Fragmentos de amor

A primeira discussão

Após o grande evento do meu aniversário, Breno passou a ficar na casa impedindo que Fred e eu ficássemos mais tempo juntos. Não que fosse ruim, Breno era um ótimo amigo, mas estar em uma casa que ainda é completamente estranha com pessoas que mesmo você sabendo que são pessoas boas, mas que o histórico de vocês não é tão bom assim, não é muito agradável.

Aparentemente minha irmã também estava tendo problemas com o seu relacionamento, já que seu segurança não havia voltado para casa. Talvez tenham descoberto-os. Não me importava, desde que a saúde dela não fosse afetada como aparentemente estava sendo. A garota já não saia do quarto, nem mesmo para comer, e isso estava me preocupando. Não só a mim pelo visto, já que Miguel não se importou com o fato de Breno ter saído da casa e simplesmente tirou minha irmã do lugar e a levou para a cidade para ver o seu amor.

Essa foi a minha deixa para que eu descobrisse toda a verdade. Após me arrumar, eu eu desci as escadas e fui encontrar com o meu amor. Confesso que eu estava com muita saudade dele, seu toque por mais sensível que fosse fazia minha pele se arrepiar e eu sabia que também conseguia mexer com ele da mesma forma que ele mexia comigo e resolver tirar proveito disso.

Começamos com um pequeno beijo, algo inocente. Mas logo esse ato se intensificou com minhas atiradas para cima dele e logo sua mão começou a criar vida própria, de forma que eu sentia que estava perdendo o controle da situação. Eu amava mas não estava preparada para dar um passo tão grande assim e enquanto eu pensava em como me livrar dele, como que algo Divino acontecesse, o telefone dele começou a tocar.

Agradeci mentalmente aos deuses que pudessem ter ouvido minha oração silenciosa. Aproveitei que ele estava em uma ligação e fiz o que eles sabem fazer de melhor: coloquei um açúcar especial no seu suco. Eu imaginava que por ser algo experiente para eles talvez ele não caísse mas sua vergonha era tanta por seu descontrole comigo que ele nem sequer pensou antes de tomar o suco. Ponto para mim.

Após deixá-lo no sofá, eu subi para seu quarto correndo. Com certeza lá havia alguma coisa que pudesse me ajudar. Procurei por cada canto e nada. Conjurei um fogo chamativo para ver se havia algum objeto na qual eu pudesse me orientar mas também não consegui nada. Então seja lá o que fosse que eles estavam escondendo faziam isso da forma mais humana possível: usando um computador. Não que fosse um problema mas era algo que poderia requerer tempo por causa da senha e tempo era algo que eu definitivamente não tinha.

Eu tinha cerca de uma hora para estar de volta ao lado de Fred sem que ele suspeitasse de nada mas já havia gastado cerca de 30 minutos do meu tempo. Suspirei irritada e fui até a máquina. Pensei em algo que pudesse ser a senha, a data de aniversário dele seria muito óbvia, o nome de alguém também seria muito óbvio então só poderia ser algo relacionado a todo o mistério que estava me matando.

Talvez fosse uma data mas talvez fosse um local ou então algo combinado. Olhei em volta do quarto e a única coisa que me chamou atenção foi um quadro onde havia uma foto minha em um evento da empresa do meu pai. Eu não me lembrava Que vento era aquele só pela foto, mas sabia que eu estava lá obrigada. Peguei o quadro eu observei a foto.

Voltei ao computador e coloquei a data que estava impressa na foto, provavelmente foi a data do evento mas não era a senha. "Pense Rubi pense." Tentei me lembrar o nome da cidade em que ocorria aquele evento. Se não me engano foi em Seattle, mas também não era senha. Eu respirei fundo e observei bem aquela foto. Sabia que a senha está tinha ver com aquela imagem. Fred me disse que ele havia me visto muito antes de eu vê-lo pela primeira vez e aquela talvez fosse quando ele tinha me visto pela primeira vez.

Poderia ser loucura mas digitei "deusa do fogo" e o computador destravou. Como eu disse humanos são muito obvios. Mesmo que Fred não fosse humano de verdade. Mas pior do que você descobrir que não é humana e que há muitas pessoas dotadas de dons vagando por aí é você descobrir que todas essas pessoas vem de um submundo e você é uma das pessoas aptas a governar este submundo.