Nesses momentos algo sempre parecia estranho.Larry não sabia explicar se era um bom tipo de estranho. Não era ruim ao todo, na verdade ele se sentia muito bem e ele imaginou que também não era ruim para o garoto encolhido debaixo dele, ao menos Sal não reclamou e nem seu pênis excitado reclamou.
Talvez a posição em que se encontravam era estranha. Quando se faz amor, as pessoas normalmente não ficam nessa posição, não é? Larry não tem certeza. Ele não transou com mais ninguém além de Sal. Ele podia ouvir, se concentrando bastante, os gemidos de Sal, tão baixos que o adolescente tinha que se inclinar para ter certeza de que eram gemidos de prazer e não apenas múrmuros, mas eles estavam lá. O corpo quente tremulo e suado também comprovava que o garoto sentia prazer ao transar com Larry, então, por que ele estava sempre curvado com o rosto escondido de costas para Larry?
Ele colocou a culpa de Sal estar nessa posição devido ao fato dele não se sentir confortável com o próprio rosto. Ou a falta dele, como Sal dizia.
Mesmo que incomodasse, o moreno não pediu para Sal tirar a prótese, ou quando Sal tirava a prótese, mostrar o rosto. Mesmo assim, Larry não se importaria se mudassem de posição as vezes, ou se quando sua mãe estivesse fora, que Sal soltasse a voz.
Porém ele apenas continuou a dar prazer pro seu namorado, lambendo a nuca do garoto para logo depois assoprar ali o que certamente causaria arrepios no outro e o faria arquear brevemente a coluna. Então Larry iria apertar o quadril dele se enterrando mais no orifício apertado dele e gemendo no ouvido dele palavras de amor misturadas com obscenidades. Movimentando seu quadril, vez ou outra alternando a velocidade das estocadas. O barulho de ambas as peles batendo uma contra a outra e o barulho agudo que a cama soltava a cada movimento, tudo isso parecia perfeito para o moreno, mas não tão perfeito quanto a sensação de sentir o prazer que estar em Sal causava.
É inebriante, fez com que ele fechasse os olhos com força e xingasse baixo, mordendo os lábios para logo depois contrair seus músculos, Larry sente que morre e volta a vida toda vez que chega perto de gozar mas retarda isso diminuindo os seus movimentos, se concentrando em beijar os ombros pálidos para ouvir o outro resmungar baixinho:
- Hnn... Larry... – A voz saiu abafada, é claro, Sal continuava com o rosto enfiado no travesseiro.
- Hn? – Larry resmungou de volta enquanto beijava os cabelos azuis soltos continuando a movimentar o quadril, a respiração de Sal estava pesada.
- Eu te... Ah! Sim, aí! Eu te amo...! – A voz dele aumentou quando o moreno estimulou a glande do pênis do azulado torcendo o pulso em conjunto a ter felizmente encontrado a posição certa para achar a próstata dele e agora Sal estava inteiramente nisso, jogando o quadril contra Larry e as vezes rebolando, com os gemidos entrecortados por sua respiração errática, e cara, agora sim, Larry podia gozar se quisesse.
Então ele aumentou seus movimentos, tomando cuidado para não desviar da posição que dava prazer para ambos: - Sal, ah, porra...! – Larry rosnou enquanto continuava a estimular o pênis do garoto, a superestimulação fazendo Sal soltar gemidos cada vez mais agudos, ambos eram uma bagunça numa cama bagunçada no meio de um quarto bagunçado, e o moreno amava essa bagunça e essa agitação, o calor e o suor, o aperto ao redor do seu membro e o aperto que Sal agora dava no cabelo igualmente longo de Larry, a outra mão foi para os lençóis, apertando com força e os puxando, o adolescente logo notou que seu namorado estava perto, e mesmo com o braço cansado, se forçou a continuar apenas mais um pouco até que o maior gozou, e antes que pudesse parar totalmente os movimentos de vai e vem, ele masturbou mais rapidamente Sal, lambendo atrás da orelha dele e aproveitou quando o azulado gozou também.
Então Larry pode descansar.
Então ele pode se deitar na cama, ou melhor, se jogar ao lado do corpo menor que o seu.
Curtindo a letargia tentando ajustar sua respiração, tirou a camisinha do próprio pênis lentamente.
- Eu também te amo, cara. – Larry soltou, sorrindo e olhando para o lado, observando uma bagunça de fios azuis. – Posso te beijar? – Perguntou ainda olhando para as costas nuas dele.
Sal hesitou, e então: - Fecha os olhos... – E ele fechou. Pode sentir a cama balançar, ouvir o tecido se movendo e então Sal sentou em cima do moreno, perto do umbigo. Larry respirou calmamente ansioso por beijar o garoto diretamente e não por cima da mascara. Não era tantas as vezes que se beijavam diretamente, o que tornava tudo mais especial.
Enquanto Larry tateava o espaço procurando segurar as coxas nuas do namorado, Sal acariciou os traços do moreno, serpenteando o indicador pelos arredores do rosto, as sobrancelhas, a depressão dos olhos, e então a boca e ele se inclinou para o outro e lhe beijou.
Larry não pode evitar se arrepiar e a sensação engraçada no estômago como quando aconteceu na primeira vez que se beijaram diretamente, na casa da arvore.
Os lábios de Sal eram cobertos de cicatrizes, ele sentiu, eram ásperos quando secos, mas então ele abriu a boca e Larry adentrou a cavidade oral inclinando sua cabeça para cima buscando ainda mais contato e Sal se pressionou contra ele aprofundando o beijo, suas línguas se tocaram, acariciaram, o beijo era quente e molhado, e ele gostava do barulho que fazia quando suas bocas se afastavam minimamente apenas para voltar a se conectarem, e então os lábios de Sal ficariam macios com a saliva quando o moreno os sugava ao terminar o beijo.
Larry respirou e quase abriu os olhos, mas lembrou que não podia já que não tinha permissão, ele resmungou:
- Sally face –
- Larry face? –
- Que tal da próxima vez transarmos nessa posição? –
- E quando seria essa próxima vez? – Larry reconheceu a malicia no tom de voz usado, e sorriu.
- O mais breve possível... – E então eles se beijaram novamente prontos para uma segunda vez.
O problema da posição rapidamente foi resolvido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aftermath
FanfictionLarry não entendia o que o incomoda tanto nessa situação. Talvez as pessoas apenas normalmente não ficavam assim? Ele pondera, procura o que está causando tudo isso, mas como todas as coisas que acontecem no apartamento dos Addison, tudo parece arra...