Capítulo IV

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— Seu filho da puta! — chutou seu estômago com força o fazendo bater o corpo na parede de pedras do inferno. — EU CONFIEI EM VOCÊ! CONFIEI EM VOCÊ! — deu-lhe um soco.

— Jungkook. — tossiu sangue. — Irmão.

— Você não é meu irmão! — e outro soco. — Você não é mais nada meu! Não é mesmo? Deus da porra do Universo! — lhe socou o estômago.

— JUNGKOOK!

[2 Semanas Antes]

2050 Atualmente

Vinte anos se passaram, vinte anos que minha ex-paixão morreu. Muitos de vocês devem se perguntar: "Lúcifer Jungkook, você ainda amava Lilith?" bom, ela era o meu primeiro amor, ela se parecia comigo, tínhamos muito em comum e sim eu sofri muito com a sua morte, saber que ela deu sua vida para me salvar foi algo que me assombrou muito. Mas sim, eu ainda a amava e continuo a amando, mas não, não estou mais apaixonado por ela. Lilith foi meu primeiro amor e Jimin é e será o meu último. No final das contas, todos, até mesmo Jimin, sofreu com a morte de Lilith pois aquela mulher era e continuará sendo a melhor de todas.

Deus Hoseok, aquele verme nunca mais deu as caras. Quando ele soube, sei lá como, de que a Lilith morreu ele veio falar comigo.

— Obrigado por ter vindo me ver, meu filho.

— Tanto faz, fale logo que cada minuto com você é um minuto a menos sendo o vilão de sua história.

— Eu só vim te avisar que a Lilith, bom, ela está no céu. Eu me certifiquei que ela tenha um paraíso no céu.

— E por que isso me importaria?

— Porque ela é importante para você. — Jungkook desviou os olhos. — O paraíso dela é estando com você, no final de tudo, ela nunca amou Adão.

— Nem mesma a vagabunda da Eva amou aquele idiota. Adão teve escolha de mulheres, você nunca fez questão de perguntar a uma delas se elas queriam ser mulher de Adão. Você nunca perguntou e nunca ouviu de verdade suas filhas, porque para você, isso não era importante.

— Eu sei, mas agora eu ouço.

— Porque agora te convém. Igrejas, adoração, pessoas literalmente se ajoelhando perante a você. Você gosta do poder, gosta de saber que mesmo com a porra do livre arbítrio as pessoas sempre tem que se ajoelhar a você. Se é do mundo tá possuído pelo Diabo, então para ter coisas na vida as pessoas tem que parar de se divertir para adorar o belo e precioso Deus. Uau, quanta idiotice. — bateu palmas ironicamente. — Que belo Deus.

— Você não tens moral para falar algo.

— Realmente não tenho, mas você tem muito menos. — o olhou sério. — Quando você criou esses humanos patéticos eu no começo não entendi o porquê, mas agora eu entendo. Anjos são literalmente obrigados a te seguir, fazer o que o papai manda sem protestar, mas eles não. — olhou para um canto afastado onde obtinha vários adolescentes bebendo e dançando na praia. — Eles tem livre arbítrio para te escolher ou não, e saber que alguns te escolhe te faz se sentir importante, te faz se sentir merecedor do amor deles, porque eles têm opção, eles não são obrigados a te adorar, pai. E por isso você os criou, porque se sente sozinho. — olhou novamente para Deus. — Você procura amor, você necessita de amor e isso te faz o ser mais patético do mundo. — Hoseok engoliu seco.

— Mas e você?

— Eu nunca procurei amor, eu sempre fui o que eu era. O vilão. O cara do mal. A porra do Diabo. E mesmo sendo o vilão, eu tive o amor de duas pessoas que não tinham nenhuma obrigação comigo. Eles me amaram pois eu nunca quis o amor deles, eu nunca pedi e nunca desejei, mas eles me amaram porque eu não desejava nada delas. E você nunca saberá como é essa sensação. Porque seus anjos te amam pela necessidade de te amar, diferente de mim, óbvio. — sorriu de lado. — Os humanos te idolatram e te amam porque você dá coisas para eles no final de toda boa ação. Por esse motivo, Hoseok, que você tem menos moral do que eu para falar algo.

O Diabo Se Apaixonou Pelo Humano [Jjk+Pjm]Onde histórias criam vida. Descubra agora