That Teacher

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Laura

-Como assim?! Uma festa?! - Falou Sofia assim que escutou minha ideia.

-É isso mesmo. - Respondi quase gritando no telefone. - Parece que ninguém viu que eu mudei....E eu já cansei disso!

-Eu iria adorar fazer uma festa com você! Mas ninguém vai entender o porque.

-Simples! Porque eu quero!

-Olha Laura vá dormir, amanhã nós pensamos nisso.

-Não! Espera! Tem mais uma coisa que eu quero te contar!

-Rápido porque eu tenho que ir.

-Então eu conto amanhã. Tchau. - Desliguei o telefone na cara da Sofia.

A ideia de fazer uma festa continuava na minha cabeça, e eu teria o destaque só para mim, já que nesse fimd e semana, nem meu pai, que mal havia chegado de viagem, nem o Chris estariam em casa.

[...]

Acordei e fui ao banheiro tomar uma ducha e fazer a higiene, desci para tomar café e finalmente, meu pai que nunca parava em casa estava lá! Sentamos para comer e conversar juntos e ele pediu que Chris ficasse conosco, e olha que Chirs odiava "reuniõeszinhas e momentos de familia".

-Eu sei que quase nunca fico aqui em Red River, mas é o trabalho, vocês sabem. Esse mês eu tenho um trabalho em Ottawa, então vou ficar fora a partir de depois de amanhã, - Ele falou.- mas no próximo mês eu vou recompensar vocês. Deixei minha agenda livre para as duas primeiras semanas e vou focar em meus filhos.

-A Verônica vai com você? - Chris perguntou meio que indiferente, pois ele nunca parava em casa também.

-Sim! Mas não será uma viagem romântica, e sim, para apresentar os negócios para ela.

Pelo menos aquela vaca não ficaria aqui com a gente, ou seja, a casa era nossa.

-Christopher, meu filho. Cuide da Laura, ok! - Meu pai falou meio sério para Chris.

-Aham. - Ele olhou me dando um tapinha.

Terminamos o café e Chris subiu direto para o quarto dele, o que foi bem estranho, já que ele tem aula assim como eu.

-O que deu nele? - Meu pai perguntou. - Ele não vai a aula?

-Vou ver.

Eu subi e quando cheguei na porta do quarto de Chris vi que ele gritava no telefone.

-COMO ASSIM? VOCÊ SUMIU COM O MEU DINHEIRO? ESCUTA BEM: VOCÊ TEM UMA SEMANA, SE NÃO EU ACABO COM A SUA RAÇA! ME ESCUTOU?

-C-Chris, tá tudo bem? - Falei abrindo a porta assim que peecebi que a gritaria havia acabado.

-Sim. O que você quer?

-Achei estranho você subir, tem aula hoje.

-Ah, é verdade, mas não preocupa, já to indo. Quer carona?

-Sim, por favor. - Desci para espera-lo e comecei a pensar na tal festa que queria dar, eu não era popular, (mesmo meu nome sendo muito comentado), como eu espalharia aquela noticia?

Ele desceu e fomos para o carro. Era meio estranho porque estava um silêncio e ele é meu irmão, moramos juntos mas não temos nenhum assunto.

-Então...você vai ficar fora nesse fim de semana? - Perguntei.

-Vou. Eu, Zab, Erick e Joel vamos para um festival, você sabe, né?

-E o Richard? Vocês brigaram?

-Não. Ele disse que tem que ficar.

-Entendi...Chris, eu tenho uma pergunta. Porque você liga tanto para quem se envolve comigo?

-Mas que besta. Simples, porque você é minha irmãzinha. - Ele falou com uma voz de bebê irônica.

-Então eu nunca vou poder me envolver com ninguém em paz....

-Que isso Laurinha, também não é assim, você pode se envolver em paz, só seu parceiro que não. - Ele soltou uma risada.

-Meu deus Chris. Eu tenho 18 anos! 18 anos nas costas! Você é só 3 anos mais velho!

-Continuo sendo mais velho...

Virei para a janela e fiquei olhando o caminho até chegarmos na escola.

-Tchau Chris, vê se cresce!

-Eu não...tchau Laurinha.

Fui entrando até que vi Sofia que estava sentada no pátio conversando com Alondra.

-Bom dia meninas.

-Bom dia Sofia! - Elas respomderam quase juntas.

-Desculpa, Laura, mas eu tive que contar para a Alo da sua festa, e ela acha que devemos fazer um festão sim!

-Bom...o Chris não vai estar aqui no fim de semana, teríamos dois dias para organizar tudo...o que acham de me ajudarem? - Falei.

-Perfeito! Depois da aula vamos para sua casa.

Fomos para a aula de biologia que sempre era a primeira, e também a melhor, já que o professor era....muito lindo! Eu ficava a aula toda olhando para ele, mas não só eu, todas as meninas.

A aula passou mas quando eu estava pronta para sair senti uma mão me segurar.

-Laura, posso falar com você? Em privado? Ou você tem algo agora? - Era o professor.

-Hmm, pode sim. Já acompanho vocês meninas! - Falei enquanto a sala esvaziava.

-Eu geralmente não sou de fazer isso, mas eu tenho que admitir, você me chamou atenção, quer tomar um café algum dia desses? - Ele perguntou se sentando na mesa.

-É...pode ser. Mas, não é meio errado?

-Não necessariamente, até onde eu sei você já tem 18 anos, né?

-Eu estou falando do fato de você ser um professor e eu uma aluna.

-Você que sabe. - Ele falou tirando um papel do bolso e me entregando. - Pode ser amanhã depois da aula?

-Ok. Nos vemos, então. Mas é só um café. - Falei saindo da sala e guardando o papel.

Eu estava solteira e se eu realmente quisesse mudar minha imagem, poderia começar pelo professor, iria ser secreto, claro. Mas não seria mais nada que um treinamento, talvez.

𝐀 𝐈𝐫𝐦𝐚̃ 𝐃𝐨 𝐕𝐞𝐥𝐞́𝐳 || 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐚𝐦𝐚𝐜𝐡𝐨 Onde histórias criam vida. Descubra agora