Harry Collins era um garoto tímido e que evitava chamar atenção.
O que não era uma tarefa fácil, considerando que era dono de uma beleza extrema. Apaixonado por fotografia, enxergava o mundo através de suas lentes e escondia um terrível segredo, que...
** Eu entendo que sou nova por aqui e por isso poucas pessoas prestam atenção , mas se está lendo isso, dê uma chance para a história antes de desistir dela. Se não for pedir demais deixe comentários e vote no final da leitura. É um gesto simples e rápido e que faz toda a diferença para quem está escrevendo...
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__ Mãe, podemos conversar?
__ O que foi, querido?
__ Até quando ficarei de castigo? – Harry perguntou devagar – já faz quase duas semanas e...tem essa exposição de fotos que eu realmente gostaria de ver...fiquei pensando se não consideraria abrir uma exceção e me deixar sair.
Anne observou o filho atentamente e pensou sobre aquilo. Sabia que havia exagerado no castigo depois do que aconteceu no acampamento. Harry era um bom menino e fotografia era uma de suas poucas paixões na vida.
Aquele menino era seu bebê. Estava prestes a completar 18 anos, mas ela ainda resistia a possibilidade de deixá-lo ser adulto. Não suportava a ideia de que ele se afastasse.
Havia escutado sem querer uma conversa entre o filho e Louis. E se deu conta de que o amigo do filho tinha razão, ao dizer que a mãe o protegia demais e o impedia de viver sua juventude.
Como mãe, seu primeiro instinto era protegê-lo a todo custo, mas no fundo sabia que estava impedindo seu menino de ter uma vida plena. Impedindo que ele tivesse todas as experiências que os garotos da sua idade tinham, sejam elas boas ou ruins.
Harry poderia agir como todos os jovens de sua idade e simplesmente sair sem avisar a mãe, mas jamais reclamava, nunca contrariava suas ordens. Aquele garoto tinha uma alma pura, inocente, generosa...apesar de tudo que já havia passado na vida.
Ele tinha aquela aura luminosa ao seu redor e Anne sabia que era egoísmo não deixá-lo expandir seu potencial...temia que aquela luz em seu olhos, se extinguisse.
__ Mãe? – Harry esperava uma resposta – ouviu o que eu disse?
__ Claro, Harry! – ela o olhou – você está liberado do castigo. Pode sair com seus amigos e fazer...seja lá o que for que vocês fazem para se divertir. Ou se preferir, pode ir a essa exposição que tanto quer ver.
__ Obrigado. – beijou a mãe, eufórico – você é a melhor mãe do mundo!
__ Não, eu não sou... – Anne disse baixinho, enquanto via o filho correr escadas acima.
( Na casa de Louis...)
Louis estava deitado no sofá da sala, tentando encontrar uma posição que não provocasse tanta dor em suas costelas. Tentava ver TV, mas não conseguia se concentrar e ficava mudando os canais sem parar. Todo o corpo doía, ainda sofrendo os efeitos da briga da noite anterior.
Seus pensamentos estavam uma bagunça. Não conseguia ordenar a confusão em sua cabeça. As palavras de Harry eram como um sinal alerta, como uma acusação silenciosa do quão canalha ele estava sendo. E então, pensava naqueles olhos verdes que havia roubado sua paz...
