Único

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Akaashi estava em um terrível dilema.

Talvez, só talvez, ele tivesse uma quedinha pelo amigo do seu namorado.

Não o entendam errado. Akaashi era totalmente fiel e apaixonado por Bokuto. Mas o cara não facilitava, vivia dando em cima dele. Ainda por cima era um tremendo de um gostoso, para piorar sua situação. Se fosse um cara feio tava tudo certo, mas um homão daqueles deixava seu coração fazendo uns doki doki errado.

Bokuto até mesmo lhe perguntou o que estava acontecendo, ele respondeu que não tinha nada de errado. Mentiu? Mentiu.

Não tinha como continuar negando, Akaashi se via admirando Kuroo. Sua pele morena, seu ombros largos, o sorriso de lado que nunca o abandonava, as pernas fortes e as coxas que o faziam pedir por misericórdia. Era muita areia pro caminhão dele.

Akaashi se sentia com anjinhos e demônios em seus ombros. Ambos sussurrando em seus ouvidos: Pega, não pega, pega, não pega, pega. Podia-se dizer que ele estava surtando.

Kenma já o havia orientado. Que, se ele der mole, vai entregá-lo ao Bokuto. Akaashi não temia, afinal, ele não havia feito nada. Era comprometido, mas não cego. Olhar não arrancaria pedaço de ninguém.

E não é como se a culpa fosse somente dele. Falou para que Kuroo o deixasse em paz, ele não quis ouvir. Pediu para que deixasse de andar pela casa apenas de cueca, ele não respeitou.

— Eu juro, a carne é fraca, mas nunca rolou — dizia ele, em sofrimento. Estava ficando difícil de resistir a aquele homem.

Akaashi suspirou, encantado ao vê-lo passar.

Se fosse um homem feio tava tudo certo, mas aquele pedaço de mal caminho mexia com seu coração.

Ele é amigo do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora