GAME OVER

641 57 22
                                    

Nosso Relato;

  Além da quase discussão das duas, subi para o meu quarto com a Ana, para que eu pudesse conversar com ela.

— Então, Vai me explicar porque tia Michelle não pode me chamar pra cuidar da Bia? — me olhava furiosa enquanto trancava a porta do quarto.

Me virei olhando para a mesma, que me olhava como se eu tivesse culpa.

— Porque eu não gosto de envolver problema, com a Família. — Falei de saco cheio, e da briga mais cedo. — Não é querendo te ofender, mais já ofendendo, você e eu já não temos algo saudável. Eu e você força algo, que não vai ser construtivo. — Falei me sentando na cama, já cansado daquela conversa.

— Mais calma, quer dizer que eu sou problema? — me olhava indignada.

Ela escutou, o que eu falei?

— Ana, você escutou o que eu falei agora pouco?? — perguntei de braços cruzados.

— Eu te fiz uma pergunta primeiro, então responda. — Falou se aproximando de mim.

Permaneci fixo olhando para ela.

— O que eu estou tentando dizer a horas, é que não existe mais nada, esse é o problema. — Falei impaciente. — NA VERDADE, NUNCA EXISTIU. — Gritei e me levantei indo para mais longe o possível.

Então iremos terminar, dessa forma??? — Perguntou rindo.

— Eu imaginei de uma forma civilizada. — Fechei os olhos decepcionado.

Não ouço mais sua voz, consigo ouvir o seu choro. A olhei, e foi a mesma cena que ela fez quando terminamos da última vez. No mesmo momento que eu iria abraçar, o celular apitou. Vejo no visor o nome da Bia.

"A comida chegô"

Sorri, e logo voltei meus olhos para ela.

— Terminamos, aqui, ok? — toquei em seu ombro. Ela me olhou.

— É por causa dela né? Ela mais bonita? Ela tem mais corpo que eu? — Falava instamente triste.

Eu neguei a cada pergunta sem sentido.

— Entenda, a gente não tem mais nada para dá certo. — Falei fazendo seus olhos cheios de lágrimas me olhar.

— Gabriel, mais eu te amo. — Disse passando a mão no meu rosto.

Eu continuei negando.

— Sinto muito. — Falei beijando sua testa. E me saindo de perto dela.

Abrir a porta do quarto. E assim ela entendeu e saiu, assim fui atrás dela, para deixá-la até a saída. Descemos as escadas e vejo Bia sentada na sua cadeira e fico bobo ao ver aquelas duas, juntinhas.

— Confessa pra mim que você não me ama mais! — insistiu.

Ela colocou suas mãos sobre minha nuca.

— Eu não sinto mais, nada além, da amizade e consideração. — confessei meus sentimentos.

Mais pelo seu impulso, me puxou para um beijo, e eu continuei, deixando sua língua se divertir com a minha. Logo sinto suas mãos debaixo da minha blusa.  Eu sabia o que ela queria. Me afastei dela.

— Adeus Ana. — Falei e ela sorriu de lado.

— nunca é um adeus Gabriel. — Falou assim que saiu.

Fechei a porta em seguida e suspirei aliviado.

— Irmão? — ouço a voz fofa da Bia. 

Sorrir, e fui em direção das duas, que estavam na mesa de jantar.

— Já começaram a comer? — perguntei e elas não me olharam.

Virgínia olhou para mim, e puxou a cadeira e me mostrou o prato, feito por ela.

— Espero que goste. — Falou finalizando sua janta.

— O cheiro é ótimo. — Falei e bia me olhou.

— Gostoso. — soltou aquelas palavras antes de colocar uma colher cheia na boca.

— Acho que alguém amou. — Virgínia diz pegando outra sacola do ifood e colocando em cima da mesa.

Virgínia estava entre eu e Bia.

— Gente, comprei umas sobremesas. — Falou super atenciosa. 

Sorri para ela.

— Super atenciosa. — pensei alto. Ela sorriu pra mim e eu voltei a comer.

— Melhor que a Ana... — Bia falou assim que eu coloquei a colher na boca.

Me engasguei no mesmo instante. O olhares das duas, me deixaram mais tenso do que as palavras da Bia.

— Menino... — Falou Virgínia se levantando e massageando minhas costas.

Assim que passou, eu bebi o suco aliviado.

— Ai ai. — Falei voltando minha atenção para as duas que me olhava.

— Isso tudo porque, a Bia falou que sou melhor que a Ana? — Me olhou risonha. — Claro que não precisa levar a sério, tudo que a Bia diz. — avisou cruzando os braços.

Bia riu, mais logo em seguida correu para a sala.

— É que foi quase as mesmas palavras da Ana, lá em cima. — Avisei e ela entendeu.

— ah, entendi. — voltou a olhar para o nada. — Mais porque ela acha isso? — continuo.

Não me pergunta isso, não, pelo amor de Deus.

— É... é que ela tem muita insegurança. — Falei a verdade e ela sorriu sem mostrar os dentes.

— Sei como ela se sentiu. — Falou pegando o prato da Bia, e levou a pia.

Foi meio que curiosidade da minha parte.

— Você entendi? — Perguntei antes de colocar a colher na boca.

Ela voltou e sentou do meu lado.

— Eu namorei por 3 anos, afim de casar e tal. Mais como eu falei, a insegurança as vezes mata qualquer um. — Falou pensativa. — Pra entender melhor, ele me traiu e minha insegurança estava certíssima. — Falou com um sorriso brincalhão.

— Mais já a Ana, ela tem insegurança boba, muito boba mesmo. — Falei no resumo. — Sem contar do quão o nosso namoro me sufoca. — desabafei.

Ela me olhou, tocou em meu ombro.

— O certo mesmo é você correr atrás do seus sonhos. — Virgínia disse fazendo meu coração aquecer.

Meu coração se aqueceu naquelas palavras que me passam confiança.

— aliás, digo o mesmo. — Falei e ela sorriu.

— Então, vamos. — Falou animada e sorri.

Notas.

Beijo a vocês.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 06, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

GAME OVER • Gabriel Lessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora