A.N.T. ologia

Dissociar

A quem já aconteceu a seguinte situação:

"Estou de boa a conduzir, para um destino conhecido. Vejo a estrada, meto mudanças, travo acelero, dou o pisca. Sigo a estrada e viro nos cruzamentos para chegar o meu destino. Pelo meio, veio-me uma ideia à cabeça. Uma ideia de como podia ter acontecido uma história já vivida, ou um desejo de um situação que poderia. Imediatamente, vivo essa história, falo sozinha e emociono-me, e perco-me nesse pensamento. Faço o meu caminho fisico, sem precalços, mas a minha mente deu check-out, e só me apercebo quando a vista fixa num pormenor que não devia estar no meu trajeto. E, é aí, nesse momento, que me dou conta que fiz o caminho completamente trocado e já estou em parte incerta e o meu destino está ainda mais longe."

A parragrafo acima escrito não é ficção. É o meu dia-a-dia normal.

Em momentos de ansiedade e preocupação asobertantes que me perco sozinha nos pensamentos.

Muitas vezes, perco-me até a pensar no que vou escrever aqui. É cada filme de acção que estou alí a viver. Para as muitas pessoas que nunca passaram por isto podem achar estranhissimo que uma coisa destas para mim seja banal.

É banal ao ponto de ter alarmes no telemóvel ao longo de dia para a eventualidade de precisar de acordar quando já estou acordada. 

Sabem aquela sensação de abrir a porta do frigorifico e não nos lembrarmos do que iamos lá buscar? É mesmo isso, só que extrapolado pela sensação de que não me lembro do que se passou na ultima hora.

Dissociar

É termo.

Quando a tua vida está tão hetica que não te sobra outro remédio a não ser a tua mente dar um bye-bye da realidade.

Dissociar é embaraçoso. 

Imaginam o que é estar num jantar de família e não se lembrarem das respostas que deram? Nem o que comeram?