| LIVRO UM DA SÉRIE "CELESTIAL" - THE 100 |
¡CONCLUÍDA!
"Pegue suas coisas e se prepare para a redenção, Celeste Fox. Nos vemos do outro lado."
Ao ser mandada pra Terra com outros 99 delinquentes, ser líder era a última coisa que Celeste Fox um dia...
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O mundo está cheio de coisas mágicas pacientemente esperando para que os nossos sentidos se agucem. – W. B. Yeats
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"Há muito tempo, com a Terra em chamas, 12 estações flutuavam no espaço, separadas. Mas um dia, a Mir passou pela Shenzhen e ambas perceberam que a vida seria melhor juntas. As outras estações viram isso e também quiseram se juntar. Quando todas se uniram, elas se chamaram de... a Arca."
O mundo está destruído, a humanidade devastada, e a única chance que a raça humana tem para sobreviver é a Arca, uma estação espacial mandada pro espaço no período da guerra - que também está morrendo.
Não haviam mais condições da nave continuar daquele jeito. Os suprimentos estavam acabando e a expectativa de vida também.
Felizmente, o conselho tinha uma solução. A taxa de criminalidade estava crescendo cada vez mais, e os líderes não podiam ficar sentados observando aquilo. Apesar de não ser muito ético, chegaram a ideia de mandar alguns delinquentes que cometeram crimes terríveis para a Terra. Sabiam que podia dar errado e causarem a morte de vários menores de idade, entretanto eles eram descartáveis demais e não importaria se eles sobrevivessem ou não. Tudo que importava eram os interesses do conselho por trás daquilo.
— Celeste Fox, dezessete anos. Presa por roubo de remédios...
A respiração angustiante dos presos que esperavam pelo seu veredito na fila a fazia ficar ainda mais ansiosa, mas de um jeito ruim. Imaginava se iria flutuar. Bom... Pelo menos seria uma morte rápida, segundo ela. Mas mesmo assim, precisava viver. Se seu veredito final fosse esse, a promessa que ela e seus pais fizeram estaria quebrada.
Sobreviva Celeste, você tem que sobreviver. As palavras da mãe ecoavam por sua cabeça e a imagem da mulher com lágrimas nos olhos lhe vinha à mente.
Sentiu um nó na garganta. Queria chorar, com certeza iria, ainda mais com o velho a olhando sem expressão alguma, o que revelava sua personalidade provavelmente antipática. Na verdade, não o culpava, queria ser assim. Sentimentos são sinônimo de sofrimento. Na natureza da vida, ela queria ser um leão sem ressentimentos, mas algo a impedia. Ela era uma pobre zebra no meio da selva.
