Olimpo

capítulo 127

127 papai

Os dias passavam rápido, Alfonso colocava seus homens para trabalhar e todos estavam ocupados todos os dias, o incidente com Usurios acalmava pelos dias, porém, a cena em que Alfonso cortava a língua de Usurios ainda pairava na mente de todos, quando soldados e lobos passavam , um grupo de pessoas se escondia enquanto outras pessoas tinham sua lealdade aumentada e faziam uma reverência para com eles. Deferio e os outros estavam obviamente chateados com a atitude do primeiro grupo de pessoas, entretanto, ele não podia fazer nada a respeito. Recorde-se que, desde aquele dia, a Susana quando iam todos os dias ao quarto do Alfonso para conversar com ele, não conversavam nada em particular apenas conversavam sobre assuntos aleatórios, no entanto, Susana sentia, cada vez que os dois conversavam, que Alfonso era realmente um gênio entre seus colegas,

“Eu acho que a Academia do Dragon assim como as demais Academias deveriam restringir sua admissão àqueles que realmente se sentiam apaixonados por estudar, para isso, acho que deveriam obrigar as pessoas a fazerem um exame para poderem entrar, a política atual é que, se você faz parte da realeza, então você pode entrar aos doze anos com alguns conhecimentos básicos, porém, que só faz nobres que têm zero interesse em aprender irem lá para perder o tempo e o tempo dos outros, também, acho que plebeus deveriam também poder fazer esse exame, quem sabe quantas mentes brilhantes estamos perdendo com o sistema atual ”, disse Susana.

Alfonso olhou para ela e deu um sorriso de aprovação.

"Admirei sua opinião; no entanto, acho que você está enganado quanto ao ponto crucial aqui, como os plebeus podem passar em um exame se eles não têm um professor particular desde crianças como os nobres têm?" Alfonso perguntou.

“Ah… é… não pensei nisso” disse Susana com certo constrangimento.

"Não precisa se envergonhar, na verdade, você não tem culpa, você sempre viveu como parte da realeza, por isso, suas ideias e mentalidade estão sempre voltadas para como fazer as coisas no mundo real, no entanto, o que falta é extrapolar essas ideias para o resto do seu mundo, isso é chamado de sair da sua zona de conforto, você carece de experiência, é por isso que você não consegue colocar as reais necessidades dos plebeus em sua mente, no entanto, o fato de você poder pensar em um projeto que vê nobres e plebeus como iguais mostra o seu valor como ser humano, qualidade que é difícil de encontrar nas pessoas da sua idade, devo dizer que o Felio tem muita sorte em tê-lo como uma filha "Disse Alfonso.

Susana ficou estupefata por algum tempo antes de dar um sorriso feliz.

"Então ... qual é a opinião do meu senhor sobre isso?"

Alfonso pensou por algum tempo antes de responder.

“Evitaria qualquer tipo de restrição para entrar em uma academia, é claro, que inclua o dinheiro que você tem que pagar”, responde Alfonso.

"O quê?" Susana ficou surpresa com a resposta de Alfonso.

Alfonso levantou-se e olhou para a surpresa Susana e deu um pequeno sorriso.

“Veja, eu acho que a educação é a base de tudo, pense bem, se as pessoas tivessem educação, qual seria a utilidade de roubar e matar? Esse mundo nos torna diferentes, alguns de nós nascemos com uma colher de prata é nossas bocas enquanto outros lutavam dia a dia só para comer, porém a educação apaga essa diferença e faz como iguais, por isso inseri um programa educativo que todos devem atender, pois quero que todos tenham o mesmo ponto de partida, então ninguém tem nenhum tipo de desculpa para fazer coisas ruins, talvez seja ingênuo e muito irreal, porém, acredito firmemente que este é o primeiro passo em direção ao meu objetivo ", disse Alfonso.

"Qual é o teu objetivo?" Susana perguntou.

Alfonso sorriu antes de fechar os olhos.

"Um mundo onde as pessoas não vão me chamar de 'meu senhor' quando me virem"

Alfonso deu uma risadinha

"em vez disso, eles vão me chamar de Alfonso"

Susana sentiu uma sensação incrível no peito, de repente ela se lembrou de algo de sua infância , uma memória que se perdeu no tempo.

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"Pai, por que meus avós não foram ao túmulo da mamãe visitar?" Perguntou uma menina, segurando a mão de um homem.

"... Porque eles não gostam do papai" Disse o homem com um sorriso amargo.

"Por quê?"

"Porque eu não sou um nobre, sou apenas um soldado aposentado que se tornou o senhor da cidade distante,

"Eu não entendo" Disse a menina.

O homem apenas deu um pequeno sorriso, ele se ajoelhou e afagou o cabelo da menina.

“É muito cedo para compreenderes, porém, lembra-te, Susana, este mundo dividiu as pessoas desde o nascimento, aceitei esta realidade há muito tempo… mas” Disse o homem enquanto olhava para a sepultura.

“Ela me disse um dia…” As barreiras que este mundo colocou sobre nós, só podem ser destruídas por nós “Eu acredito firmemente que, um dia, a convicção de sua mãe se mostrará certa”, disse o homem.

A menina não sabia o que dizer, entretanto, ela sentiu uma tristeza repentina em seu coração.

........................

Susana de repente percebe o significado por trás das palavras de sua mãe.

"

Alfonso não disse nada e tomou um gole de água.

No entanto, a frase seguinte de Susana quase o fez sentir-se da cadeira.

"PAI"

"PFFFFFFF-"

Alfonso cuspiu a água que acabou de beber.

"O que, o que você acabou de dizer?"

Susana deu um pequeno sorriso.

"Nada" perguntou Susana.

"Ah, tá bom por um momento aí você me assustou, bem, está ficando tarde, a gente devia ir embora" disse Alfonso.

"Tudo bem" disse Susana enquanto pegava sua cadeira de rodas.

"Pai"

Antes que Alfonso pudesse fazer abrir a porta, ouviu a palavra mais uma vez.

"Você está fazendo isso de propósito, não é?" Alfonso perguntou.

"O que?"

"

Alfonso deu um pequeno suspiro e abriu a porta.

"Pai"

Desta vez Alfonso não se virou, sabia que Susana estava a brincar com ele.

"Só não diga isso na frente dos outros, especialmente na frente de Demeter e Artemis, entendeu?" Disse Alfonso.

"Tudo bem ~" Disse Susana com um grande sorriso.

Os dois saíram para o corredor para receber o pequeno fosso e todos os demais.

Assim, passam os dias e finalmente chega o dia em que Afonso teve que ir com Antíope.