianças nascerem e nesse momento o médico está atendendo uma mulher que está no trabalho de parto há 3 horas - A senhora disse levemente irritada e eu e Kyra ficamos boquiabertos, não sei se pela sua resposta, pelo números de bebês que ela disse ter visto ou pela quantidade de horas no trabalho de parto - Portanto, esse bebê não vai nascer nesses 30 minutos! Agora preenche a ficha enquanto eu levo a moça pra triagem.

Peus-être Je T'aime - Charles Leclerc ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora