|| 11 ||

2.9K 155 7
                                    

Cacau🔥

Estava sentada comendo bem de boas, até porque tenho que encher bastante o bucho já que é tudo de graça, quando o Nicolas sentou do meu lado com uma cara de sofrido.

Cacau: Que foi gato? - ele me olhou

NC: Nem sei, tô meio pra baixo, sabe quando tu fica triste e nem sabe o porque, então tô assim - pegou minha coxinha e eu bati na mão dele - a cole Cacau é só uma - bufei e deixei - tá ligada que tu é a melhor né pô

Cacau: Eu sei né, lembra quando nos era menor e vivia pra lá e pra cá brincando um com o outro - ele riu lembrando

NC: Lembro de tomar vassourada por roubar a galinha da vizinha, sinto as dores até hoje - eu ri

Cacau: Nós nunca prestou né - olhei pra ele - cê acredita que eu já pensei em virar traficante?

NC: E porque não virou, cê é foda pra caralho - bebeu da minha cerveja

Cacau: Acho que é porque minha mãe não ia querer tá ligado - ele me olhou na hora - tipo eu sei que ela era, mas não sei se ia querer que eu seguisse o mesmo caminho, sinto falta dela - passei a mão no rosto pra secar uma lágrima

NC: Também sinto, minha tia pô, cuidou de mim quando minha mãe só queria saber de se drogar - abracei ele apertado - tá afim de ir lá fora tomar um ar - assenti

Cacau: Você é o melhor amigo do mundo sabia - apertei ele mais forte

NC: Sabia, mas se apertar mais forte eu vô peidar - riu me fazendo rir também

Cacau: Que nojo Nicolas - empurrei ele de lado - porque você é assim comigo, tipo todo cheio de graça e com os outros todo cara fechada

NC: Não vô falar que tu é minha irmãzinha, porque fica esquisito já que nos fodeu - olhei feio pra ele - mas tu é aquela prima que parece irmã, mas não é porque tu sente tesão por ela tendeu - me olhou malicioso

Cacau: Quieta esse pau na calça tu tá com a Maya - falei me sentando na calçada

NC: Que nada, a mina nem gosta de mim, gosta de fuder comigo - deu de ombros

Cacau: Isso é verdade, ela te vê mais como um amigo que transa e você também vê ela assim - ele assentiu

NC: Eu e ela nem rola, e tu e o TH?

Cacau: Pura diversão, ele gosta de ficar com todas e eu gosto de ficar com todos e todas - acendi o cigarro que ele me entregou

NC: Em falar nisso tu ainda me deve um ménage, aquela aposta tu perdeu - falou de uma aposta que fizemos a mó cota atrás e eu perdi

Cacau: Nem acredito que tu ainda lembra - bufei passando o cigarro pra ele

NC: Só falta marca e eu escolho a guria e tu o dia - revirei os olhos

Cacau: Eu ainda vô pagar língua com essas coisas viu, quero nem ter filho por causa disso, imagina uma cópia minha, misericordia

NC: Imagina uma minha então, carai pago língua por comer filha dos outros - riu soltando fumaça

Cacau: Você sempre fala isso e fala que ela vai se chamar Nicolle e eu sempre falo que a minha vai se chamar Gabriela - ri junto a ele

NC: É incrível como tu me conhece melhor que ninguém

Cacau: E tu também me conhece melhor que ninguém - sentei no meio das pernas encostando as costas no peito dele e tragando o cigarro - é tão estranho né, você o senhor cara fechada cheio de sorrisos pra mim

NC: Tu sabe que é a excessão, tu é o motivo dos meus sorrisos - eu gargalhei - isso foi muito boila credo, só tu pra fazer eu falar uma parada dessas

Cacau: Sou foda né - ele riu - bora ir lá dentro comer, tô com fome - me levantei estendendo a mão pra ele

NC: Bora lá ué - pegou na minha mão levantando

Cacau: Me carrega - ele bufou e se abaixou pra mim subir nas costas dele - avante meu alazão

Entramos e eu percebi que só tinha ficado na festa o povo da facção.

Ele parou perto da mesa de comida e nos começamos a comer

Katy: Vocês tavam onde? - apareceu do nosso lado

Cacau: Fumando - sorri

Katy: Nem sei como vocês fumam aquilo, cheiro mó ruim - fez careta

NC: É bom pô - falou de boca cheia

Cacau: Fecha a boca - empurrei ele de leve

Escutamos os tiros e o radinho do Nicolas apitou.

Dentin: É invasão dos alemão porra

Nc: Tô descendo

NC: Nem comer em paz eu posso mais, vai atrás da Maya e fiquem trancadas no cofre - olhou pra mim e pra Katy

Achamos a Maya e eu levei as duas pro cofre e tranquei elas lá.

Maya: Karen volta aqui, tu não vai caralho - bateu na porta

Cacau: Eu vô sim Maya - falei saindo de perto e pegando um colete e um fuzil amarrando uma bandana preta na cara pra não me reconhecerem

Não sou traficante, mas eu sinto que eu preciso tá lá.

Lá No Alto Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora