8 - Quente, quente, quente.

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Pov Ryu:

Quando Keir avisou que sairia, perguntei se precisava de ajuda e ele concordou brevemente que eu o acompanhasse até o mercado.

A ida foi particularmente o mais difícil para mim, estar próximo demais dele despertava uma vontade voraz de tocar novamente o seu corpo, e sei que deveria domar meus sentimentos.

Talvez ele tenha se desiludido quanto a mim, ou esquecido completamente a mim e ao nosso encontro. A boate estava consideravelmente escura e havia tantos garotos e garotas se exibindo para Keir que era compreensível que ele me esquecesse dentre tantas pessoas.

Mas eu lembrava claramente da sua voz rouca, e como o seu corpo estava próximo do meu, o casaco de couro escuro e o seu perfume impregnado  no ambiente, transmitindo ondas que me fazia amolecer. Poderia ser a sua incrível presença que acabou abalando o meu psicológico.

Desde que me assumi, nenhum homem foi capaz de me prender com tanta intensidade. Mesmo quando a única coisa que ele fez foi depositar um selinho em meus lábios antes de sair, com tanta segurança e poder que me fez invejar.

Eu simplesmente era incapaz de tirar o loiro da minha cabeça, um homem que nem sequer sabia o nome. Apenas que era um um cliente vip, que atuava a maioria das vezes como dominador, nunca havia visitado uma balada fetichista antes, nem sequer cogitei a possibilidade de gostar, mas fui arrastado pelos meus amigos e o encontrado.

E por ironia do destino, um dos meus amigos era seu submisso, por algum motivo que desconhecia, ouvir ele o chamando de mestre, eclodia um sentimento estranho no meu peito.

Estava diante dele, sozinho. Agora só tinha que perguntar, o que gostaria de pedir desde o início mas se prendia na minha garganta, por vergonha ou medo, me deixando com dificuldade de respirar, mesmo com as janelas do carro abertas.

Ele parecia gentil demais, comportado demais perto do seu amigo, mas, eu vi um outro lado, um que veria de novo, nem que fosse a última coisa que eu fizesse. 

Eu quero que você seja mal comigo Keir Devise. 

E me prenda de uma forma que ninguém fez antes, eu nunca te abandonaria se o fizesse. Eu seria só seu se aceitasse. 

Era impossível entender os pensamentos que corriam minha mente freneticamente, mas disso eu tinha certeza

Eu queria ele, e eu consigo tudo o que quero.

Pov: Haku

- eu quero você só pra mim. - sorri. - você é só meu.

Seus dedos sondaram perigosamente aquela área, adentrando sua calça e o sentindo por baixo da box, depositando um carinho preguiçoso apenas para provocar-lhe. Subiu na ponta dos pés depositando um selar em seus lábios demorado, pressionando com certa intensidade.

- Haku não podemos. - diz segurando sua mão travessa. - Miwa ainda está em casa.

O menino deixou o rosto na pele do seu pescoço para sentir o cheiro que tanto gostava, trazendo o maior para si, chocando seus corpos de uma vez.

- E quem se importa? - desafiou com o olhar.

Lucien apertou os dedos em sua cintura delicada, ansiedade percorria suas veias, Haku ansiava que ele perdesse o senso. Voltou a passear pela sua intimidade, sentindo seu membro duro dizendo totalmente ao contrário que sua boca. 

Na verdade tudo que Haku mais esperava naquele momento, era que Miwa o escutasse, que escutasse a ânsia do seu namorado, por ele, chamando o seu nome e jamais o dela. 

𝕆𝕙 𝕐𝕖𝕒𝕣 𝔹𝕒𝕓𝕪Onde histórias criam vida. Descubra agora