GAME OVER

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Relatos; 2°

As 06:20 Já estava em frente à porta de casa, exausto, porém com muita vontade de abrir live. Abro a porta vendo minha mãe toda deslumbrante, como sempre. Só que mais bonita no vestido vermelho colado.

— Olha isso... — Falei sorridente pra minha mãe que sorria de orelha a orelha. — Desde quando a senhora tem vestidos assim? — perguntei de braços cruzados. Ela riu.

— Virgínia me emprestou. — Falou dando uma volta e eu sorrir. — Falando nela, ela vai olhar a Bia. — completou e eu concordei com a cabeça.

— Eu mereço um "uau". — Meu padrasto chegou em um terno bonito. 

Sorrir para ele, mas soltei minha bolsa no chão e fui ao mesmo que sorria.

— Deixa eu ver aqui. — Falei pegando no terno justo em seu corpo. — Tá bonitão. — continuei.

Ele gargalhou e me abraçou.

— Já estamos indo. — Falou ele me soltando do abraço.

— Ok, se cuidem, e não voltem tarde. — Falei de braços cruzados.

Minha mãe olhou e eu rir.

— Esqueci de avisar, que houve mudança de planos. — Falou antes de abrir a porta. Franzi a testa sem entender. — Amanhã, pela tarde, estamos de volta. — continuou e eu rir.

Pior, que eles precisam desse tempo para eles.

— Tchau. — Falei fechando a porta.

Voltei a pegar minha bolsa do chão, e fui olhar a sala, ver se a Bia estava assistindo.

— Bia? — chamo ela, assim que chego na sala.

Vejo a moça dos cabelos claros, e a Bia em seu colo assistindo. Mas assim que a chamo, as duas me olham.

quefoi' — Bia fala com sua voz meiga e eu apenas dou um sorriso.

— Nada, pensei a moça não tinha chegado. — Falei e a moça olhou pra mim.

Não pensava que a Moça podia ser da minha idade. Fico um pouco surpreso.

— Cê' é o Gabriel né? — perguntou e eu voltei a olhar para ela.

— Sim. — Sorrir gentil.

— Então deixa eu te perguntar algo. — Falou se levantando e colocando Bia no sofá.

Fomos para perto da escada da casa, já que era um pouco longe da sala.

— O que foi? — perguntei.

— A Bia, tem algo para comer em específico? — perguntou.

Sorrir pela ingenuidade da garota. Ou medo.

— O que você fazer para ela, ela come. — informei.

Ela sorriu em concordância.

— Obrigado anjo! — Falou e eu sorrir pelo apelido.

Ela saiu e foi em direção ao sofá. A onde eu pude a observar. Para a garota não pensar que eu podia ser um maníaco, subir as escadas, e entrei em meu quarto e joguei a bolsa em cima da cama e meu celular tocou. Vejo pelo visor o nome da Ana.

— Alô? — atendo.

— Porque cê num passou, aqui? — perguntou em um tom furioso.

— Num passei porque pensei que a babá não ia chegar agora. — Falei cansado.

— Babá? — perguntou.

— É, Ana. — confirmei impaciente.

— Pois é, quer que eu vá aí? — perguntou e eu pensei.

— Eu ainda vou fazer live, espera até as 9h ou 10h? — perguntei e ouço seu suspiro.

— Tá, vou ver se dá pra mim ir. — disse brava.

— Ok, vou tomar banho aqui. — Avisei.

— Tá, tchau. — Falou.

— Tchau. — Falei finalizando a chamada.

E peguei a toalha e retirei a blusa suada deixando dentro do cesto. E assim entrei no box.

GAME OVER • Gabriel Lessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora