Home Sweet Home

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Oi gente, primeiro gostaria de pedir desculpas pela demora pra postar capítulos novos, é que as vezes é dificil conciliar meu trabalho com a escrita. Mas sempre que eu puder vou ir atualizando a fic. Obrigada pelo suporte e por lerem a fic ♡

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Eren e eu fomos arrastados pela policia militar até uma carruagem que nos levou até o tribunal, ao chegarmos no tribunal fomos levados até as celas que ficavam nos fundos.

 E lá era onde passariamos os próximos dias provavelmente.
 Entramos juntos na cela, Eren foi algemado e uma cama e eu em outra. Eramos tão perigosos assim?
—(sn) o que vai acontecer com a gente? — Eren perguntou quebrando o silêncio que pairava naquele lugar 
—Vamos ser julgados daqui uns dias provavelmente — pausei por alguns instante — mas vai ficar tudo bem… eu acho
 
Sorri para Eren tentando acalma-ló, mas a verdade é que eu estava nervosa com tudo aquilo, estava com dor na minha perna e tudo aquilo estava me estressando demais. Até que uma hora eu não aguentei e me pus a chorar.
 
É muito ruim tudo isso, voltar pra sua terra natal, ser rejeitada, as pessoas duvidarem de você e te tratarem como se você estivesse mentindo ou enganando a todos. Pior ainda foi ver o homem que eu sempre amei me tratar com desdém e ele mesmo não acreditar em mim. A coisa que eu mais queria era me lembrar de tudo, do porque eu sumi por tanto tempo, mas eu não sei. Eu queria poder provar que não estava mentindo, não queria provar isso pro mundo de fato, queria provar isso pro Levi, eu sei que não podemos voltar a ser como antes e que talvez ele já tenha outro alguém, e isso me assombra pra caralho, mas eu não quero que ele tenha uma imagem horrível de mim o resto da vida.

—Hey (sn) não chora por favor, vamos falar sobre alguma coisa pra esquecermos que estamos nesse lugar? — os olhos verdes me fitavam da outra cama

—Tudo bem, acho que você tem razão — sequei as lágrimas 

 Eren e eu começamos a conversa sobre vários assuntos, eu ri algumas vezes com suas histórias e acabava esquecendo o quão quebrada eu estava por dentro e o quanto minha perna estava fodidamente fodida

—Eren, como seus pais eram? — perguntei curiosa

—Deixe me ver, eles eram incríveis. Minha mãe era uma dona de casa espetacular e meu pai era medico, ambos cuidavam de mim e da Mikasa. E os seus pais (sn)?

—Eu não conheci meus pais na realidade, fui criada num orfanato — pensei alguns instantes — mas lá no orfanato havia um homem que sempre ia me visitar, ele não era meu pai, mas me tratava como se fosse. Queria poder rever ele, agradecer por tudo que ele fez por mim, mas depois que sai do orfanato nunca mais o vi, ele era médico também. Eu chamava de tio Grisha — eu sorri com as lembranças 

— (sn) — Eren estava com os olhos arregalados — Grisha era o nome do meu pai, será que é a mesma pessoa? 

— O QUE? — Berrei — o tio Grisha tinha uma esposa chamada Carla se me lembro bem

— O nome da minha mãe é Carla — Eren parecia incrédulo 
 
 Nos olhamos por alguns instantes tentando assimilar tudo que estava acontecendo, era muita coisa pra duas pessoas que estão presas pensarem. Mas é muito bom a sensação de estar perto de alguém que te faz esquecer a dor e te lembra que a vida nem sempre foi ruim

—Eren, seu pai me dizia sempre que iria me proteger e cuidar de mim, pois ele tinha uma dívida muito grande com meu pai. E ele o fez cuidou de mim sempre que pode, me fez sentir amada quando criança, até que eu pudesse chegar na adolescência e caminhar com meus próprios pés, digamos assim. Sou muito grata por ter conhecido o tio Grisha, ele sempre dizia que meu pai salvou a vida dele. E eu digo pra você, que isso é uma eterna dívida, um ciclo. Assim como meu pai salvou seu pai, seu pai me salvou e eu juro pra você Eren que eu irei te proteger com a minha vida. — fitei o teto — então talvez seja por isso que me sinto tão acolhida perto de ti, porque você é como familia pra mim.

—(SN) obrigada por tudo, as vezes eu esqueço que meu pai era mesmo incrível e você me lembrou disso. Eu também vou fazer tudo que puder por você, eu e você até o fim, como uma família. Estamos conectados por alma, e não um laço de sangue. Mas talvez esse seja o mais puro dos laços né? — ele sorriu 

Assenti com a cabeça, e sorri também. Nunca imaginei que fosse possível uma coincidência tão grande acontecer. Quais as chances de você esta trancada numa cela junto com o filho de uma das pessoas que você mais admirava quando era uma criança? Mesmo vivendo em um lugar limitado, como é dentro das muralhas,  isso é praticamente impossível. Finalmente eu me sentia em casa novamente, as vezes seu lar não é um lugar e sim uma pessoa na qual você encontra paz.
 
Mas eu estava feliz nesse momento, um resquício de felicidade brotou em mim, e junto com ela venho o cansaço. E eu acabei dormindo. 

 ( DIA SEGUINTE - 10:00 AM)

Acordei com uma dor nas costas fodida, me sentei na cama. Esfreguei meus olhos tentando desembaraçar minha vista, foi quando enxerguei dois homens parados em frente a cela.

—Trouxemos comida pra vocês escória — os homens jogaram duas bandejas por debaixo das grades e saíram
 
Me levantei, e logo que escostei a perna no chão pude sentir a mesma fraquejar, respirei fundo e caminhei até as bandejas. Felizmente eu estava menos acorrentada que Eren, então pude me locomover.

— Hey, acorda Eren precisamos comer essa coisa aqui — balancei ele o fazendo despertar
 
 Ele se sentou na cama pegou a bandeja e comeu. Acho que ele está com fome, porque eu não conseguia sequer olhar pra aquilo. Um pedaço de pão envelhecido e um copo de água era tudo que tinhamos.

 Meu corpo estava mole, e eu me sentia mal demais até pra comer. Acabei dando meu café da manhã para o Eren, mesmo ele dizendo que não queria.
 
Me deitei novamente na cama, sentia meu corpo febril e minha perna como se estivesse sendo amputada. 
 
Levantei cuidadosamente a barra da calça e la estava a minha perna machucada, totalmente inflamada e num aspecto horrivel de se ver.

—(sn) você está bem? — Eren perguntou com a boca cheia pão

—Não estou nada bem — me levantei e tentei caminhar até ele e tudo se apagou.
       
      (...)

O que aconteceu comigo? Onde eu estou?
 A última coisa que me lembro e de ter caminhado ate Eren, e depois disso tudo são borrões. Agora neste exato momento eu estou numa espécie de maca, sendo empurrada por um corredor de luz fraca. Posso ouvir sussuros, então continuo a fingir estar desmaiada.

—Mas que merda cara, aqueles malditos tiveram 10 anos pra se livrar dessa puta e não conseguiram — um homem de voz grossa falou — se pelo menos tivessem conseguido manter ela bem longe daqui, mas nem isso. Deixaram ela escapar de Marley e agora ela está aqui nos causando problemas. 

—Mas veja pelo lado bom, ela não se lembra de nada, e ninguém acredita nela. Pra todo mundo ela é uma safada que forjou a própria morte. A credibilidade dela é zero, acho que no fim das contas ela não estava com o que eles queriam, e por isso aqueles malditos estão nos atormentando de novo. Será que ela fugiu por ser filha de quem é? Alguém pode ter ajudado ela, o Coruja ainda é bem idolatrado por lá — um homem de voz mais rouca falou 
 

"Coruja? Porque diabos meu pai teria um nome desses? — pensei "

Time after time Onde histórias criam vida. Descubra agora